Carolina
Bournemouth, agosto de 1842.
Vou me casar. Sim, vou me casar!
Passou mais de um mês que marcamos a data e irei me casar na igreja St. James.
Estou tentando lidar com duas coisas: pela minha ideia de não ficar um instante sozinha, para não abrir brechas para receber mais um castigo por ter aceitado Alexander como noivo. E, ainda não sei nem quando e nem quando baixei a guarda para aquele americano.
Em um instante estávamos implicando um com o outro e no momento seguinte, meus sentimentos intensos me levaram para o que aconteceu. Mas, não pude resistir a ele, é algo tão complexo.
Alexander é um homem pecaminoso e imoral. Creio que nele não haja um pingo de romantismo, não consigo vê-lo dessa forma. Mas, ao mesmo tempo existe algo que me instiga a querer estar com ele.
Acaso vivamos em conflito, irei propor um acordo de paz.
Durante a semana, fiz questão de convencer o meu irmão a dormir no meu quarto, em uma cama improvisada para ser mais precisa. Desta maneira a minha mãe não poderia fazer nada. E, ao longo do dia, não sai do enlaço de papai. Mamãe me fulminava com os olhos.
A parada da carruagem me tira dos devaneios. Olho para os presentes na carruagem: mamãe parece estar prestes a cuspir fogo, papai está tranquilo e Michael parece estar em outro mundo.
Confesso que estou me sentindo tão linda. O meu vestido é de um tom creme, levemente puxado para o rosa e com as mangas longas e um pouco transparentes. Meus cabelos estão presos em uma cascata de cachos com algumas pérolas espalharas aleatoriamente pelos fios.
Um criado abre a porta e o meu pai e Michael se retiram rapidamente para nos ajudarem a descer. Várias pessoas aguardam em frente a igreja, estão sorridentes e nos desejando uma boa celebração. Neste momento, meu estômago está passando por um rebuliço.
Papai me oferece o braço e eu aceito rapidamente. Pelos cantos dos olhos observo o meu irmão fazer o mesmo que mamãe.
Ainda me recordo das palavras dela naquela manhã que aceitei Alexander, dói saber que jamais terei o amor dela, mas ao mesmo tempo é libertador tomar uma decisão por livre e espontânea vontade.
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Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)
Historical FictionLondres, agosto de 1841. ━ Agora o gato comeu a sua língua. ━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro. Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...