Algumas semanas depois estávamos comprando passagens para Itália. Sim, decidimos ir e Tate e Susan toparam.
Eu tinha sido chamado para uma entrevista de emprego numa empresa de fármacos, para ser um analista de produção. Basicamente eu trabalharia analisando fichas técnicas para saber se tudo estava correto. O salário era bom e era um cargo importante, então eu fui. E me sai muito bem, eles disseram que fariam contato.
Quando perguntei a Ava se ela tinha falado com os conhecidos da família dela, ela negou, mas eu sabia que tinha sido ela. E agradeci por isso. Ela respondeu: "Não fiz nada, não tem porque me agradecer".
Hoje era o aniversário de Phil, o que significa que teremos que ir até a casa da família Gilbert. Ela não estava nem um pouco afim, podia ver no seu rosto - sim, estou aprendendo muito bem a ler ela. Mas sei que ela nunca perderia o aniversário do irmão.
Estava perto do horário marcado e ela estava andando de roupão pela casa, com a toalha na cabeça e sem falar uma palavra. Enquanto isso, eu ia estava praticamente pronto porque sei que ela odeia se atrasar para sair.
— Ava, vem aqui. - a grito do meu quarto, cujo a porta estava aberta e em seguida ela entra. - Você não está afim de ir, eu sei. Mas não acha que quanto antes chegarmos, mais cedo voltaremos?
— Não é que não estou afim de ir, só não estou afim de ver meus pais. - ela diz. - E não pense que estou atrasando de propósito, é só porque não tenho nenhuma roupa boa para ir. Você já está até pronto.
— Tudo bem, eu não planejava te dar isso agora. Mas pela circunstância, vou adiantar seu presente. - eu digo indo em direção ao meu armário e pegando uma sacola.
Tiro um vestido de crochê branco de dentro dela e a entrego. Eu havia comprado para a viagem, com esse verão mais quente que o normal em toda a Europa, o crochê ia ser uma ótima opção. Mas, tive que mudar os planos.
— Você comprou isso para mim? - ela pergunta com os olhos brilhando.
— Claro, para quem mais seria? - eu digo. - É a sua cara, vai ficar lindo.
— Jude, as vezes você me deixa sem saber o que dizer. - Ava me dá o maior sorriso possível. - Eu acho que nunca tinha sido tão mimada antes.
— Não precisa dizer nada. Ver você com o vestido já vai ser muito melhor.
Ela soltou o vestido na minha cama e pulou para me abraçar. E a segurei na cintura e comecei a rir, porque não estava esperando. E mais que isso, ela me deu um beijo (um selinho demorado, melhor dizendo).
— Tô achando que esse casamento não foi tão ruim considerando a quantidade de presentes e comida que eu recebo. - ela diz, brincando.
— Vou parar com isso por um tempo, vai ficar mal acostumada.
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uma chance | jude bellingham
Teen FictionAva Gilbert é uma mulher de personalidade e até certo ponto, isso pode ser bom. Depois de tanto enfrentar seus pais querendo comandar sua vida e evitar ser um molde da comunidade rica e tradicional a qual ela tinha crescido, Ava não consegue escapa...