Camila é proprietária do cabaré mais famoso da cidade de Miami, uma mulher que já passou por muitas situações, mas vai se ver perdendo a linha ao provar da insistência da jovem Lauren, quando a mesma decidir que terá uma noite com Camila, nem que pr...
Liguei a TV deixando no primeiro canal de músicas que apareceu e fui até a cozinha, hoje é sábado, pra ser mais exata sábado às 18h. Abri a geladeira e fui tirando todos os ingredientes que foram previamente selecionados para o jantar de hoje à noite, a música razoavelmente alta não me deixa pensar em muitas coisas além daquela simples atividade; a voz desafinada do Noah cantando no banheiro me faz rir vez ou outra.
Parei no meio da cozinha e olhei ao redor, analisando cada cantinho do ambiente, há mais ou menos 1h atrás eu estava em uma louca faxina, na intenção de deixar o local o mais cômodo possível, não sei se deu muito certo, mas ao menos tentei.
— Acho que vou ficar aqui com você.
Tive um pequeno susto ao ouvir a voz de Normani atrás de mim, ela foi até a mesa e se sentou, com o olhar atento ao meu rosto.
— Não é necessário, Mani. - Me aproximei e coloquei a mão em sua testa. — Não quero que morra aqui em nossa cozinha. - Brinquei, a fazendo rir.
— E eu não quero que fique sozinha cozinhando, deixou de sair hoje só para que eu não ficasse sozinha, não acho justo.
Como já mencionado, hoje é sábado, dia do meu encontro marcado com Regina, mas hoje a tarde Normani começou a se sentir mal, inclusive uma febre altíssima, Noah vai sair em alguns minutos, então ela me pediu companhia, em um drama sem fim sobre não querer ficar sozinha em seu estado atual de saúde; obviamente não perdi a oportunidade de rir do seu drama, mas aceitei, afinal amigos são pra isso.
— Não vou ficar sozinha. - Me encostei na mesa, ainda perto dela. — Contei a situação pra Regina e ela propôs vir aqui cozinhar pra gente.
— Ela o que? - A pergunta veio rápida e até com certa urgência.
— Vem aqui. - Repeti. — Recuei um pouco na ideia, afinal ela é chefe de cozinha, acostumada com ótimas estruturas, mas ela insistiu, então apenas aceitei. - Mani balançou a cabeça lentamente em entendimento. — Você tá bem?
— Hã… sim, só não esperava que ela viria, achei que marcariam outro dia.
— Pois é, até tentei. - Dei de ombros. — Mas tudo bem, ao menos você não ficará sozinha e vamos ter uma janta de alta classe.
— Sim. - Assentiu e sorriu, um sorriso amarelo e totalmente sem ânimo.
— Deus, nem sorrir lindamente você está conseguindo. - Brinquei. — Vá deitar.
— Não, vou ficar com você. - Insistiu.
— Tudo bem, então fique ao menos na sala, sim? O calor da cozinha não lhe fará bem, e podemos conversar já que nos falta metro quadrado nesse apartamento.
Normani riu, mas acabou aceitando e foi até o sofá, abaixei um pouco o volume da TV e enquanto continuava meus afazeres na cozinha tinha uma conversa sobre fatos aleatórios com ela, inclusive não acreditou que ontem fiz Camila comer um bom cachorro quente podrão, o que nos arrancou algumas risadas.
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