E aí gente! Espero que vocês estejam gostando da história até aqui!! :)
— Levanta. Vamos acabar logo com isso.
A mão de Cassiopeia estava chacoalhando seu ombro e havia roupas jogadas em cima dela. Conhecendo sua colega, era provável que Cassiopeia tenha as atirado para acordar ela e falhado. Ela suspirou e colocou a blusa e a saia longa, dois itens simples e desgastados. A saia ficava exatamente em seu joelho e a blusa mostrava uma pequena linha de abdômen. Deveriam caber perfeitamente em Cassie, mas Amira se sentia exposta. Ela tentou se olhar no espelho em vão: estava no meio da noite, afinal. Sem muita opção de escolha, ela se uniu a Cassie na porta do quarto.
O corredor estava escuro, mas ela estava acostumada com andar no escuro graças a sua vida passada. Ela estava prestes a perguntar para qual lado seguir quando Cassie ergueu um pedaço de pano na frente do seu rosto, da qual Amira desviou por pouco.
— Você quer ir lá fora, não é, Amaryllis? Essa é a minha condição. No momento que você aprender o caminho, eu perco meu valor. Eu não vou deixar isso acontecer.
— Por favor, eu não sei o caminho para a sala de jantar sem ajuda, você acha mesmo que eu vou decorar para onde você vai me levar?
Cassiopeia não se moveu.
— Você é muito boa com fingimento. Não vou deixar minha única vantagem se perder tomando sua palavra como verdade.
Se aquela era a condição de sua liberdade, que seja. Amira se virou e deixou a garota vendá-la.
As duas desceram e subiram diversas escadas, com Amira sendo rodopiada todas as vezes que elas passavam por uma bifurcação. O caminho nem deveria ser assim, Cassiopeia deveria estar deixando-o mais complicado de propósito. Elas desceram uma última seção de escadas antes de Amira ser desvendada.
O lugar inteiro era feito de pedra: chão, paredes, teto, apesar de o teto ter vários furos que permitiam ver um segundo andar. Ela olhou para frente de novo e viu sua colega mandando-a se apressar.
Elas chegaram em um corredor que parecia ser sem saída, atrás ela notar que estavam de frente a uma porta, com uma enorme tranca de madeira, que Cassiopeia levantou com uma dificuldade imensa—o que não a impediu de recusar ajuda— fazendo Amira poder ver um pouco do mundo a fora, antes que a porta fosse fechada abruptamente e Cassiopeia começasse a sussurrar números.
— O que está acontece...
Cassiopeia a silenciou com uma mão.
—Guardas— ela disse entre os números murmurados.
Depois de um tempo, Cassiopeia sussurrou: agora e as duas saíram correndo pela porta.Cassiopeia passou Amira com facilidade, o que feriu um pouco do seu ego. Quando elas estavam longe o bastante, as duas estavam ofegantes e se sentaram na grama.
Era possível ver uma cidade inteira abaixo delas, como Amira sempre imaginou: pequenos lampiões iluminando a cidade com suas ruas de concreto e pequenas casas espalhadas por todos os lados. A cidade parecia tão pequena dali, tão frágil, como se estivesse presa em uma garrafa que pudesse ser quebrada a qualquer momento, mas era apenas impressão. De perto, era um lugar cheio de vida e que abrigava as pessoas com quem ela precisava falar, os integrantes da Lança de Apollo. Ela se levantou pronta para viver sua vida livre pela primeira vez, pronta para explorar e conhecer...
— O que você pensa que está fazendo?
Amira deu de ombros.
— Indo para a cidade.
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Sangue e Seiva
FantasiAmira não deveria existir. Não era sua culpa, claro, seus pais sabiam que nobres não podiam ter filhos. Mas o culpado pouco importava. Eles foram pegos e Amira foi enviada para Academia, onde crianças escolhidas eram treinadas para entrar para a nob...