My Obsession - Shizun

O acordo

Os cinco dias passaram muito rápido aos olhos de Mo Ran, ele mal podia acreditar que estava vestido de verde para tomar a irmã de seu melhor amigo como concubina, pois ele se recusou a usar a roupa vermelha tradicional e em sua cabeça, como ela seria uma concubina, nem precisaria de uma cerimônia oficial.

Para qualquer um que estava no salão do palácio imperial e olhasse para o príncipe naquele momento, sua vontade era de se esconder, tal era a feição de desagrado dele. Parecia até que de seus olhos saltariam pequenas agulhas e de sua boca labaredas de fogo tal qual um dragão em fúria.

A moça, por outro lado, estava radiante, seu vestido verde com vários detalhes em dourado, era apenas um detalhe, ela sabia que era uma questão de tempo para ela trocar aquele vestido por um vermelho de casamento tradicional. Ela seria paciente e com certeza no final, teria o que queria. O que ela não esperava, era que depois da cerimônia, o príncipe herdeiro a deixaria sozinha no quarto de núpcias até ela dormir de tão entediada que estava.

Quando ela acordou no dia seguinte, ela estava com uma fúria que podia ser considerada maior até que a fúria do próprio príncipe. Ela se trocou, e foi fazer o que todos fariam em seu lugar, na verdade, com certeza, ninguém teria tal coragem, ela foi tirar satisfação com o príncipe.

- o que pensa que esta fazendo?

- estou trabalhando, logo devemos partir para o campo de batalha.

- e não devia estar cumprindo com sua obrigação comigo antes disso?

- e eu cumpri, agora você é minha concubina. Logo será transferida para um pavilhão apenas seu.

- Mo Ran, isso não é o bastante, você tem que....

- o que?

- cumprir com sua função.

- é isso que realmente quer?

- e o que mais seria?

- quando eu voltar.

Ele fez um sinal e seu servo levou a concubina Wen para sua nova "casa" e ela foi o caminho todo soltando fogo pelas ventas, mas pelo menos ele tinha dito que a tomaria para si quando voltasse, então aquilo deveria ser algo bom.

No dia seguinte, os soldados já estavam prontos para partir, eles começaram sua marcha cedo em direção ao sul rumo a batalha, o exército inimigo já estava cansado de tanta luta e quando o exército do príncipe impiedoso chegou, eles foram praticamente dizimados. Quando a batalha acabou, Mo Ran estava incrivelmente de mal humor, ele sabia que tinha que voltar para o palácio e cumprir com seu dever, e isso era tudo o que ele não queria, mas mesmo assim, o faria, mas seria do jeito dele e ele não aceitaria nada diferente do que havia começado a se passar por sua mente incrivelmente cruel.

Depois de ficar fora por dois meses, ele retornou ao palácio triunfante, todos foram recebidos pelo imperador com festa, e naquela noite ele bebeu tanto que apenas apagou e foi carregado para seu aposento por dois servos.

Na noite seguinte, ele finalmente cumpriu com seu dever, ele definitivamente não era um homem romântico, muito pelo contrário, ele gostava de causar dor, e mesmo depois de ser amarrada, amordaçada, chicoteada, e penetrada de forma nada delicada, a concubina Wen não poderia estar mais satisfeita com seu príncipe, e Mo Ran até que tinha achado divertido, mas não tinha deixado sua semente dentro dela, só iria fazer isso quando encontrasse a pessoa que fizesse seu coração bater mais forte, a pessoa que iria dividir o trono com ele, e essa, com certeza não era a concubina Wen.

O imperador por sua vez, pareceu satisfeito por um tempo, mas vendo que nada acontecia, ele concedeu ao filho mais do que relutante, outra combina, dessa vez, a filha do médico da corte, e como se não fosse o bastante, ele ainda concedeu a seu filho um concubino, o segundo filho do primeiro ministro, afinal, talvez seu filho poderia gostar mais de rapazes, e se tivesse um em seu harém, talvez ele se animasse em produzir um herdeiro, mas mesmo assim, aquele desvio de QI de seu filho parecia não ter uma cura ou um fim.

- o que mais você quer? Tem duas concubinas e um concubino e ainda assim parece infeliz.

- eu disse que não os queria, você os forçou.

- me dê um neto e eu nunca mais me meto na sua vida.

- pai, eu vou escolher quem é digno da minha semente, quantas vezes tenho que dizer?

- filho, seu pai só quer que você seja feliz e que...

- e qual é o problema com as duas? Elas são bonitas, educadas, qualquer um ficaria mais do que feliz com ao menos uma delas e eu ainda te dei um rapaz achando que isso te animaria, mas nada esta acontecendo.

- não há nenhum problema com elas, e realmente devo agradecer por Bai Ling, ele realmente é surpreendente em muitos sentidos.

- A-Ruan, por que não envia A-Ran ao norte para a conferência dos cultivadores? Talvez ele possa conhecer alguém que o interesse ao invés de você lhe dar os filhos dos ministros.

- eu não estou....bom...tem razão, os filhos dos outros ministros não tem idade ainda para o casamento. Tudo bem, se quiser ir, vá para a conferência, essa é sua oportunidade de escolher por conta própria alguém para gerar meu neto.

- e se eu não encontrar ninguém de meu interesse?

- vai se contentar com o que tem e vai me dar um neto em um ano ou eu deserdo você e passo seu titulo para o filho da primeira princesa.

- pode providenciar a transferência então

- A-Ran, não fale assim com seu pai, sabe que ele só esta fazendo o melhor para você.

- assim como meu pai fez para mim, seu filho ingrato.

- tudo bem, temos um acordo, com uma condição, não importa quem eu escolha, vocês irão aceitar.

- de acordo.

- é claro querido, aceitaremos quem escolher.

Mo Ran sabia que estava colocando uma corda no próprio pescoço, mas talvez o destino o favorecesse e ele finamente encontraria a pessoa que faria seu coração bater mais forte, afinal, em tempos de paz, o melhor seria mesmo ocupar seu tempo com alguém que valesse a pena receber sua semente em seu ponto de vista, já que nunca realmente tinha chegado ao ápice do prazer.