Estávamos trabalhando na placa da barraca do beijo. As letras já estavam cortadas e Lee havia lixado as arestas; precisávamos somente pinta-las e prega-las na estrutura da barraca. Tínhamos alguns outros acessórios decorativos na minha casa, e os pôsteres estavam prontos, também.
E havia duas tabelas com preços.
- as pessoas comentaram a semana inteira sobre o que aconteceu com você e Cody. -- disse Lee, estavamos conversando depois da aula na tarde de quarta-feira. Precisávamos apressar os preparativos para conseguir terminar de montar a barraca na noite de sexta
- você não disse nada que pudesse me incriminar?
- não disse a verdade a eles e nem nada-- riu Lee, enfiando o pincel na tinta cor-de-rosa outra vez. - só não entendo porque você disse que estava doente.
- era algo fácil de acreditar. -- me defendi. - foi a primeira coisa que passou na minha cabeça.
- certo, entendi. Mas tem muitos garotos pensando que foi porque Cody ficou com medo de Noah.
- ele fez uma cara bem ameaçadora quando eu estava esperando por Cody-- admiti, usando um carimbo em forma de beijo nas letras que já estavam secas.
Lee deu de ombros. Levou algum tempo até ele quebrar o silêncio outra vez. - a/c...
- sim?
- ele a assusta? Digo... Sei que ele não chega a ser o incrível Hulk, mas as vezes perde a paciência com muita facilidade.
- ele é assim mesmo. Cresci com o Noah por perto. Ele não conseguiria me assustar. Mas sei que ele intimida as pessoas...
- acho que sim. -- disse Lee, assentindo. De repente, ele deixou o pincel cair na lata, respingando a tinta cor de rosa-pastel respingar em mim: no meu rosto, na minha blusa, na gravata do meu uniforme, no meu cabelo...
- LEE! -- gritei.
- desculpe
Mergulhei um pincel no pote de tinta preta, já preparada para agita-lo na direção de Lee. Mas senti uma coisa fria e molhada tocar no meu rosto e pescoço quando ele respingou outra vez, fazendo-me pular tão alto que larguei meu pincel, deixando um rastro de tinta na parte da frente do uniforme.
Lee engasgou antes de desabar no chão, gargalhando. Olhei pra ele de cara fechada, esperando até que parasse.
- isso não tem graça, Lee
- claro que tem! você d-devia ter v-visto a sua... Cara! -- ele estava com as mãos nas laterais do corpo agora. Olhei para ele com expressão de ódio é peguei minha mochila - a-aonde você vai?
- para o vestiário, tentar lavar o rosto e tirar essa porcaria que você me jogou -- esbravejei. - e pare de rir!
- não consigo! -- ele arfou, curvando-se para frente. - a sua cara!
Saí dali pisando duro, batendo a porta atrás de mim. Lembrava que tinha outra blusa no meu armário. Iríamos sair pra comer um hambúrguer mais tarde, e eu não queria andar em público como se fosse um quadro do Picasso.
Sempre achei que os vestiários da escola era um lugar muito esquisito; um enorme corredor comunal, com avisos e outras coisas penduradas, que levava a "suíte esportiva", com suas esteiras e pesos, e aos campos esportivos pelo lado de fora. O vestiário das garotas ficava no final do corredor, a esquerda, e o dos garotos no lado oposto, a direita.
Assim que entrei no corredor, o time inteiro de esporte americano entrou pela porta. Eu ja havia arrancado minha gravata e aberto outro botão; não havia me ocorrido que eu talvez não estivesse sozinha por ali.
Todos os garotos começaram a andar mais devagar quando me viram, e eu fiquei paralisada.
E então as risadas começaram. Aparentemente, todos estavam me achando hilariante.
- o que aconteceu? -- perguntou Jason, mordendo o lábio com força tentando não rir.
- estávamos pintando a placa da nossa barraca. E Lee estava com um balde de tinta, preciso dizer mais alguma coisa?
Ele negou com a cabeça. A maioria dos garotos começaram a entrar no vestiário, ainda rindo e olhando pra mim. Peguei uns dois ou três olhando sem qualquer pudor para a minha blusa semi desabotoada, e coloquei um braço diante do meu peito.
- Ah, parem com isso-- falei girando e abrindo um sorriso enorme.
Prefiria transformar aquilo em uma piada em vez de ficar constrangida. - estou tão suja assim?
- bom, eu pagaria pra ver você em uma galeria de arte. -- disse um dos garotos, rindo. Revirei os olhos e segui pelo corredor até o vestiário das meninas, virando o rosto para me despedir.
Uma mão segurou o meu braço, fazendo eu perder o equilíbrio, e em seguida me segurou antes que eu caísse.
Virei pra ver quem era. E o sorriso no meu rosto se desfez. - Ah.
- o que você está fazendo? -- sibilou Noah. - você não pode andar por aí seminua s/n
- ando por aí do jeito que eu quiser! Obrigado. -- gritei em resposta, puxando meu braço para me soltar. - como se isso fosse um problema.
Não é como se eu estivesse pulando de um lado pro outro só de calcinha, pelo amor de Deus.
- sim, mas mesmo assim... -- os olhos dele me mediram de cima a baixo
Em seguida ele me encarou com um olhar severo.
- me deixe em paz! -- exclamei olhando pra ele - olhe, sinceramente, já é ruim o bastante você ser assim superprotetor. Mas não precisa sem assim tão... Extremo!
- e então, o que aconteceu entre você e Cody? Sei que toda aquela história de "estar doente" era mentira
Meu queixo caiu. Será que ele estava me chantageando? - você não contou a ninguém, não é?
Ele me olhou com um olhar de superioridade e abriu um sorriso torto. - não fico fazendo fofoca. E... Não, não contei pra eles. Porque imaginei que você tivesse um bom motivo pra dizer isso. Então o que aconteceu?
Dei de ombros - nada
- alguma coisa aconteceu, concerteza. Eu te conheço bem o bastante para saber quando está mentindo. E então, qual é a verdade?
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Oii, me desculpem pela demora essa semana tava meio cheia de coisas por conta da volta as aulas, amanhã provavelmente posto o próximo.
Qualquer sugestão podem deixar nós comentários que respondo.
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💋ᗩ ᗷᗩᖇᖇᗩᑕᗩ ᗞO ᗷᕮIᒍO 💋 ( 𝑵𝒐𝒂𝒉 𝑭𝒍𝒚𝒏𝒏 🤍 𝑺/𝒏 )
FanfictionE se você estivesse na barraca do beijo? NÃO CONSEGUI ME ACOSTUMAR COM A IDEIA DE QUE MEU PRIMEIRO BEIJO seria com Noah Flynn. O irmão mais velho do meu melhor amigo. O cara que conseguia fazer com que eu sentisse as coisas mais inexplicáveis e me l...