Onde foi que eu coloquei? Não estou encontrando. Pensei ao revirar as gavetas do guarda-roupa. O loiro estava enrolado na minha toalha velha que nunca sai do armário, enquanto eu quebrava a cabeça. - Achei - cuecas pequenas - Aqui, comprei pela internet e ficou apertado, vai caber em você, já que você é mais magro. Também não posso te emprestar minhas cuecas, né? Mó falta de senso.
- Obrigada - Ele pegou da minha mão e vestiu uma delas, uma cueca tenebrosa de feia, laranja, parecia um salva-vidas de praia pública. Então eu dei uma risada sincera.
- Você é um idiota. - Fica tranquilo, se depender de mim, eu vou tirar ela de você rapidinho.
- Você está dando em cima de mim?
- Eu acho que tô - Dei um tapinha de leve na bunda do loiro, indo em direção à porta.
- Marimo!
É tão estranho ter alguém no meu quarto enquanto eu tô na sala, penso comigo mesmo ao encarar a porta do quarto no fim do corredor semiaberta. Páro em frente ao largo espelho da sala e começo a me trocar: camiseta básica, calças pretas e um moletom de zíper normal preto. Me encaro de cima a baixo e logo me vejo vestido de social, com aqueles sapatos caros e gravatas caras, eu pareço outra pessoa, admito que foi até um pouco sufocante, mesmo deixando meu peitoral mais marcado.
- Posso entrar? - Dou uma batida na porta, esperando a resposta do loiro que foi dada com um "uhum".
- Você já está pronto? - Nossa, se eu me senti diferente vestido de social, imagine o quão diferente ele está se sentindo agora. Foi o que eu pensei ao vê-lo vestido no meu conjunto de camiseta e bermuda preta de academia, chinelo e meia.
- Acho que ficou meio largo.
- Eu acho que ficou perfeito - Falei rindo. Ele franziu as sobrancelhas e bufou.
- Eu acho que tô pronto.
- Beleza, eu também tô pronto - disse espirrando meu perfume de macho em seu pescoço, e coro ao ver que a camiseta esconde quase nada das marcas.
- Você acha que eu estou feio? - Ele me olhou sério com um olhar meio inseguro.
- Nem se você estivesse vestido num saco de batatas - Ele sorriu e segurou a minha mão. Não me sinto nem um pouco incomodado com essas demonstrações de intimidade, mesmo conhecendo ele a três dias, sinto como se fosse uma vida.
Luffy era meu vizinho de porta, e era exatamente para lá que estávamos indo, eu e o loiro, avisar que estávamos prontos, e para surpresa total de zero pessoas, Luffy estava tão bem vestido quanto o loiro, bermuda jeans, regata vermelha e havaianas, basicamente a roupa de sempre.
Descemos para o estacionamento do prédio, não, não temos carro. Luffy começou a tirar a corrente que prendia a roda da sua bicicleta.
- Isso aí é uma bicicleta, as pessoas usam quando não têm limusines - Falei para o loiro que franziu o nariz indignado.
- Eu sei o que é uma bicicleta, Marimo!
- Ah, nunca se sabe, né.
Luffy subiu na magrela e começou a pedalar. - Vê se não se perde de novo, Zoro, tchau Sanji! - Ele acenou e acenamos de volta.
- Vamos de bicicleta também? - Sanji perguntou e então eu sorri pondo as mãos no bolso.
- Minha bicicleta tá do outro lado. - Disse tirando as chaves da moto do bolso.
- Ih, só tem um capacete, normalmente eu ando sozinho. - Falei, mas logo pensei rápido, pegando o capacete da moto do lado.
- Depois a gente devolve, falei entregando o capacete rosa para o loiro, que apenas aceitou seu destino de trombadinha e vestiu aquele fardo, subiu na moto e me segurou com força.
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Meu Mundo - Zorosan
FanfictionPrólogo Assentado no balcão com uma expressão séria, antes mesmo das oito da noite, o moreno alto explorava o ambiente enquanto degustava um saquê. Nesse cenário, um homem loiro despertou sua atenção, contrastando com sua elegância em meio à simplic...