Ava Gilbert é uma mulher de personalidade e até certo ponto, isso pode ser bom. Depois de tanto enfrentar seus pais querendo comandar sua vida e evitar ser um molde da comunidade rica e tradicional a qual ela tinha crescido, Ava não consegue escapa...
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Temos mais um jantar na casa dos Gilbert. Que ótimo. Não via Ava desde a nossa última conversa, não tão agradável.
A final já estava decidida, jogaríamos contra um time do sul do país. Seria daqui a um mês, tempo que costumam dar pra preparação do jogo mais importante da temporada universitária.
A quadra, claro, seria em Londres, pois é isso que eles fazem para serem imparciais. Quando são times não-londrinos, a capital sedia o jogo para que não haja nenhum favorecimento.
Bem, eu só pensava nisso, o tempo inteiro. Então, havia esquecido que, uma semana depois da classificação, eu teria que estar junto com Ava, de novo.
Sei bem que querem que isso seja um hábito, e como eu já havia repetido várias vezes, estava cansado de lutar contra.
Perto do horário marcado, recebi uma mensagem de um cara do time falando de uma festa no final de semana e marquei minha presença onde quer que fosse.
— Vamos. - meu pai abre a minha porta e espera eu sair.
— Você está lindo, Jude. - mamãe diz ao me ver.
— Estou como todos os outros dias, então. - eu sorrio ao brincar com ela.
A primeira casa da rua era linda, sim, bem linda. Até porque foi a primeira casa que morei. Ela só estava bem diferente por dentro.
Não demorou pra sermos atendidos e dessa vez, surpreendentemente, todos estavam na sala de estar nos esperando. Até a caçula.
— Ah, que prazer rever vocês. Estou adorando nossos encontros. - a Sra. Gilbert diz.
— O prazer é nosso, pode ter certeza. - meu pai responde. - Lianna está vindo também, creio que em breve chegará.
— Certo, será ótimo tê-la conosco.
Depois dos pais e anfitriões, primeiro cumprimento o irmão mais velho, Phillip, em seguida Henry e por fim, Ava. Todos com um singelo aperto de mão e um sorriso, mal retribuído pela menina.
— Oh, que isso, sem timidez. Ava, dê um abraço no menino. - o pai dela diz.
— Achei que o conselho, ou melhor, ordem, do senhor era não ter contato excessivo com homens. - ela responde.
— Vamos, querida. Dê um abraço. Sabemos que já fez coisa pior. - Sr. Gilbert responde sendo completamente desagradável.
— Querido, acho que você pode dar tempo ao tempo quanto a eles dois. Não os apresse. - a mãe deles disse tentando contornar a situação.
Ao olhar pra Ava, percebo que sua feição não mudou nem um pouco, mas ela passa as mãos pelo seu vestido a todo instante. E então, quando minha mãe puxa outro assunto nos dirigimos a mesa que estou ficando familiarizado.
