♥︎ Cᴀᴘ Oɴᴇ - Pᴛ.2♥︎

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• Algo me balançava de um lado para o outro, me fazendo..."acordar" ?? Eu não sabia de fato onde estava, sentia meu corpo todo doer, e minha cabeça girar. Tudo estava em branco e quando fiquei consciente me levantei do que parecia ser um sofá

-Olá...Tem alguém ai?? - Pergunto - Quem estava me balançando? - Murmuro um pouco baixo

- Você não sabe onde está, não é minha querida? - Escuto uma voz familiar mas não reconhecível

- Quem está ai?? Quem é você?? - Ninguém me responde - Não, eu não sei onde estou, pode me ajudar com isso?

- É claro. - A voz ecoua um pouco pelo vasto vazio branco

E de repente me dá uma outra dor de cabeça, muito mais forte, que me faz fechar os olhos e cair no chão

- Abra os olhos, e verá onde está. - Abro os olhos lentamente após a dor ter acabado de sumir

Era o que parecia ser eu mesma, encostada em uma árvore com um pano sob meu corpo. Eu estava no meio de uma estrada, sem ninguém ao meu lado, apenas eu.
Eu me levanto, e vou até o meu eu e tiro o pano de cima do corpo, a cena fez eu ficar aterrorizada, me obrigando a dar uns passos para trás com os olhos arregalados

- Eu...Eu fui mordida? -Encosto lentamente em minha pele de cor suspeitável e vejo que estava gelada - Eu...Eu morri? - Falo com uma voz deprimente

- Não exatamente. - A voz parecia mais perto - Dê uma olhada ao redor, se lembra de alguma coisa?

Eu giro, olhando a cada detalhe daquele lugar, um pouco de sangue no chão...pegadas...Mas cada vez que eu tentava me lembrar do que tinha acontecido, minha cabeça doia.

- Eu não consigo me lembrar de nada...minha cabeça dói tanto... - Eu olho para um vulto que estava ao lado do meu corpo - Mas eu reconheço sua voz..

- Que voz? - A voz misteriosa fala

- A sua...Ela me lembra uma pessoa...Como...

- Sua mãe? - Ela responde espontaneamente - É isso o que minha voz te lembra?

- Exato... - Eu olho estranho - Mas..que merda é essa??? Isso é uma pegadinha de mal gosto!? - Ninguém me responde - ME RESPONDA!

- Não, meu bem.. - Vejo alguém se aproximar de mim - Isso não é uma pegadinha, meu amor. - Minha mãe de repente reaparece de uma névoa.

Ela estende sua mão sob meu rosto, e quando me toca, sinto meu corpo desabar, e sinto minhas lagrimas começarem a sair. No mesmo instante a abraço forte, e sinto seus braços me rodearem

-Como...como isso é possível? - Digo chorando - Como eu te vejo se eu não morri "Exatamente"?

- Você está em estado vegetativo meu amor, por isso consegue me ver - Ela fala e eu a abraço mais forte

- Eu senti tanta saudade... - Sinto ela me consolar fazendo um cafuné em minha cabeça - Eu tenho a escolha de não voltar, mamãe?

Ela me afasta dela, e me olha com uma cara desapontada e triste

- Você, quer mesmo ficar aqui? - Ela diz e eu concordo - Mas, por que?

- Eu quero ficar com você! não quero te perder outra vez !

- é ai que você erra, querida. - Ela pega meu queixo e o ergue - Você nunca me perdeu...eu sempre estive aqui. - Ela encosta o dedo em eu peito

- Mas eu nunca a verei novamente? - Ela sorri fraco

- Um dia verá, quando terminar a SUA vida, a minha já se encerrou a um bom tempo, e você precisa continuar a sua. - Ela me solta e se afasta

- Mãe?...Mas...qual o meu propósito?? O que eu devo fazer !?

Blame it on the apocalypse ~ Carl Grimes ~Onde histórias criam vida. Descubra agora