Ava Gilbert é uma mulher de personalidade e até certo ponto, isso pode ser bom. Depois de tanto enfrentar seus pais querendo comandar sua vida e evitar ser um molde da comunidade rica e tradicional a qual ela tinha crescido, Ava não consegue escapa...
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— Que merda. - Sean diz depois de me passar seu baseado e ouvir toda a situação. - E agora vocês tem que se casar?
— Sim. Ele cansou de brigar com o pai, nem vai relutar.
— E imagino que você também não.
— Não. Ele tem razão, se não for ele, talvez seja alguém pior que ele. Pelo menos ele é tranquilo e amigo do meu irmão. - eu falo.
— Isso significa que vamos ter que parar com isso que temos também. Você sabe disso. - ele diz soltando um pouco da fumaça.
Eu sabia disso e, mesmo sem querer, era por isso que tinha vindo hoje. Teria que por um ponto final nisso, não seria nem um pouco legal que descobrissem que enquanto me caso com um cara, fico com outro.
— Eu sei disso, não quero te prender também. - eu digo. - Desde que você saiu do time, tentamos nos livrar um do outro. Talvez seja um sinal.
Rimos juntos. Eu estava relaxada, efeito da droga, é claro. Meu ex namorado que também vai ser ex ficante, tinha todas as melhores maneiras pra me desestressar.
— Quer transar pela última vez? - eu pergunto.
— Não quero que seja a última, quero estar completamente sóbrio quando isso acontecer. - ele fala. - Sabe que vou lembrar de você com carinho.
— Eu sei, você também será sempre uma das minhas melhores lembranças. - eu digo. - A pessoa que me tirou do caos.
— Vem, hoje deixo você me comandar na cama. - ele diz me puxando pro cômodo do apartamento que conheço bem.
⚡️ Na manhã seguinte, depois de passar a noite em Sean, cheguei em casa em completo silêncio. Todos dormiam.
Já tinha feito isso tantas vezes que nem poderia contar.
A noite foi boa, o que me deixou triste, seria uma das últimas vezes. Agora, teria que dedicar meu mês, meu tempo e minha paciência pra que o casamento não seja completamente distante da minha personalidade.
Jude parecia tão apático ontem quando a notícia foi dada. Pensava em como ele não sentia o mínimo de frustração. Me irritava o jeito que ele parecia nunca se abalar com as coisas.
Quando cheguei no meu quarto, tomei banho e enrolei o máximo que pude. Pensando se valeria a pena deixar minhas lágrimas rolarem, na verdade, não valia, mas ainda sim deixei algumas caindo.
Não demorou muito pra governanta me chamar pra tomar café da manhã com todos e como sempre, pensei se deveria ir.
Desci não tão feliz, diferente do humor do meu pai que parecia ter seu melhor dia em anos e mesmo ao olhar pra minha cara, seu pequeno sorriso não some e recebo até um bom dia.
— Como você está? - Phil pergunta quando sento ao seu lado.
— Igual a todos os dias. - respondo baixo. - Querendo ir embora daqui o mais rápido possível.
