Pupila

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Narrador

Soraya estava encarando o traseiro de Simone, a fazendeira estava debruçada no galinheiro em busca de alguma coisa que a loira não sabia ainda deixando para ela a visão perfeita do seu traseiro.

- Às vezes me questiono porque ainda estou tentando... – Soraya murmurou e Simone assim que ouviu a voz da loira ao seu lado se afastou da casinha de madeira e abriu um sorriso a olhando.

- Desculpa não ter ido para o nosso encontro, mas é que Nelissa resolveu chocar um ovo, e a menina está a dois dias pra cima e pra baixo com ovo que ela pegou achando que vai sair um pintinho dali.

- E não vai? – Soraya deu uma risadinha.

- Não... já que ela pegou o ovo da geladeira. – Deu uma risadinha. – Mas eu resolvi participar da brincadeira e vim sequestrar um pintinho pra ela tomar de conta. – Abriu a mão e uma cabeça amarela minúscula surgiu piando como se sua vida dependesse disso.

- Eu acho que vim numa hora ruim então... – Ajudou Simone a se levantar.

- Não, veio numa hora boa.

As duas caminharam juntas em direção a casa, Soraya ficaria com Neli por alguns instantes enquanto sua irmã quebraria o ovo para simular o nascimento.

Soraya achava que aquilo tudo não daria em nada, mas Simone parecia uma princesa da Disney que falava com animais e ela fez um verdadeiro teatro enquanto mostrava a casca do ovo quebrado e o pintinho com a metade da casca na cabeça.

- Mamãe! Mamãe! – Neli segurou o bichinho com o máximo de cuidado e lhe fez um carinho de leve nas penas. – Inho! Inho!

- Isso querida... cuide dele... – Simone tocou os cabelos castanhos da criança com carinho a aninhando em seus braços.

- Sisa... porque você faz essas coisas? – A loira resmungou tentando se afastar daquela bolha familiar.

- A psicóloga infantil disse que eu tenho que criar memórias afetivas com a Neli... isso ajuda na superação da perda dos pais dela... aos poucos vamos superar tudo.

- Como eu posso odiar você? – Soraya praticamente se sentou em cima da sua cintura e a beijou por alguns instantes.

- Você quer me odiar para conseguir sair daqui? – Simone a olhou nos olhos e os seus castanhos na baixa iluminação da sala fez um arrepio gelado percorrer a espinha de Soraya. – Talvez se eu te odiar, você também conseguiria ir embora?

- Você não conseguiria me odiar, nem se eu te magoasse... eu sei disso.

- Como você sabe?

- Seus olhos, eles me dizem tudo o que sua boca se recusa a dizer.

- E o que eu quero dizer? – Estava tão próxima dela que Soraya já conseguia sentir o perfume atalcado mesclado ao cheiro do galinheiro e fez uma careta, não era totalmente ruim... porém não era a coisa mais erótica do momento.

- Sua pupila dilata quando me olha... esse é o efeito Soraya ou você ingere muito pó.

- Droga... ter olhos castanhos as vezes me quebra. – Fez um biquinho e a loira lhe deu mais alguns beijos.

Claro que o momento apaixonante durou alguns minutos até Nelissa soltar um grito estridente fazendo com que as duas a olhassem desesperadas, só então Simone notou a mancha de cocô que estava no braço da menina e o olhar apavorado dela.

A fazendeira então soltou uma alta gargalhada enquanto Soraya procurava alguma coisa para limpar a pequena, Neli estava realmente apavorada com o que havia acontecido no seu braço e Soraya já estava amaldiçoando a morena mentalmente quando saiu do banheiro com a menina em seus braços e sentou no colo de Simone que estava com o rosto rubro de tanto rir.

A Fazendeira Versão Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora