Londres, agosto de 1841.
━ Agora o gato comeu a sua língua.
━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro.
Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...
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Percorro o curto percurso para chegar aos meus aposentos e sigo perdida em pensamentos fantasiosos.
Tento compreender o que ocorreu, não consigo pensar com clareza. Mal consigo chegar a conclusões sobre as investidas de Alexander.
Como posso estar feliz, mesmo odiando ele? Meu corpo está extasiado e inundado por um sentimento desconhecido.
Abro a porta dos meus aposentos e adentro ao cômodo pouco iluminado, a luz reflete de uma pequena vela ao lado da cama. Somente agora me recordo que a deixei acesa, sorte que voltei rápido.
Caminho em direção a cama e começo a soltar a faixa que prende o meu roupão aveludado.
Um sorriso bobo escapa dos meus lábios, mas é tão estranho sentir o que estou sentindo.
É como se dessa vez não houvessem motivos para temer tais sentimentos embaraçosos. Mas esses motivos existem e corroem até a profundidade da minha alma de maneira catastrófica.
Não posso arriscar.
Meu sorriso endurece e uma carranca toma conta do meu semblante, me dominando como deve ser.
Eu odeio, Alexander. O odeio como se a minha vida dependesse disso.
Me deito nos lençóis macios, suspiro profundamente e me entrego aos pesadelos que atormentam o meu sono.
(...)
Desperto do meu sono em um pulo, toco meu rosto e percebo que dele escorre suor pela tormenta que existe no meu subconsciente.
Trato de colocar um sorriso ao meu rosto e enfim me levanto com pressa.
Ao olhar para o relógio, constato que são sete horas e quatorze minutos, perdi o horário que estou acostumada a despertar.
Vou ao lavabo e inicio a minha higiene matinal, prendo o meu cabelo em um penteado frouxo e opto por colocar um vestido amarelo simples.
Antes de vesti-lo, seleciono um dos espartilhos para que eu mesma coloque, com dificuldade consigo, mas não o deixo tão apertado. Visto uma calçola limpa e pego um par de meias brancas, quase transparentes. Evito olhar para os meus joelhos cobertos por faixas, ainda doem.
