Cap 12/ 1

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Mais tarde naquela noite, a caminho de casa, decidimos parar em um bar à beira-mar, muito bem iluminado e com uma vista espetacular das ondas quebrando no vasto mar escuro. O bar estava lotado, e a variedade de pessoas estranhas era surpreendente. Honestamente, não sei se gostei muito do lugar; mais parecia uma tenda e não tinha piso. Se eu quisesse beber com os pés na areia, iria para o meio da praia. Não gosto da ideia de pagar para entrar em um lugar que nem sequer tem um chão decente. Enfim, minha cabeça já estava fria, já estava bebendo, e isso me deixou mais calmo. Sanji também estava bebendo, mas acho que estava exagerando um pouco.

Ele dançava lentamente sozinho, sentado no banco ao meu lado, enquanto eu apenas o observava. Começou a tocar uma música boa, especificamente "You Know I'm No Good", da Amy Winehouse. Ele se levantou e foi até o bar pegar mais alguma coisa para beber, balançando-se no ritmo da música. Então, levantei-me, fui até ele e peguei seu copo, bebendo tudo de uma vez.

- Ei! Isso era meu - ele fez bico.

- Você não vai beber mais nada hoje, gracinha - coloquei o copo sobre o balcão e segurei sua mão - Continue dançando, você fica lindo assim.

- Dance comigo - Ele voltou a se balançar no ritmo da música.

- Eu não danço - Ele segurou minhas mãos e sorriu.

- Também não sei dançar, é só sentir a música e se mexer junto com as batidas.

Eu segui seus movimentos e podia sentir alguns olhares em nós. Nami se levantou, puxando Vivi para dançar também. As duas dançavam como duas patas mancas, mas era lindo de se ver; elas tinham conexão. Eu e Sanji não ficamos para trás. Sanji cantava a letra da música e pude notar o quão bêbado ele estava, só de ver as palavras saindo de sua boca tão nítidas quanto miragens no deserto. Era engraçado de se ver. Ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou "preciso fumar". Eu soltei uma risada nasal e o levei para fora do bar, caminhando pela beira do mar e deixando a água molhar nossos pés.

Tirei o maço de cigarros do bolso do loiro e peguei um cigarro para ele. Ele apenas abriu a boca, esperando que eu o colocasse ali, e assim fiz. Peguei o isqueiro e acendi.

- Obrigado, amor.

- Como já te disse antes, você deveria parar de fumar.

- De novo isso?

- Quero que você viva para sempre.

- Isso foi fofo, mas acho meio impossível.

Sentei-me na areia e ele se juntou a mim, observando a agitação do mar e ouvindo apenas a melodia das águas. Ele fumava enquanto eu pensava.

- Sabe, passei o dia inteiro pensando em como faria isso.

- Como assim?

- Bom, pensei o dia todo, mas acho que este é um momento perfeito; você combina com a melodia do mar.

Ele riu bobo.

- Tem uma coisa que eu quero te dar - falei, tirando do bolso a caixinha de veludo vermelho.

- Uau, você? - ele me olhou com os olhos brilhantes.

- Quer oficialmente namorar comigo? Amor.

- CLARO QUE SIM - Ele me abraçou com força, deixando o cigarro cair na areia úmida e apagar.

- Me dá a mão - segurei sua mão direita e coloquei a aliança de prata em seu dedo anelar.

- Sabe, esses meses contigo têm sido os melhores da minha vida.

- Também têm sido os meus - respondi.

- A gente podia dar uma escapada e ir pra casa agora, né? Aproveitar a casa vazia... Comemorar um pouco.

- Por mim, a gente faz isso aqui e agora.

- Alguém pode nos ver.

- Não tem ninguém aqui, não a essa hora da noite. Já imaginou que romântico, transar na praia? - Falei, passando a mão por seu corpo.

Ele soltou uma risada fraca e então me deu um selinho. - Não quero areia na minha bunda enquanto você me come.

- Tudo bem, você venceu, vamos pra casa.

Meu Mundo - ZorosanOnde histórias criam vida. Descubra agora