A Fazendeira Versão Simoraya

Conflitos

Sei que o combinado foi soltar capítulo amanhã, mas não consigo, tô ansiosa, então antecipei, calma que o shippe vem

Aviso Peoas

Vai ser uma fanfic Simoraya com o shippe de Michelli e Isabelli, então as vezes pode começar com a Michelli, Simone, Soraya ou Isabelli como se fosse um p.o.v delas.

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Narrador

Michelli Bolsonaro

Assim que havia retornado para seu quarto na pousada, pode finalmente tomar um banho longo, pretendia tirar de sua pele o cheiro dela, mas não importava quantas camadas de sabonete, parecia que o toque ainda lhe queimava e ela podia sentir suas pernas tremerem por causa da noite passada.

Mas se tinha uma coisa que havia aprendido nos últimos vinte e oito anos é que conseguia reconhecer o desinteresse e o fato de Isabelli ter praticamente fugido a atingiu em cheio, fazendo queimar uma velha cicatriz.

A pequena cidade de Rio Verde parecia ter parado em algum lugar do tempo, observou enquanto seguia para dentro da prefeitura, e foi levada por uma secretária até a repartição onde ficava o conselho tutelar e ela se surpreendeu ao ver os extensos arquivos empilhados em cima de algumas mesas.

Uma breve lida sobre alguns arquivos e percebeu que aquela repartição estava uma bagunça, todo aquela papelada já deveria ter ido para o sistema, a maioria era referente a falta de alunos.

Estava dividida entre usar seu tempo livre para organizar aquilo, ou simplesmente ignorar, já que tinha utilizado suas férias e verba própria para levar Nelissa até a irmã, ainda teria algumas visitas técnicas até o final daquele mês quando retornaria para São Paulo, tinha trocado um mês em alguma praia carioca para ficar ali, no fim do mundo tirando poeira de arquivo e telefonando para pais irresponsáveis.

Esperaria para fazer visita a fazenda de Simone no final do dia, dessa vez checaria os pneus e se caísse uma gota de chuva, não sairia dali por nada.

- Senhora... chegou isso para você. – Um estagiário da prefeitura surgiu carregando uma sacola e Michelli frisou os olhos nele e segurou o objeto.

- Quem foi que trouxe isso?

- Ah... foi a peoa da sombra. – O menino a olhou dando um sorriso debochado de lado.

- Quem?

- Isabelli da Sombra da Terra, trouxe... pessoalmente... para tu... – Ele disse erguendo uma sobrancelha. – O que tem aí?

Michelli deu uma rápida olhada para dentro da sacola e percebeu que era seu casaco que havia esquecido e sua calcinha.

- Te interessa é garoto? – Michelli colocou a mão na cintura. – Você não tem uma xerox para tirar não?

- Oxe... eu trabalho no financeiro minha filha. – Tocou a fivela do cinto que rodeava metade da cintura esguia e Michelli jugou que se ele elevasse mais um pouco a calça chegaria no pescoço.

- Ótimo, então vá até a padaria comprar um lanche para mim. – Michelli retirou uma nota do bolso e entregou ao garoto.

- Uai! Posso ficar com o troco? – Ele perguntou sorrindo e ela revirou os olhos movendo as mãos positivamente.

Sua mãe havia lhe criado como uma leoa e assim ela seria, é claro que antes de finalizar a listagem dos pedidos de ligação das escolas, ela foi recebida por uma senhorinha, de sorriso doce e cabelos brancos.

- Bom dia minha filha... vim ver como você estava se adaptando. – Ela disse. – sou Clemência, conselheira tutelar de Rio Verde, como saí de férias vim ver como está o seu segundo dia já que ontem não apareceu e você deve ser Michelli Bolsonaro, assistente social de São Paulo que veio trazer a menina.