Caralho, eu tinha errado o gol que deveria ser o desempate. Agora tínhamos 1 minuto para reverter a jogada delas e finalmente conseguir a vitória.
Juro que me concentrei em pensar nas adversárias como se fossem o meu pai. E então, por um raiva descomunal, consegui tirar a bola do time contrário. Ok, temos alguns segundos.
Susan passou correndo, Katherine também. Susan ainda tinha uma maldita adversária a acompanhando. Então passei a bola para Katherine, num passe picado. Ela conseguiu receber e no limite de passes, deu um super (super mesmo) pulo em direção ao gol.
— PORRAAAAAAAAAAAAA! - ouvi a goleira adversária gritar ao mesmo tempo que o apito soou.
Vocês sabem o que aconteceu né? Finalmente éramos bicampeãs do campeonato nacional de handball.
Chorei no exato momento em que vi as meninas do time correndo em minha direção para um abraço coletivo. Era a última vez que sentiria aquilo.
A emoção era contagiante, então não fiquei deprimida por muito tempo. A treinadora nos fez cantar We Are The Champions - e foi terrível. Eu faria mil vezes se fosse preciso.
Em nenhum momento soltei Susan, porque se eu estava ali, ela era a principal causa.
— Você sabe que devo uma vida a você, ne? Nao sei se eu chegaria sem você até aqui. - a digo.
— Você chega em todo lugar que quiser, Ava. Não fala besteira! É só que nós duas juntas é melhor do que sozinhas. - ela diz sorrindo. - Vamos tirar a foto da vitória.
Subimos no pequeno palco e sorrimos com as medalhas para o fotógrafo. Um cara veio trazendo a taça e entregou nas minhas mãos. Eu queria chorar de emoção, mas me segurei.
Disse para a treinadora segurar um lado e Susan suspender por baixo. Bem, éramos nós três para esse ato tão importante. Era um honra.
Tudo parecia ter passado tão rápido, entendem? Mas eu sabia que aquilo era uma construção de anos. As meninas mais novas iriam entender quando estivessem saindo também.
Elas aproveitavam para tirar fotos de tudo. Era muito bom vê-las felizes.
Quando a arquibancada finalmente foi liberada para vir a quadra, meu irmão correu para me suspender no ar e dizer o quanto estava orgulhoso.
— Hahahah! Henry, cuidado. Me coloca no chão, vai. Vamos cair. - eu digo enquanto ele me segura. - Eu te amo, maninho, obrigada por ter vindo.
— Eu não perderia isso por nada! E tem mais alguém que não perdeu nem um segundo, mesmo trabalhando. - ele tira o celular do bolso e vejo o rosto de Phil.
— Ava! Você é brilhante, minha garota. - ele diz emocionado.
— Phil! Você ta chorando? Por favor, não chore! - digo.
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uma chance | jude bellingham
Teen FictionAva Gilbert é uma mulher de personalidade e até certo ponto, isso pode ser bom. Depois de tanto enfrentar seus pais querendo comandar sua vida e evitar ser um molde da comunidade rica e tradicional a qual ela tinha crescido, Ava não consegue escapa...