◖ Capítulo 9 ◗

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Balanço minhas pernas no ar, deitada de bruços na cama de Alexander, com meu caderno aberto enquanto faço uns cálculos que vi na internet.

- O que está fazendo, amor? - Alexander pergunta, saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.

- Uma coisa que vi na internet, casais calculam a porcentagem de combinação entre eles - explico cruzando os tornozelos no ar.

- E você está calculando a nossa porcentagem?.

- Sim.

- E quanto deu?.

- Hum, setenta e seis por cento. Temos uma boa porcentagem, tem casais que dão só trinta por cento.

- Eu não ligo para porcentagem, só para o que sentimos, meu amor - Alexander diz me arrancando um sorriso enorme, que é coberto por sua boca, que eu amo beijar - Já arrumou sua mala?.

Ele perguntou ao se afastar, caminhando para seu closet, para se trocar.

A viagem para a casa dos meus pais seria amanhã de manhã, eu estava animada e apreensiva ao mesmo tempo, porque não sabia como meu pai iria reagir ao saber que eu estava namorando, principalmente por Alexander ser mais velho que eu.

Me sento na cama, cruzando as pernas em posição de índio, colocando uma mexa teimosa atrás da orelha.

- Sim, arrumei essa tarde - respondo mordendo o interior da bochecha.

- Tem alguma coisa que preciso saber antes de conhecer os seus pais? - ele questionou lá de dentro, curiosidade escorrendo de sua voz.

Aposto que ele nunca conheceu os pais das suas namoradas anteriores. Se é que ele chegou a namorar com elas, não que tenhamos conversado sobre isso.

- A minha mãe se chama, Sara, ela é tranquila e com certeza vai te encher de comida. Já o meu pai...

- O que tem seu pai? - Alexander apareceu na porta do closet, vestindo uma calça moletom cinza, passando a toalha nos cabelos loiros escuros.

- Bom, é que eu nunca apresentei nenhum namorado para ele, na verdade, nunca namorei. Eu não sei como ele vai reagir, então, esteja preparado para tudo - respondo descruzando as pernas, balançando os pés.

- Ele não tem porte de armas, né? - sua expressão era de terror, o que me fez dar risada.

- Amor, somos do interior - digo e ele solta um suspiro aliviado, mas logo completo - É claro que ele tem porte de armas.

- Seu pai vai me matar, eu deflorei a filhinha dele. Ele com certeza vai me matar - Alexander começou a divagar, passando a mão na testa enquanto andava de um lado para o outro.

A cena era até engraçada e eu me segurava muito para não rir, e piorar a situação dele.

- Alex, papai não vai te matar - digo tentando acalmá-lo.

- Claro que vai, você mesma disse que nunca apresentou nenhum namorado para ele e eu sou o primeiro, o primeiro sempre se da mal.

- Onde você ouviu?.

- Não me lembro, mas eu ouvi...

- Alexander, fica calmo, o meu pai não é um monstro.

- Desculpe, você está certo.

- Vem deitar, vem.

Abro os braços e ele caminha até mim, deitando-se em cima de mim, nos fazendo cair para trás na cama rindo, enquanto ele distribui beijos por todo meu rosto e pescoço.

Coffee and WineOnde histórias criam vida. Descubra agora