Acordo, com dificuldades de abrir os olhos por conta do cansaço. Pego meu celular para ver o horário mas ele está desligado. Aperto o botão power dele e o aparelho começar a iniciar.
Enquanto isso me levanto e vou ao banheiro. Lavo meu rosto e escovo meus dentes. Olho no espelho e passo a escova em meu cabelo. Me encaro.
- Poderia ser pior. - saio dali.
Entro em meu quarto novamente e coloco apenas um shorts diferente. Passo desodorante e perfume. Pego meu celular e saio do cômodo.
Está tudo escuro pelo corredor, mas como de costume eu acendo a luz onde vou passando. Odeio escuro, a não ser pra dormir.
Chego na cozinha e não consigo encontrar o interruptor para acender a maldita luz. Quando sinto uma mão em cima da minha eu grito e tampo minha boca. Dou alguns passos para trás e meu pé pisa em algo. - Aí meu pé, Samantha! - Sávio fala e perco o equilibro. Tentei me apoiar em algo, mas foi em vão. Só percebo quando ele me salva de uma queda feia no chão. - Te assustei assistente? - ele ri. Eu tentei processar o que acabou de acontecer. - Pra uma enfermeira você até que é bem desastrada.
- No escuro, você quer que eu faça o que? E para de me chamar de assistente. - saio de seus braços.
- "Nossa, obrigada." Que isso, imagine! - passa por mim e vai até a geladeira.
Ele pega um hot pocket e coloca no microondas.
Vou até a geladeira e pego um mac'n cheese. Sento na mesa de jantar e espero Teto terminar de fazer o lanche dele.
- Quer um? - diz bolando um.
- Não, valeu.
- Não gosta? - neguei com a cabeça. - Você é amiga da Clara e do Tuê e não curte? - neguei novamente. - Pé no chão. - ri.
- Eu já experimentei, mas não foi num momento legal. - arqueou uma das sobrancelhas.
- Brisa torta? - faço uma cara de "mais ou menos". - Sei. - o microondas apitou e ele retirou seu lanche de lá e quando fui levantar, ele pegou meu mac'n chesse e colocou para fazer.
- Não precisava. - pra não sentir que levantei a toa, pego um garfo na gaveta e sento novamente na cadeira.
- Amor, você não vai voltar pra cama? - escuto uma voz atrás de mim.
Teto bufa e murmura: - Que desgraça, véi.
- O que vocês estão fazendo?
- Comendo, Marcela. - Teto escuta o microondas apitar, e eu tentei novamente me levantar, mas ele foi mais rápido e pegou para mim.
Vejo a menina estender a mão para pegar a comida da mão dele, mas ele entrega para mim. Eu sinto que vai vir briga.
- Ué, Sávio. Que isso? - ela questiona.
- Marcela, me deixa comer em paz. Eu não consigo comer passando nervoso. - diz depois de dar uma mordida do lanche.
- Mas eu não tô entendendo, você fez a comida dela. Vocês combinaram de vir aqui 3 horas da manhã? - eram 3 horas?!
- Eu já estava em pé e só peguei pra ela, para com isso, véi. - ele larga o hot pocket na mesa.
Ele para de falar e fica pálido . Coloca a mão no peito e olha pra mim.
- Amor? - a menina o chama.
- Teto? - levantei e puxei ele pra se levantar também. - Aguenta! - o levei para o banheiro mais próximo.
Entramos e ajudei ele a se abaixar em frente a privada. Ele estava ofegante.
- Clériton, vomita!
- Não consigo. - disse salivando.