Ciúmes

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Narrador.

Rosângela acordou soltando um gemido dengoso, Taís havia tornado todas as suas relações heteronormativas em pó. A fotógrafa tinha simplesmente lhe levado ao paraíso e ao inferno ao mesmo tempo naquela noite, perdera as contas das vezes que havia chego ao orgasmo.

E ela nem tinha se esforçado muito.

Suas mãos a procurou na cama e não demorou muito para perceber que estava sozinha, esgueirou-se a procurando pelo chalé, mas nada, nenhum sinal da morena.

Taís tinha acordado primeiro, não sabia como seria tratada pela advogada quando a mesma acordasse então preferiu sair rapidamente, talvez fosse a carência ou o simples de desejo de pertencer a alguém a tenha levado ali.

Não queria ser o saco de pancadas da bonitona, não era do tipo que desistia fácil, mas já havia suprido a sua curiosidade.

Seguiu pelo caminho que a levaria até o outro chalé onde suas amigas estavam e se surpreendeu ao ver a pequena Neli dormindo próxima de Lorena.

Precisava de uma xícara de café o quanto antes.

- O que está fazendo aqui tão cedo? - Lorena perguntou ao acordar.

- Acordei e queria café, lá não tem café.

- Nossa... como foi sua noite com a peoa?

- Que peoa? Rosângela está mais para uma patricinha.

- Espera... o que...

- A peoa mesmo sumiu, e eu passei a noite com a advogada patricinha meia boiadeira. - disse como se fosse a coisa mais normal do mundo e Lorena a olhou espantada, esforçara tanto suas expressões que era possível que o botox explodisse.

- Mas... isso é... como?

- Bom, a gente estava tirando umas fotos, ficou tarde então ela me levou para o chalé, e estávamos conversando sobre algumas viagens e ela ficou me olhando com aqueles olhos verdes e eu não resisti.

- Como diria tia Maria, minha nossa senhora, meu padin Cícero... - se benzeu.

- Foi tão bom amiga...

- Trouxa...

- Mas hoje de manhã eu dei no pé, vim quase correndo.

- E você deixou ela lá? - perguntou enquanto estendia a xícara para se servir de café.

- O que você queria que eu fizesse? Um café da manhã para ela fingir que odiou e jogar na minha cara o quão ela é fodona... não, ontem a noite mesmo ela ficou balbuciando que só faria aquilo uma vez e não seria nada demais.

- Amiga...

- Não, não... eu dei no pé.

- E se ela achar que você a usou? - Lorena perguntou a olhando e Taís a encarou por alguns segundos e logo as duas deram uma sonora gargalhada.

- Ela deve ter é agradecido por eu ter sumido.

Não muito longe dali, a depressão pós sexo da advogada tinha durado apenas alguns segundos, logo estava readaptando a máscara de sempre e tratou de ir um banho rápido e colocou o seu vestido preto que usava para reuniões importantes, o perfume exalava e ela não precisava de maquiagem para expor o quão linda era, apenas um rímel deu conta e o batom vermelho destacava seus lábios muito bem.

Em menos de uma hora estaria numa chamada por vídeo e preferiu ir até a casa de Sarah para estar junto a sua prima durante a primeira audiência.

A cozinha estava barulhenta, já que todas estavam ali reunidas pela manhã e assim que a advogada atravessou o local em busca de uma xícara de café o silencio rompeu pelo lugar.

A Fazendeira Versão Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora