Londres, agosto de 1841.
━ Agora o gato comeu a sua língua.
━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro.
Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...
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Lanço um olhar para Carolina que está tão chocada quanto eu, seu olhar busca uma resolução para esse acontecimento. Logo vozes são ouvidas e creio que são os meus amigos vindo para esse mesmo recinto que nós.
Pensei que Ariela fosse deixar tudo quieto e apenas se retirar, mas mesmo com a mão sangrando, ela a espalma no rosto de Gertrudes.
O lado do rosto da minha sogra esbanja o sangue de Ariela. Confesso que sorrio internamente pela reviravolta do momento. A minha sogra é uma maldita megera narcisista e eu não tenho pena alguma dela.
— Como ousa me tocar com o seu sangue impuro?!
Gertrudes passa a mão pelo rosto e o seu semblante se contorce pelo nojo ao vislumbrar os resquícios do sangue que estavam no seu rosto e agora também na própria mão. Ariela permanece onde está e ela não baixou o rosto para a outra, sua postura está ereta. A minha sogra parece desistir do contato visual e o direciona para a minha esposa.
— Carolina, não irá defender a sua mãe? — ela fixa o olhar na a minha mulher em busca de alguma palavra de apoio — Você ousa empregar esses tipinhos de gente! Nunca aprendeu nada comigo e jamais aprenderá!
Carolina abre os lábios, mas o som não sai. É como se estivesse temerosa e sei que está, mesmo que ela negue. Penso se devo ir ao seu lado, mas resolvo responder para Gertrudes.
— Não a meta no meio dos seus chiliques! — brado alto e todos ficam assustados pelo meu tom.
— Eu sou a sua sogra! — Gertrudes, protesta.
— Mas a sua filha é a minha esposa. Respeite-a e não a meta no meio das suas picuinhas!
— Eu continuo sendo a sua sogra e me deve respeito!
Os meus amigos, o irmão de Carolina e a Patrícia adentram ao cômodo apavorados com os gritos. Começam a nos encarar como se estivéssemos malucos, pois os gritos a essa hora da manhã são atípicos.
Se bem que é difícil termos um dejejum tranquilo, foram tantas confusões. Primeiro na cabana, após eu salvar Carolina da tempestade o café da manhã foi para o chão e ela ainda cortou o pé. Ou a manhã que os meus amigos chegaram e me encheram de perguntas sobre o meu relacionamento com Carol. Também posso acrescentar na lista, a manhã que quase fui envenenado novamente pela criada de Gertrudes e Carolina impediu que o pior acontecesse, após isso tivemos duas visitas surpresa. Prevejo que a tradição dos desjejuns catastróficos irá se repetir novamente hoje.
