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Josh entrou no quarto, suado e exausto dos exercícios. Achou que podia encontrar Any na cama ainda, quando saiu a garota parecia estar perdida no mundo dos sonhos e nem um pouco a fim de sair de lá tão cedo. Mas se surpreendeu ao perceber como os lençóis estavam frios e não havia nem indícios de suas roupas por ali. Ela devia ter ido até o próprio quarto, e logo desceria, provavelmente morrendo de fome - do mesmo jeito que ele estava agora.

Achou que aquele seria um dia ruim, e estava sendo sim, mas de alguma forma havia algo que compensava em sua mente e seu corpo: Any. Ver ela ou saber que podia tocar e falar com ela já fazia seu dia bom apesar de todos os pesares.

Ele riu para si mesmo, balançando a cabeça.

Não acreditava que havia caído tanto por aquela coisinha atrevida e teimosa.

Depois de tomar banho, voltou para o quarto para colocar a roupa, escolhendo um terno pois precisaria ir até a empresa naquele para uma reunião importante.

O reflexo no chão para o espelho chamou sua atenção, e não levou mais que um segundo para perceber que era o colar de Any, o pingente de diamante reconhecido e os numerais de identificador para rastrear estavam bem ali. Ele os tinha de cor.

Franzindo o cenho, imaginando que poderia ter caído em algum momento, o feixe estava desfeito e quebrado.

Saiu do quarto, bateu na porta a frente, tentou abrir e percebeua trancada.

- Any - ele chamou. - Any, você está bem?

Ouviu certos movimentos, mas então silêncio absoluto. Iria bater novamente, anunciar que pegaria a chave reserva para abrir caso a garota não o fzesse, mas o som dos saltos de heyoon subindo as escadas foram audíveis, e Josh não queria chamar atenção em estar tentando entrar no quarto de Any.

A única coisa que o segurava para não colocar a coreana numa cadeira de tortura naquele momento era o fato de que precisava saber com quem ela havia se aliado, pois esse alguém tinha Any na mira ainda, e ele sabia que mesmo a vadia fora de cena, uma pessoa lá fora já tinha informações suficientes sobre ele.

A traição era algo grudava de forma amarga e pesarosa em todo o seu corpo, e talvez fosse a confiança cega que havia depositado em heyoon que o deixava com tanta raiva. Era desnecessário aquilo, ele sempre deu demais a ela para a mulher se virar daquele jeito contra ele. Tinha suas dúvidas sobre sua motivação, mas ainda não conseguia decidir se ela estava de fato deslumbrada em achar que se casaria com ele ou se a mulher também estava jogando o mesmo jogo de ilusões.

Saiu apressado, acabando por encontrar a mulher no meio das escadas, e guardou discretamente o cordão no bolso da calça.

- Vamos almoçar? - ela chamou, o puxando pela mão, de repente estava dócil demais, feliz demais.

- Depois vou com você para a empresa, e também podíamos ir em algum lugar para jantar hoje. Acho que seria bom começarmos a aparecer, sabe? Não quero que as pessoas achem que é por conveniência, precisam nos ver nos juntos mesmo, fora da empresa que também.

Josh esperava conseguir terminar com aquilo antes sequer de ter que fazer uma aparição com a mulher, sentia ânsia de vômito em tê-la acariciando seu braço daquele jeito. Não conseguia imaginar como pôde mesmo dormir com ela uma vez, agora do o que via era a porra do fato de que ela haviao traído.

E ainda precisava falar com Any sobre aquilo, não queria que a garota achasse que ele estava de fato dando bola para heyoon, sabia como a morena podia ser ciumenta e um pouco dramática - e ele era tolo em gostar daquilo nela também.

- Ah, que bom que gostou da ideia - heyoon  comentou, provavelmente achando que seu sorriso involuntário fora por causa dela, e não porque ele simplesmente não conseguia evitar em pensar em Any e sorrir de forma automática.

A garota do dom - 50 tonsOnde histórias criam vida. Descubra agora