Capítulo 5

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Capítulo 5: (Lavinia)


Acordei com o meu celular tocando. Atendi sem ver quem era.


- Alô?


- Lavi! Que saudades!


Sentei na cama no mesmo minuto.


- Cami! Também estou morrendo de saudades! Quando você vem para o Brasil?


- Nossa, nem sei.


Ouvi que ela suspirou.


- Espero que logo. Mas, me conte as novidades!


- Não e não. Me conte primeiro você as novidades.


- Tá.


Começamos a conversar. Camila ainda estava nos Estados Unidos. O ano passado ela estava fazendo intercambio, e esse ano ela está com 18 anos, ou seja, já acabou o colégio, mas resolveu passar mais um ano lá. Ela está morando com uma amiga em um apartamento, e às vezes ficava na casa do namorado. Eu estava com muitas saudades dela, assim como a Carol.


Depois de alguns minutos, nos despedimos e desligamos.


Finalmente resolvi olhar o relógio, e era 9:00h. Levantei e fui tomar café da manhã. Hoje era sábado, então eu não iria à clínica. Ah, e hoje era o dia do jogo de verdade e desafio na casa da Paula, e eu não queria nem ver onde isso ia dar.


Terminei meu café da manhã, escovei meus dentes e coloquei um short jeans e uma regata preta, e coloquei a gargantilha com a metade do coraçãozinho com o nome do Leo.


- Que tédio!- falei pra mim mesma enquanto sentava na minha cama.


Ouvi meu celular tocando. Peguei-o em cima da cômoda e atendi.


- Alô?


- Lavinia, me ajuda!


- Ah não, Pedro! Da última vez que você me ligou pedindo ajuda, era porque você não sabia um comando em um jogo. E era The Sims 4! É tão fácil! Ainda mais para um gamer igual a você. Tá bom que me permita dizer, mas você é um desorientado em jogos de tiro, mas isso é só um fato.


- Lavinia! Vai me ajudar ou não?


- Não sei, tô pensando no seu caso. Depende. O que precisa?


- A Victória disse que eu não sou nada legal às vezes.


Comecei a rir igual uma maluca.


- Para de rir! O caso é grave. Minha própria namorada me acha chato.


- Mas eu não te disse que você era chato?!- falei ainda rindo.


- Isso não tem graça!


- Ah tem sim!


- Tá bom! Mas me ajuda! Você manja nesses negócios de romance, psicologia e... e essas coisas. Me fala o que devo fazer.


- Fácil! Seja mais romântico!


Ouve uns segundos de silêncio.


- O quê?!- perguntou depois de um tempo.


- Você tem que ser mais român...


- Não precisa repetir. Eu ouvi da primeira vez. Explica esse negócio direito, Lavinia!


- Pedrinho, mulheres gostam de homens românticos.


- Não, Lavinias gostam de homens românticos. No seu caso, o Leonardo.


Revirei os olhos sorrindo.


- Seja mais romântico, e menos chato, que a Vick só vai se apaixonar ainda mais por você.


- Okay, vou tentar.


- Isso.


- Lavinia, seu pai é padeiro.


Revirei os olhos.


- Não, por quê?


- Porque você é um sonho.


Dei risada.


- Legal. Pena que cantada barata não é ser romântico. Tchau. Nos vemos na casa da Paula.


- Aff. Tchau. E minhas cantadas são muito originais.


- Ô, muito.- falei irônica.


Desliguei.


Só o Pedro mesmo pra ficar me pedindo essas ajudas.


Meu celular tocou de novo. Dessa vez era a Paula.


- Oi, Paula!


- Oi, Lavi! Só quero conferir se você e o Leo vão vir mesmo hoje.


- Claro que sim, Paula.


- Que bom. Eu ia bater em vocês dois se não viessem.


Dei risada e ela também.


- Calminha, Paulinha. Nós vamos ir.


- Bom mesmo. Vou terminar de arrumar umas coisas aqui. Até à tarde. Beijos.


- Até. Beijos.


Desliguei e... O negócio tocou de novo!


- Alô?!


Ops, acho que atendi com uma voz mais nervosa do que pretendia.


- Lavi?


Ai, é o Leo.


-Oi, meu amor! Tudo bem?


- Sim! Tudo combinado pra hoje à tarde?


- Uhum. Acabei de confirmar com a Paula.


- Hum... Vamos almoçar juntos hoje?


- Okay. Aonde?


- Na minha casa. Meus pais estão em casa, então, vamos fazer um almoço em família. Eu, você e meus pais.


- Sério? Que legal!


- Você já é da família, Lavi. E um dia será de nome também.


"E um dia será de nome também."


- Posso te buscar as 12:00h? Depois quando der 14:40h a gente vai para a casa da Paula.


- Tá. Então, até depois. Beijos, Leo.


- Beijos, minha princesa.


Desliguei.


"E um dia será de nome também..." Aquelas palavras ecoaram na minha cabeça...


Balancei minha cabeça para afastar meus pensamentos. Não precisava de mais pensamentos acumulando na minha cabeça.


Fiquei vendo uns relatórios da clínica no meu notebook. Também vi que meu pai havia me mandado o relatório do meu paciente. Ele se chamava Juan Lima, tinha depressão, e bem forte. Não tinha nada escrito no campo de observações, meu pai não havia me mandado. O que será que esse paciente tem? Fiquei curiosa.


O único paciente que eu já tive foi o Leo. Os outros eu só conversava às vezes.


Mas eu estava pronta. Eu iria ajudar esse paciente...


Quando o amor é Mais forte-Volume 2 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora