NarradorLorena estava preocupada com o inicio do processo de adoção, pois o menino estava com a transferência para uma casa de acolhimento em outra cidade e se caso ele saísse daquela região seria muito difícil para Soraya adotá-lo.
O único modo para dar tempo do processo ficar pronto seria se alguém daquela cidade desse lar temporário ao bebê, se caso Soraya ofertasse dar lar temporário ao recém nascido, ela não conseguiria adotá-lo.
A única pessoa que estava no sistema era ela mesma.
A advogada caminhava de um lado para o outro enquanto roía suas unhas e estava praticamente fazendo um buraco no piso de madeira.
- Que bicho te mordeu menina? – dona Conceição perguntou.
- Estou prestes a fazer uma loucura em favor de uma amizade... – sorriu, sabia que se ao se colocar como cuidadora temporária do menino e a justiça a recebesse, então era para ser, mas se houvesse uma negativa, então Soraya teria que sobreviver aquela tempestade.
Demorou mais dois dias até que Michelli entrasse em contato com ela, a assistente social que estava em São Paulo acompanhando Neli resolvera voltar ao receber o e-mail vindo do juizado de menores.
Ela tinha se surpreendido com o pedido de adoção e rapidamente acatara a ordem judicial entregando a guarda temporária do menino a Lorena.
Lorena praticamente correu contra o tempo para conseguir comprar tudo o que um recém nascido precisaria.
O momento no hospital foi marcado por uma pequena festinha, as enfermeiras tinham colocado vários balões no bercinho e Lorena mesmo bancando a durona, tinha chorado um pouco ao segurar o pequeno nos braços, o tinha conhecido por algumas fotos que Soraya tinha lhe dado e ele parecia um pouquinho diferente.
Lorena tinha entrada na lista de adoção como meio de apoiar a amiga nunca tinha pensado na real possibilidade de um dia estar com bebê dentro do seu carro e estava dirigindo quase a dez quilômetros hora, até uma tartaruga seria mais rápida que ela, tinha receio.
Assim que entrou no chalé tratou de trocar a fralda do menino e apresentar o lugar para ele.
- Olha o seu lar temporário... casa temporária para um bebê temporário. – sorriu ao ver que ele lhe encarava com os olhinhos amendoados fofos.
Claro que dona Conceição ficou animada em rever o menino.
- Qual nome ele recebeu?
- Bento... – sorriu e a senhorinha bateu palmas.
- Pequeno Bento, seja bem vindo.
As horas seguintes se resumiu a Lorena fazendo uma live com Soraya e Neli que estavam olhando o menino por vídeo. Simone não estava naquele momento pois tinha ido descansar e Soraya preferiu guardar aquela novidade apenas para si.
Lorena parecia estar levando aquela tarefa até que bem, ou o menino era bonzinho demais, em grande parte do seu trabalho o fazia atrás da tela do computador e o pequeno ficava dormindo no bebê conforto.
Tinha conseguido remanejar alguns peões da casa que Simone construíra para eles, e havia uma garagem vaga. Se Faby quisesse poderia usar o lugar como descanso, assim ela a manteria longe dos peões, até ligou para a mesma, como sempre acontecia ela rejeitava as ligações então Lorena pediu para que Caíque a chamasse até a casa de Simone.
- Porque você me tirou durante o trabalho?! – seus olhos verdes a olharam com uma certa raiva e Lorena ergueu uma sobrancelha ao analisar a veterinária.
- E eu já falei quantas vezes para você usar os EPi's de segurança?! Se você acha que vai conseguir algum acordo trabalhista depois pode tirar seu cavalinho da chuva! – disse entre dentes e a Faby deu um passo para frente e Lorena viu quando ela fechou os olhos e engoliu em seco.
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A Fazendeira Versão Simoraya
Ficção CientíficaSimone Tebet levava uma vida tranquila entre cuidar das suas terras e do coração para que nunca se apaixonasse. Estava tudo seguindo como idealizara, até uma tempestade em forma de mulher lhe tirar do eixo. Soraya Thronicke é uma bancária que fora o...