𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 14

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Avancei correndo, tentando afastar Noah de Adam, que estava com o lábio partido sangrando. Não poderia estar mais livido, mesmo se quisesse.

- Noah! -- gritei várias vezes,mas ele não me ouvia. Os rapazes estavam todos gritando e batendo boca, agora pra completar, havia também um professor tentando controlar a situação, mas o meu cérebro não percebeu nada aquilo.

- Lee! -- tentei pedir sentido-me impotente- faça alguma coisa!

- o que você acha que estou fazendo?-- respondeu ele, ríspido. - ninguém trata a minha melhor amiga assim e sai impune.

- Lee... -- suspirei, derrotada, quando ele voltou a gritar e empurrar a massa de rapazes.

- Cara, se você gosta dela, não tem problema -- esbravejou Thomas com Noah - mas tenho certeza de que sobra pra mais gente.

Ele se esquivou de outro soco e encarou Noah, desafiando a continuar a briga.

Mas eu fiquei ali, olhando feio pra ele - o que você disse?

- você me ouviu -- disse ele, piscando o olho.

Fiz uma careta.

- já chega!-- rosnou Noah.

- Flynn! - gritou o professor, aproximando-se por entre a multidão que se dispersava rapidamente.

As outras brigas pararam naquele momento, e Noah só parou porque fiquei bem adiante dele, com as mãos em seu peito, empurrando-o para trás.

- o que significa isso? -- quis saber o professor. Reconheci a voz do vice-diretor Pritchett.

- é só um enorme mal-entendido -- disse ele. -sério.

- todos vocês. Uma semana de detenção. Noah Flynn, Rogers, quero vocês dois na minha sala agora. Você também s/n.

Fiquei boquiaberta. - o que foi que eu fiz?

- nada. Mas eu gostaria de dar uma palavrinha com você.

Suspirei, decepcionada e, de repente, senti um braço ao meu redor.
Era Lee .

- obrigada -- balbiciei -- mas você não devia ter se envolvido.

- é claro que devia. Ninguém pode tratar você assim, a/c!

- você faz isso o tempo todo.

- Mas eu posso. Somos amigos. Esses idiotas... Eles não podem falar assim com você e saírem impunes.

- bem, obrigada -- disse lhe dando um abraço de lado bem desajeitado

Ele retribuiu o abraço. - sabe de uma coisa? -- murmurou no meu ouvido - estou começando a pensar que o meu irmão gosta de você a/c

Bufei. - é isso ou então ele estava procurando briga.

- Ah, provavelmente é a segunda opção, então.

- definitivamente.-- Corrigi, fazendo-o rir.

O sinal tocou, quando chegamos na sala do vice-diretor, e Lee suspirou.

- tenho que ir pra minha aula.

-certo, bem conversamos mais tarde, então

- está bem. Boa sorte -- ele acrescentou com uma expressão grave. Ri, acenando enquanto ele ia embora, e sentei em uma das cadeiras. Alguém sentou na cadeira ao lado da minha ; Noah ; o vice-diretor e Thomas entraram direto no gabinete. A porta se fechou por trás deles com um estalo sinistro.

Depois de alguns segundos de silêncio, eu disse um "obrigada" discreto.

Pelo canto do olho, vi noah se endireitar na cadeira - ninguém pode tratar uma garota daquele jeito. Especialmente se essa garota é você.

Olhei para ele de lado, sem virar a cabeça.- bem obrigada, mas você não precisava interferir. Podia ter deixado que eu socasse ele.

-seria um belo soco, tenho que admitir.

-porque você me impediu?-- não consegui evitar a pergunta.

Ele deu de ombros. - pra falar a verdade...não sei.

-na verdade, já que estamos falando sobre o que houve, porque você teve que se envolver? Lee,Dixon e Cam ficariam bem.

-talvez -- disse ele.

- você está se esquivando da pergunta.

Noah sorriu. - sim estou, eu acho... Não queira vê-la se envolver em uma briga, e não gostei de ouvir aqueles caras falando com você daquele jeito... -- ele deixou as palavras no ar, e passou a mão pelos cabelos, enquanto o meu coração batia cada vez mais rápido.

E foi então que ele disse as palavras que acabaram com o último fragmento da esperança que vinha crescendo dentro de mim. A frase caiu como se rolasse por uma encosta : - acho que você é como uma irmã mais nova pra mim ou algo do tipo.

-ah,sim -- eu disse,concordando com a cabeça -- é claro.

Ele assentiu também, e em seguida balançou a cabeça como se tivesse tentando clarear as ideias.

Tentei manter a expressão neutra. - você acha que vai ficar muito encrencado? -- perguntei, fingindo examinar minhas unhas.

- não. Nunca fico encrencado. Especialmente quando descobrirem que eu estava defendendo a sua honra. -- emendou, com um sorriso torto.

- HaHa,muito engraçado -- devolvi, revirando os olhos. - eu estava falando sério.

Noah balançou negativamente a cabeça. - nunca começo brigas, simplesmente as termino. Você sabe. Vou dizer isso pra me defender.

- não vejo motivos para que eu esteja aqui.

-oh, eles vão querer uma testemunha, só para comparar as versões ou coisa do tipo. Eles adoram fazer isso.

Ri, olhando para o Noah e negando com a cabeça.

Ficamos sentandos em silêncio por algum tempo, mas um silêncio agradável, confortável o que realmente me surpreendeu. Percebi que, na realidade, aquele era o período de tempo mais longo que já havia passado a sós com Noah durante os últimos meses.
A menos que se considerasse o tempo no qual eu não me lembrava porque estava bêbada.

Quando Thomas saiu e noah entrou, formei as palavras "boa sorte" com os lábios. Ele simplesmente abriu aquele sorriso torto e bateu continência pra mim, antes de fechar a porta do vice-diretor. Fiquei sem nada pra fazer além de tentar conseguir sinal de internet para o meu celular, o que não era algo muito fácil de acontecer naquela escola.

Quando saiu, ele sorriu pra mim, indicando que tudo estava bem.

O vice-diretor Pritchett chamou - S/n? -- e fez um gesto para eu entrar.

Suspirei, e me levantei, indo até a sala dele. Nunca havia estado ali antes; No máximo tinha passado diante a porta. E não era um lugar muito receptivo.

O clima era bem pesado, remetendo a regras e castigos.

Ele me perguntou qual havia sido o motivo da briga. Então disse a verdade: alguns idiotas começaram a me provocar por causa de algo imbecil que eu havia feito em uma festa no sábado, e fiquei bastante ofendida. Por isso os rapazes entraram no meio, e a briga começou.

-entendo. Bem obrigada,S/n.

- isso que eu disse não vai dar problemas pra ninguém, não é? Digo.... Ninguém se machucou seriamente nem nada.... -- falei cautelosamente, enquanto me levantava e colocava a moxila sobre o ombro.

O vice-diretor me deu um bilhete que comprovava o meu atraso, era pra entregar ao professor. - não, você me confirmou as histórias. Apenas isso. Não se preocupe está bem? E cuidado pra não se envolver com problemas.

Concordei com a cabeça,um pouco indecisa. - certo....

- agora vá para a sua aula.

Aquela era a deixa pra eu cair fora dali, e por isso não hesitei nem mais um segundo.

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💋ᗩ ᗷᗩᖇᖇᗩᑕᗩ ᗞO ᗷᕮIᒍO 💋 ( 𝑵𝒐𝒂𝒉 𝑭𝒍𝒚𝒏𝒏 🤍 𝑺/𝒏 )Onde histórias criam vida. Descubra agora