Londres, agosto de 1841.
━ Agora o gato comeu a sua língua.
━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro.
Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...
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Carolina
Corro pelas ruas londrinas, com apenas um intuito: confrontar a minha mãe.
Desde que li aquela página que Patrícia havia me dado, estou no mais repleto desespero.
Mas o que martela na minha mente é em como a minha mãe foi capaz de algo tão absurdo? Como ela ousou machucar tantas pessoas por um mero capricho infundado?
As ruas londrinas se mantêm desertas, somente ouço o barulho ofegante da minha respiração contra o barulho dos meus pés batendo contra o chão. Carrego para me defender apenas uma adaga que estava no baú de Alexander, faz tempo que não treino, mas se necessário, saberei lidar.
Hoje eu não confrontarei a minha mãe, mas sim, confrontarei uma assassina em série.
Paro em frente aos portões da mansão Brighton, respiro fundo e tomo coragem para prosseguir. Caminho em direção a porta e sem bater, adentro. Observo atentamente a casa onde um dia chamei de lar.
É como se fossem paredes revestidas por mentiras ocultas. Mentiras cruéis e que feriram centenas de pessoas. Quando as maldades de mamãe se limitavam a mim, era compreensível, visto que eu não tinha coragem suficiente para me defender. Mas, para tudo, se tem um limite.
O meu limite chegou ao fim.
Quando menos espero, vejo mamãe descer as escadas apressadamente, ela então mal nota a minha presença.
— Vai aonde, mamãe? — questiono, fria.
Quando me ouve, seu corpo salta em um pulo assustado e em seguida ela me fita irritadiça. Os seus olhos se tornam em uma fúria negra e os lábios se comprimem em uma linha fina.
— O que está fazendo aqui, Carolina? — ela sussurra.
— Eu perguntei primeiro! — elevo a minha voz.
— Cale-se, irá acordar os outros! — seu tom é ainda mais baixo.
— O que teme, mamãe?
— Eu estava apenas indo pegar um ar no jardim, isso é crime?!
