NarradorPor mais que tivesse tido um dia exaustivo, Simone ainda possuía os reflexos biológicos da sua rotina na fazenda, então antes mesmo do sol nascer ela já estava acordada, e sentiu completamente descolada ao ver que todos deveriam estar dormindo também.
Simone então resolveu ir até a cozinha, não sabia mexer nos aparelhos que tinham ali, mas sabia fazer um café do jeito mais tradicional que existia, já que não conseguiu encontrar nenhum coador.
Talvez comer um pouco de pizza a deixaria satisfeita até que Soraya acordasse e ela pudesse então pensar em como retornaria para Goiânia, antes mesmo de mergulhar sua cabeça em pensamentos foi surpreendida ao ver uma das amigas da loira.
A mulher estava usando um roupão branco, em sua cabeça havia uma touca cor de rosa e ela segurava um taco de basebol nas mãos.
- Oh... é você... pensei que fosse um invasor. – Suspirou pesadamente enquanto deixava o taco de lado e se sentou a mesa de frente para a morena. – Soraya contou que vocês do interior acorda cedo... não imaginei que era muito, muito cedo.
- Cinco e quarenta nem é tão cedo assim... se comparar aos meus dias atuais eu até que acordei tarde hoje.
- Meu Deus... – bocejou enquanto se servia de uma xícara de café.
- Isso não é...
Fez uma careta ao ver que ela tinha tomado o liquido amargo sem adoçar, realmente, as amigas de Soraya eram estranhas.
- Nossa, você lê o fundo da xícara? Que exótico... – Sorriu enquanto tomava mais um gole, e a fazendeira a olhou estranho, mas retornou para o seu próprio café. – e então, o que você faz lá na fazenda?
- Cuido dos animais leiteiros...
- Tipo vacas?
- É... muitas vacas. – Simone a olhou por alguns instantes e depois para o seu café, será se aquela pessoa não conseguia respeitar ao menos o seu café? Pensou amargurada, amava o silêncio matinal.
- Você faz queijos?
- Eu não... temos uma pessoa que faz... mas em menor quantidade apenas para o consumo da fazenda mesmo e para as feiras.
- Quando você vai voltar?
- Quando Soraya quiser. Na verdade eu queria aproveitar que estou aqui na cidade onde tem tudo para dar um trato no meus cabelos... o coitado não ve um salão a bastante tempo.
- Se você quiser eu conheço um ótimo, sou amiga de uma das manicures de lá e o truque pra quem não marca horário é ir assim que abre, porque eles nunca marcam cliente no primeiro horário porque é quando eles organizam o salão e as coisas.
- E que horas eles abrem? – Simone olhou em seu relógio.
- As dez, como todas as lojas... deve ser o mesmo horário que você vai almoçar. – Ela fez uma careta.
- As lojas aqui abrem as dez? – fez uma careta. – Uau... mas deve que fechar bastante tarde, dai uma coisa compensa a outra...
As duas continuaram conversando até Soraya acordar por causa do barulho vindo da cozinha, e estreitou os olhos ao ver sua melhor amiga quase no colo de Simone enquanto as duas gargalhavam de mãos juntas.
Não tinha gostado nem um pouco.
- Bom dia... – Cumprimentou as duas que param a conversa para responder.
- Bom dia minha nerd favorita, estava conversando com Simone sobre aquele nosso amigo Tufão, então, ele abriu um novo espaço aqui no jardim, um louge com som gostosinho, um bar, a gente pode dar um pulo lá essa noite.
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A Fazendeira Versão Simoraya
Ciencia FicciónSimone Tebet levava uma vida tranquila entre cuidar das suas terras e do coração para que nunca se apaixonasse. Estava tudo seguindo como idealizara, até uma tempestade em forma de mulher lhe tirar do eixo. Soraya Thronicke é uma bancária que fora o...