Lisa é uma universitária tímida, que tem problemas em se socializar com pessoas do sexo oposto, por causa de sua beleza ela chama bastante atenção, e isso sempre a coloca em situações indesejadas, até o dia em que é salva por um homem que finalmente...
Dirijo acima da velocidade permitida, mas não estava me importando com isso no momento, tudo o que eu queria era resolver aquela situação de uma vez por todas.
Sabia que deveria ter posto um fim no que tinha com Lia corretamente, sabia também que ela era diferente das outras mulheres com quem sai depois de ter me esquecido de Lisa e tudo relacionado a nós dois, Lia era mais grudenta que as outras, estava sempre me cobrando as coisas, querendo saber onde eu estava a todo instante, ficando com ciúmes enlouquecido quando via outras mulheres perto de mim.
Matt me alertou sobre ela e eu não lhe dei ouvidos, agora estou pagando por isso.
Paro em frente aos portões do condomínio que ela mora, por já ter vindo aqui algumas vezes, minha entrada foi liberada, dirigi até seu prédio subindo direto pelo elevador. Toco a campainha e espero impaciente que ela abra a porta, a cada segundo de espera era uma raiva que se apoderava de mim, subindo pelas minhas veias como brasa.
Assim que a porta é aberta, olhos claros de Lia se arregalam e então ela começa a sorrir.
- Alex - ela gritou afinando a voz no final, se jogando contra mim.
- Precisamos conversar - falo afastando-a de cima de mim, dando dois passos para trás, para que ela entendesse que eu não queria aproximação.
- Claro, claro. Entre - ela voltou para o apartamento, abrindo mais a porta para mim, suspirei antes de entrar. Tudo continuava igual desde a última vez que estive aqui, nem mesmo o porta-retrato com a foto que ela praticamente me obrigou a tirar - Eu estava com saudade, você nunca mais me procurou.
- Não te procurei porque não tem porque eu te procurar, Lia - digo sério, mantendo as mãos nos bolsos da calça social.
- É por causa dela? Aquela garotinha? - Lia perguntou e eu sabia que ela estava se referindo a Lisa.
- Por que foi até a casa da Lisa? - questionei sem a responder.
- Então esse é o nome dela... Você sumiu, então eu tive que dar um jeito de te encontrar - ela respondeu se aproximando de mim, enquanto eu me afastava - Ela não é mulher pra você, Alex, eu sou. Eu sou perfeita para você. Nós dois somos ricos e bonitos, somos perfeitos amor.
- Lia, eu deixei bem claro, que o que tínhamos antes, acabou - falo não aguentando mais ouvi-la dizer que somos perfeitos um para o outro.
Lisa e eu somos perfeitos um para o outro, a prova disso é nossa filha, Lívia.
- Não, não acabou, só acaba quando eu disser que acabou - ela retruca, mudando completamente sua expressão e sua voz, uma que eu nunca tinha visto antes.
- Sim acabou e se voltar a se aproximar de mim, e da minha mulher de novo, vou denunciá-la por perseguição e assédio - digo tão frio quanto ela.
- O quê? Alex, não pode fazer isso, nós temos que ficar juntos...
- Está avisada, nunca mais se aproxime da gente de novo.
Passei por ela, saindo do apartamento para nunca mais voltar, com essa estava tudo resolvido, agora só faltava me resolver com a minha mulher, com essa seria mais difícil, com toda a certeza.
Eu precisava de um plano bem elaborado para conseguir o perdão de Lisa.
Principalmente, depois de ver a mágoa em seus olhos.
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Após sair daquele condomínio, passei em um supermercado e comprei algumas coisas para preparar um jantar, que seria o início do meu pedido de perdão, para início de conversa não deveria ter escondido o que rolou entre mim e Lia, deveria ter contado tudo a Lisa.
Também comprei uma caixa de chocolates e um grande buquê de flores, sei que nada disso a faria me perdoar, mas a intenção que contava, estacionei em frente ao seu prédio, peguei todas as coisas antes de trancar o carro, subo as escadas até o segundo andar.
Fiquei indeciso entre bater na porta ou usar a chave que Lisa me deu, optei pela segunda, abrir a porta devagar e tudo o que recebi foi o silêncio, deixo as compras na cozinha seguindo em direção ao quarto, onde tenho a visão mais linda do mundo, Lisa dormia com nossa filha colada ao corpo, Lívia segurava a blusa da mãe enquanto tinha um biquinho fofo nos lábios pequenos.
Aproveito esse tempo que elas estão dormindo para preparar o jantar, como queria fazer uma coisa rápida, fiz Fettuccine com tomate seco, almondega e salsa, coloco a torta de morango para gelar enquanto as espero acordar, o que não demorou para acontecer.
A reação de Lisa ao me ver, já era a esperada.
- O que está fazendo aqui? - ela perguntou de braços cruzados, me encarando com cara de sono, mas ainda assim, muito linda.
- Pensei em fazer um jantar para nós - respondo abrindo o vinho branco, servindo as duas taças.
- Alexander...
- Lisa, sim tive um caso com a Lia, mas acabou há muito tempo - falo deixando a garrafa em cima da mesa, me aproximando dela - A mulher que eu amo, é você e só você.
- Quando acabou? - ela questiona sem desfazer sua face séria.
- Quando minhas lembranças voltaram - respondi sincero, depositando minha mão em sua bochecha, depois de colocar uma mecha solta do cabelo loiro atrás de sua orelha.
Lisa solta um suspiro, descruzando os braços, tudo o que ela faz em seguida é balançar a cabeça.
- Tudo bem, mas... Se aquela louca aparecer aqui de novo, vou chamar a polícia - avisa e concordo.
- Eu preparei o jantar para nós.
- O que fez? O cheiro está muito bom.
- Fettuccine com tomate seco, almondega e salsa. Também comprei uma torta de morango - respondo enquanto a sigo para a cozinha.
- Hum, a minha preferida - diz pegando a taça de vinho, levando-a à boca, que adorava beijar, tomando um gole antes de deixa-la no mesmo lugar.
Vendo uma gota do líquido escorrer pelos seus lábios deliciosos, não resisto e agarro sua cintura, colando nossos corpos, antes de grudar minha boca na sua, era um dia inteiro sem poder beijá-la, era muita tentação.
Sinto suas mãos subirem e descansarem em meus ombros, enquanto a devorava, aperto sua cintura ouvindo o gemido escapar de sua garganta, quando estava pronto para aprofundar ainda mais as coisas, fomos interrompidos por Lívia a chamando.
Nos separamos e rapidamente, ela tenta se arrumar passando as mãos nos cabelos e na boca, que estava um pouco vermelha, por causa do beijo. Enquanto Lisa foi buscar nossa filha, tento me recompor pensando em outras coisas que não nela, organizando os pratos e talheres na mesa.
Jantamos os três juntos e no final, pude ver minha filha se lambuzar completamente de macarrão e molho, arrancando risadas de mim enquanto a mãe dela estava preocupada em como faria para tirar o molho de tomate dela.
Eu não trocaria esses momentos por nada deste mundo.
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