Londres, agosto de 1841.
━ Agora o gato comeu a sua língua.
━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro.
Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...
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Arregalo os olhos ao ouvir o nome que a minha mãe profere com tanto nojo. A minha respiração se torna pesada e os meus olhos tremem pela raiva que o momento causa. Sem pretender, suspiro alto e o silêncio se instala no lugar fétido.
— Quem está aí? — a voz que descobri ser de Patrícia questiona.
Levanto a minha cabeça para o teto e tomo fôlego antes de sair de trás do pilar. Entreabro os lábios para tentar respirar de melhor maneira e dou um passo. Não há mais barreiras entre nós, então fito Patrícia vestida com um traje semelhante ao que as criadas reais usam aqui no palácio. Mamãe está atrás das grades enferrujadas, suas mãos estão segurando-as com fortidão.
— A tola. — respondo.
— O que faz aqui, Carolina? — minha mãe ao me ver indaga.
— Vim conversar com você, mamãe, mas veja só que bela descoberta tive eu! — minha voz soa com ironia.
— Não é o que está pensando, Carolina! — Patrícia tenta demonstrar tristeza.
— Patrícia, assuma a sua responsabilidade! — a repreendo.
Seu olhar está convertido pela dor e lágrimas correm pelo seu rosto. Eu não me deixo convencer pelo seu teatro e levanto o meu queixo para mostrar a ela que não estou caindo no seu novo jogo. Patrícia percebe que negar é inevitável e então o seu semblante muda drasticamente para um sorriso lascivo.
— Para que eu seguirei negando o inevitável, certo? — Patrícia questiona.
— Como você foi capaz de fazer isso? — indago com irritação — Você ousou trair a confiança de todos e ainda planejava se unir ao meu irmão!
— Carolina, isso só comprova a quão tola és! — ela escora no pilar e me fita com o rosto sorridente — Em que mundo acha que vive? Finais felizes não existem! Hora ou outra o seu mundinho belo irá ruir e você se vera em meio ao caos!
— E pensar que eu a considerava uma amiga! — brado.
— Não cansa de seguir sendo tola? — ela gargalha e eu sinto vontade de agredi-la.
