Josh desceu do carro já com a gravata na mão e desabotoando o colarinho, de longe podia l escutar um choro esganiçado e perninhas correndo em direção a ele. Se virou no segundo em que sentiu Theodore abraçando suas pernas.
O pequeno Teddy tinha seus três anos recém completos, não chegou planejado - pelo menos não por Josh - mas era literalmente a coisa mais apaixonante da sua vida.
Há quatro anos, após terminar a faculdade que Josh insistiu que ela fizesse, Any decidiu que iria dar continuidade a linhagem dos herdeiros, alegando que Josh já estava velho demais. Ele não continuava não controlando ela, então se ela decidiu, claro que aconteceu.
Teddy era a cópia exata de Josh, sem tirar nem por, os olhos azuis, cabelo loirinho, expressão séria e nem um pouco entregue a brincadeiras. A não ser quando sua mãe estava perto, Any era um pesadelo até para o próprio filho.
- Por que meu filho está chorando? - Josh questionou, colocando a arma que tirou do carro de volta no cós da calça enquanto tentava analisar Teddy que ainda lhe agarrava.
Não era novidade Theodore chorando enquanto estava com Any, a garota parecia ter a tendência de perturbar o menino até o limite. Mas ele também não desagarrava dela, brigavam como cão e gato apenas para estarem agarrados um segundo depois.
Josh suspirou ao ver que o pequeno tinha suas perninhas pequenas, batendo firme no chão, chorando baixo em sua direção, segurando a chupeta numa da mãos e a outra agarrando em sua calça.
Any logo apareceu também, rindo, descendo as escadas da varanda.
Aquela também não era uma cena rara.
- Porque ele não sabe perder - respondeu a garota.
Josh revirou os olhos, e então se abaixou na frente de Teddy. Não gostava de pega-lo no colo quando o mesmo estava chorando, precisava que ele soubesse lidar com aquilo ele mesmo.
- Me conta o que aconteceu, para eu saber o tamanho da minha vingança contra a mamãe - falou.
O menino respirou fundo algumas vezes, controlando o choro, colocando e tirando a chupeta da boca como uma forma de acalmar, e Josh aguardou.
- Então é que eu estava brincando com a mamãe, e era uma competição, e ela disse que quem 'vencer' ganha. Ela venceu uma vez, duas vez e três vez. A mamãe venceu muito e agora eu perdi tudo. Eu perdi você, papai - ele fungou enquanto contava.
- Mas você estava me apostando, amor?- comentou. - Não se aposta uma coisa tão preciosa como eu - brincou.
- Eu perdi - resmungou choroso. - E agora eu não
posso mais ter o 'tete' da mamãe e nem dormir
mais com a mamãe, e... - ele fungou, pegando
respiração porque ainda soluçava. - E eu não
tenho mais o papai. Ela disse que você é só dela
agora. E eu queria um pouco do papai também.Joshpressionou os lábios um contra o outro, se concentrando para não rir. Any era cruel.
Ele deu um olhar sério para ela, mas a mesma continuava rindo, então ele precisou desviar logo para não rir também.
Limpou o rosto de Teddy com a manga do blaser.
- Foi a mamãe quem falou para apostar. Eu queria apostar o meu carrinho do bombeiro, mas ela disse que não queria o carrinho se ganhasse. A única coisa em comum era papai - ele fungou, os olhos enchendo de lágrima novamente. -E agora não tenho mais o papai.
- Não, não é verdade. Eu não sou da mamãe para ela me apostar, então essa competição não foi válida - falou, se levantando, e estendendo a mão para Teddy.
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A garota do dom - 50 tons
FanficAny é uma mercadoria, ela sabe disso, só não sabia que existia alguém que poderia ser tão apegado a uma compra, principalmente um dos maiores vendedores do país. Adaptação da: @PudinzinhoAzul 💖