Londres, agosto de 1841.
━ Agora o gato comeu a sua língua.
━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua imoralidade, cavalheiro.
Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra...
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Alexander
O seu olhar tocou a minha alma e tocou antes dela ser arremessada para dentro daquela carruagem por aquele maldito homem rude. Sua atitude me deixou ao ápice da loucura e o apoio de Gertrudes beira o senso do ridículo pela falta de escrúpulos.
Se algo ocorrer a Carolina, eu jamais serei capaz de me perdoar.
Para a nossa surpresa, um barulho de um tiro assustou os nossos cavalos que começaram a ficar inquietos e começaram a relinchar.
De relance, meu olhar se vai para a frente da casa do meu sogro. Ele foi baleado e o seu corpo está caído ao chão e os seus gemidos pela dor eram ouvidos por nós quatro.
Estou indeciso pela vontade de ajudá-lo e ao mesmo tempo querer ir atrás de Carolina. Não que eu tenha dúvidas de salvá-la, mas sei que ela nunca me perdoaria se eu deixasse e pai dela à deriva. Já eu, jamais me perdoaria se eu não fosse atrás dela.
Faço menção de pedir para um dos meus companheiros para auxiliar o marquês, mas ele grita com a mão sobre a lateral do abdômen.
— Deixem-me! Salve a minha filha, Alexander! — sua voz é cheia de medo e angústia.
— Eu a salvarei! — respondo-o em uma afirmativa desesperada.
Ainda seria injusto deixá-lo sozinho, então tomei-me por surpreso quando avisto a Sra. Evans correndo na direção do marquês em meio a tempestade. Mesmo entre a situação precária, sorrio ao ver os dois juntos. Sei que apesar de não estarem juntos, passaram a vida se amando em segredo.
Volto a minha atenção para a carruagem em alta velocidade a uma distância consideravelmente longa. Precisamos agir o quanto antes se quisermos alcançá-los.
— Vamos! Rápido, se não os perderemos de vista!
Todos concordam comigo rapidamente e aumentam o trote dos nossos cavalos. Os cavalos seguem os nossos comandos pelo rumo que a carruagem percorreu, parecem estar indo para o porto.
A chuva segue dificultando a perseguição, mas o meu objetivo é único e insolúvel: salvá-la.
Vejo que a carruagem começa a perder o controle, pois começa a seguir um caminho tortuoso pela estrada reta e cheia de lama. Desço o olhar para a roda que parece estar prejudicada e faz movimentos imprecisos.
