XVIII

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— A orquestra está agradável hoje — sua mãe comenta. Draco concorda com a cabeça, vendo a mãe de Cecília engatar uma conversa com a Rainha.

Malfoy se sente tenso. Ele sabe que um ataque pode acontecer agora ou só durante a semana. O fato de que sua cabeça está em jogo não ajuda muito também.

Draco passou o dia em estado de blasé, tudo ao seu redor era um borrão e ele apenas fazia o que deveria, nenhuma informação foi digerida realmente. Até enquanto ele provava sua roupa novamente, ele mal prestou atenção em qualquer coisa.

O baile da véspera de Natal começou há poucos minutos e Draco já quer se enfiar numa sala com Harry e apenas abraçá-lo ali.

Onde está Harry mesmo?

Malfoy está um pouco impaciente e sabe que terá que abrir a primeira dança da noite com alguém. Ele está seriamente pensando em chamar sua mãe para dançar com ele do que qualquer outra garota.

De repente, a mente de Draco vai até Hermione. Onde será que ela está agora?  Malfoy tenta não pensar em Pansy.

Em meio a tantos nomes ditos pelo orador nas portas do salão, o de Harry é o único que os ouvidos de Draco capturam. Malfoy se vira para as escadas onde Harry desce elegantemente com alguma outra garota em seus braços. Draco só tem olhos para ele. Todos no salão compartilham o mesmo sentimento.

Potter está com as cores de seu país. Vermelho e dourado, as mesmas cores do colar que reside debaixo de sua camisa, um sorriso genuíno toma conta dos lábios de Draco pela primeira vez no dia. Foi coincidência serem as mesmas cores de seu país. Draco sempre acreditou em destino, de qualquer maneira (mentira).

Depois de alguns minutos com Draco de volta ao seu estado de blasé já que havia perdido Harry de vista, a primeira dança é anunciada. Ele acaba com Heloísa, uma viscondessa que conhecera no primeiro baile. Ela lhe lança um sorriso amigável. Draco percebeu que as garotas não estão investindo em cima dele realmente, percebeu também que isso era uma obrigação dele, percebeu ainda mais, para completar, que tudo isso é culpa de Potter. Ele quase ri com o pensamento.

Ele queria estar dançando com Potter, Draco reflete. Como será que seria ele em seus braços? Deixaria Malfoy conduzir? Permitiria que Draco aproximasse seus corpos até não ter mais espaço entre eles? Malfoy adoraria girá-lo ao som de qualquer melodia.

São pensamentos tristes em virtude dos fatos. Nunca irão acontecer.

Em algum momento, a dança acaba e Draco se vê nas bebidas. Ele avista Potter no meio da multidão e acena educadamente. Harry revira os olhos.

Draco se vira para pegar mais bebida e segundos depois sente uma presença ao seu lado. Ele nem precisa olhar para saber quem é.

— Tem uma pessoa procurando por você na sala ao lado da cozinha — Harry diz formalmente.

— É alguém que eu quero encontrar?

— É melhor que essa resposta seja sim — Potter sussurra idiotamente e se move para a sala ao lado da cozinha.

Draco vai para a sala ao lado da cozinha segundos depois.

Ele é recepcionado com um beijo bastante acalorado. Um sorriso permanece em seus lábios enquanto saboreia os de Harry, suas mãos ansiosas para sugar tudo dele. Draco aperta seus quadris e o suspiro que Potter solta contra ele compensa tudo. Harry aprofunda o beijo de forma urgente, sua boca preparada para soltar sons contra a de Draco.

— Malfoy? — A voz de Renan os pega e Draco, inconscientemente, cobre o corpo de Potter com o seu.

— Ran?

It Will Never Be Us ~ drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora