A calmaria antes da tempestade

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Quando Lee chegou perto de Wanning, a primeira coisa que ele reparou foi como ele estava pálido, quando tocou seu pulso, ele ficou totalmente perdido, nada naquele homem parecia fazer sentido, ele nunca tinha sentido um pulso tão irregular quanto aquele, mas o pior, todos olhavam para ele esperando que ele dissesse algo, então ele pegou uma de suas agulhas, ele nunca andava sem ter pelo menos 4 delas em uma caixinha em sua manga, e ele testou a comida e a bebida de Wanning e ficou ainda mais intrigado.

- e então? – Mo Ran e o imperador perguntaram ao mesmo tempo.

- eu não sei, mas ele não foi envenenado.

- Lee, ele claramente não esta bem, como não sabe? – Mo Ran perguntou segurando o corpo do marido contra si.

- leve ele para o quarto de banho, deixe a água bem fria, precisamos primeiro baixar a temperatura dele.

- tudo bem.

Mo Ran pegou Chu Wanning nos braços e o levou para a casa de banho.

No salão imperial, todos ainda comentavam que poderia ser veneno, e então o imperador disse para Lee:

- o que ele realmente tem? Pode me dizer.

- realmente não sei majestade.

- mas precisamos dizer algo, ele tem que ter alguma coisa, não pode simplesmente desmaiar como uma donzela assustada.

- vamos dizer que é alergia a castanha que esta na salada.

O imperador olhou para Lee Chang e se perguntou se havia feito mesmo um bom negócio em aceitar casar o jovem médico com sua princesa número quatro. Ele era realmente jovem e parecia que precisava estudar bem mais para exercer sua profissão. Ele bufou, chamou o eunuco que apenas fez o anúncio da provável alergia a castanhas do príncipe herdeiro consorte.

Ninguém estava ali para discordar, se era o eunuco sênior do imperador que estava dizendo, todos concordavam, mas mesmo assim ainda havia pessoas que comentavam sobre um possível envenenamento.

- você tem alguma coisa a ver com isso? – Wen perguntou para sua irmã que estava sentada mais distante próxima as concubinas do imperador.

- é claro que não. O dia que eu o tirar do meu caminho, será para ser princesa consorte herdeira e não uma mera detenta na prisão da corte. – ela se levantou indignada e saiu do grande salão com a desculpa que estava abalada com a situação do consorte.

Mo Ran chegou na casa de banho e pediu por mais água fria, logo ele tirou as roupas do marido e as próprias e entrou na água gelada, ele estava tão desesperado que algo pudesse acontecer com Chu Wanning que nem se importou com as agulhadas que a temperatura da água causava em seu corpo.

- A-Ning, o que você tem? Fala comigo.

Chu Wanning não sabia explicar, ele podia ouvir o marido, mas seu interior parecia estar revoltado, ele se sentia quente mesmo sabendo que algo gelado o tocava, algo dentro de seu corpo parecia estar fora do lugar, e então, sem saber explicar, ele começou a sentir desejo, um desejo incontrolável por seu marido, em sua mente, todo aquele calor e incomodo passariam se ele sentisse Mo Ran dentro de si. Ele abriu os olhos, virou seu corpo para ficar de frente para seu marido, deu um impulso abrindo suas pernas que abraçaram a cintura de Mo Ran sem dificuldade, mas deixando Mo Ran com uma feição ainda mais assustada.

- A-Ran, me possua.

- A-Ning, você não esta bem.

- eu preciso, me sinto tão quente.

Mo Ran nem reconhecia seu marido, no começo ele era bem tímido, depois começou a se soltar mais, e até tinha tomado a iniciativa de tirar sua roupa, mas esfregar sua intimidade na dele daquele jeito, ele realmente estava descrente que seu marido pudesse fazer aquilo um dia por conta própria, mas como ele não precisava de muito para ficar animado e tomar o marido para si, ele apenas segurou em sua cintura parando os movimentos dele, se encaixou em sua entradinha apertada, e essa foi outra coisa ele estranhou, ele não teve nenhuma dificuldade em penetra-lo e muito menos chegar até o fundo, parecia que havia algo diferente em Chu Wanning principalmente naquela noite.

