Joguei toda pipoca dentro do balde e corri novamente em direção a sala, o escuro e a necessidade de sentar no sofá o mais rápido possível me fez pular sobre as costas do móvel, o que quase fez o balde de pipoca entornar, mas com a ajuda de Normani obtive sucesso no movimento.
— Isso é pra não perder nenhuma cena ou medo de ficar sozinha na cozinha? - Noah perguntou enquanto enchia a mão de pipoca.
— Claro que pra não perder o filme, eu não tenho medo dessas coisas. - Respondi convicta.
Noah olhou pra Mani e os dois riram em cumplicidade, o que me fez rolar os olhos.
— Chatos.
Me ajeitei no sofá, estrategicamente estou entre os dois. Eles pararam de me provocar e voltamos a prestar atenção no filme; que é um terror horrível, mas como eles foram maioria na escolha, apenas aceitei, se torna cada vez mais frequente Normani participar das nossas programações, hoje é folga dela, mas não quis sair, então ficamos em casa vendo filmes.
— Presta atenção nessa parte. - Mani disse e bateu a perna na minha.
Me obriguei a prestar atenção na tela, e quando entendi porque ela chamou minha atenção eu bati com minha perna contra a dela também, o filme tem uma classificação adulta não apenas pelo terror explícito, mas também pelo sexo explícito, e nesse momento, bem ali, na enorme tela da tv está mostrando um cara fazendo oral na namorada.
— Se for pra ver pornografia coloca logo no x-videos. - Falei levemente incomodada e pegando o controle pra pular as próximas cenas.
— Não mesmo. - Noah puxou o controle da minha mão. — Depois do último acontecimento, acreditamos que ver umas coisinhas assim. - Apontou a tela. — Fará bem a você… aprendizado, saca?
— Odeio ter que concordar com o Noah. - Mani disse em um tom mais baixo, ela tenta não ser tão intrusiva em minha vida sexual, assim como o Noah é, mas vez ou outra ela deixa escapar algumas coisas, principalmente depois que falei pra eles sobre a maldita cena no estacionamento do bar.
— Eu já falei pra vocês que o que aconteceu foi… - Pigarreei. — Foi precaução, já pensou se alguém pegasse a gente ali?
Ouvi Normani cantarolando um "claro" e aquilo me fez bufar.
— Enfim, vamos prestar atenção no filme. - Falei.
Mesmo olhando pra tela, minha mente me levou novamente para aquela noite, tudo aconteceu tão rápido que me pegou de surpresa, eu peço um beijo e Camila oferece um oral, quem julga meu desempenho certamente nunca teve que agir sob pressão, é um inferno.
Do meio para o final do segundo filme, Noah foi cambaleando para o lado, até que dormiu ali mesmo no sofá, com as pernas em cima das nossas.
— Aguenta outro? - Mani perguntou enquanto olhava o catálogo na tela.
— Desde que seja algum com flores e coisas bonitas. - Respondi e ela riu.
— Claro, colocarei um romance fresco.
Apenas assenti, e me mantive de olho na tela, em certo momento eu percebi que ela parou de olhar pra frente e me olhou, mas fingi não notar.
— Quer conversar?
— Sobre? - Devolvi a pergunta, ainda de olho na tela.
— Você sabe… - Respondeu e fez uma pausa, talvez esperando eu falar, mas me mantive quieta. — Noah tenta te ajudar, mas acredito que esse jeito agressivo que ele fala sobre sexo não ajuda muito.
— Estou bem, mas obrigada. - Peguei o controle da mão dela e comecei eu mesma a descer pelo catálogo.
— Lauren, ser virgem não é algo do outro mundo não, na verdade a gente coloca muita tensão sobre isso, então acontece a primeira vez, e o monstro de 7 cabeças é desvendado, se mostrando bem menos assustador, se você souber ao menos um pouco da parte teórica, na hora da prática será tudo intuitivo e mais fácil.
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Cabaret
FanficCamila é proprietária do cabaré mais famoso da cidade de Miami, uma mulher que já passou por muitas situações, mas vai se ver perdendo a linha ao provar da insistência da jovem Lauren, quando a mesma decidir que terá uma noite com Camila, nem que pr...