Lee Chang quando entrou no corredor que levava a casa de banho para avaliar Chu Wanning novamente, apenas voltou pelo mesmo caminho que tinha ido quando ouviu gemidos nada discretos. Ele ficou mais vermelho que o tecido usado para roupas de casamento, mesmo não tendo visto nada, era mais do que óbvio o que estava acontecendo na casa de banho. Assim que passou pelas portas, ele sentiu o ar fresco da noite e respirou, já que havia prendido a respiração para não ser ouvido. Ele pensou no que tinha acontecido naquela noite e com certeza devia ser algo relacionado ao cultivo, talvez aquilo fosse o verdadeiro início de um desvio de qi, coisa essa que ele realmente não entendia, ele era um médico comum, que atendia a pessoas comuns, mas nem Mo Ran e muito menos Chu Wanning eram comuns, pois mesmo Wen Zhao tendo um cultivo bem razoável, ele ainda era considerado como uma das pessoas que Lee sabia tratar, mas aqueles dois estavam muito fora de seus padrões e ele decidiu que não ia mais tentar entender, ele apenas iria para casa e voltaria no dia seguinte para saber se Chu Wanning iria ao menos conseguir andar.

Naquela noite, Chu Wanning não deu descanso para Mo Ran e muito menos durante o dia seguinte, o fogo interno que ele sentia parecia que só conseguia ser apagado quando seu marido despejava sua semente dentro de si, e Mo Ran finalmente havia entendido, aquilo poderia ser algum efeito retardado do tratamento que ele estava dando secretamente para o marido, então, quase no final do dia, quando ele já sentia que estava ficando incapaz de satisfazer o marido, ele perguntou:

- A-Ning, você quer?

- ahhh...simmmm....eu quero....

- quer minha semente?

- simmmmm....ahhhh....A-Ran...me dá....hummm

- você será para sempre só meu...

- sim....sou seu....me enche com sua semente.

Os dois chegaram aos seus ápices juntos e finalmente parecia que o fogo de Chu Wanning tinha acabado, mas Mo Ran ficou decepcionado, pois de acordo com suas pesquisas e estudos, Chu Wanning deveria reter sua semente dentro de si, mas ela apenas escorreu pela parte interna das coxas do marido, e Mo Ran apenas respirou fundo, tudo o que tinha feito só tinha causado dor e desconforto no marido, talvez fosse hora de partir para o plano B e abandonar aquelas ideias impossíveis de acontecer na realidade, aqueles livros deviam ser mesmo apenas romances e ele nunca deveria ter acreditado naquelas coisas.

Dois se passaram e Chu Wanning parecia bem melhor, quando Lee lhe fez uma visita, não havia mais nada fora do comum acontecendo com o príncipe consorte e todos pareciam aliviados.

Uma rotina acabou sendo instaurada, Mo Ran voltou a treinar o exército em alguns dias da semana, e em outros ele acompanhava o pai em suas atividades, e todas as vezes em que estava no grande salão, Shizun estava deitado em seu colo sendo acariciado com devoção por ele e depois das 24hs de sexo que tinha tido com o marido sem motivo algum, ele não havia mais voltado a biblioteca.

Chu Wanning por sua vez, quando não estava com Mo Ran, estava com os concubinos 2 e 3 e com a imperatriz, seus dias eram bem ocupados, o que fazia com que ele não meditasse tanto quando gostaria, mas, de alguma forma que ele realmente não entendia, Mo Ran havia decidido lhe dar um pouco de paz as noites, então ele podia tocar para o marido, que ouvia com profunda devoção e admiração, ou eles faziam o cultivo duplo, que por algum motivo que ele também desconhecia mas não ia levar em consideração, não terminava mais em sexo que ele não se lembrava de ter feito no dia seguinte. Mas havia algo que o intrigava mais do que tudo, Mo Ran, havia parado de lhe dar os tônicos malucos que as vezes eram quase insuportáveis de beber de tão azedos, e por isso, ele não questionava o marido, afinal, era melhor ficar sem eles.

Podia ser dito que tudo no reino estava calmo até demais, mas naquela manhã, dois meses após o desmaio de Chu Wanning no banquete, tudo estava prestes a mudar.

- Alteza, por favor nos acompanhe, o senhor esta preso por traição.

My Obsession - ShizunOnde histórias criam vida. Descubra agora