Capítulo - 15.

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🖐️🚫Primeiramente queria me desculpar por demorar quase 1 mês pra postar capítulo novo. O cara que eu chamava de namorado veio na porta da minha casa dizer que não me amava mais e eu passei um tempo depressiva e fazendo terapia. Terapia que é coisa de privilegiado então... Se você tem depressão, e não tem dinheiro, tenha apenas tesouras sem pontas e tênis sem cadarços.
Um beijo. Aproveitem o capítulo novo.🎀

Matar foi algo tão fácil, fácil de fazer, difícil de engolir e... amargo demais para esquecer. Sanji assinava seu nome naquele livro enorme na recepção do hotel de luxo na Itália. Ele agia como se não tivéssemos metido uma bala no fundo da cabeça de dois policiais. Antes disso tudo, eu era apenas um cara comum comendo um milionário; hoje, sou uma espécie de morto-vivo.

— Que cara é essa, amor? — Ele sabia que cara era essa, mas queria que eu desfizesse, afinal a recepcionista acabara de me dar um boa noite e eu não respondi.

— Vocês todos ficarão em um quarto só?

— Por favor, a maior suíte que vocês tiverem, queremos ficar juntos.

— Entendo, mas somente a cobertura está disponível e isso sairá muito caro.

— No débito, por favor, fofa — ele estendeu o cartão na direção da mulher que recebeu quase sem acreditar.

Ele me olhou e fechou mais o zíper da minha jaqueta. — Quando subirmos, você troca essa camisa, parece que você abateu um porco.

— O que fizemos não foi um abate pra você? — retruquei irritado.

— Quando a Robin matou aquele homem, você ajudou a esconder o corpo. Você já era um criminoso quando te conheci — Ele saiu desfilando como se tudo estivesse sob controle.

Luffy abusava do buffet enquanto Robin não comia um grão de arroz. Nami encarava a taça de vinho e Vivi nem sequer se sentou à mesa, tomou comprimidos e dormiu. Usopp tremia como uma vara verde, Law odiava pães, Franky bebia Coca-Cola e Sanji falava ao telefone, com todos ouvindo.

"Eu não quero saber onde você estava investindo quando pensou que seria uma ótima ideia vender escravos, mas você vai tirar a porra do meu nome da família. Não quero receber mais nenhuma ligação, e a casa de campo é minha. Não! A casa de campo é minha por direito, fui eu quem financiou, é meu nome na escritura."

Foda-se essa merda, pensei ao me levantar daquela mesa e ir para o quarto. Sanji veio atrás e então fechou a porta, me direcionando um olhar gelado.

— O que você quer de mim? Quer que eu volte no tempo? Quer sua amiga presa? Eu não sei o que fazer, estou tentando proteger todos vocês.

— Você quer que eu finja que não estamos foragidos? Procurados? Vamos viver como bandidos?

— Ninguém vai viver como bandido, você vai viver como um rei. — ele se aproximou do meu corpo.

— Me diz que vai ficar tudo bem — falei passando a mão sobre seu rosto — E que não vai mais fugir de mim.

— Eu juro por tudo de mais precioso que nunca sairei de perto de você até o fim da minha vida — selou meus lábios gelados.

Eu estava uma pilha de estresse, não seria a primeira vez que passo por uma situação de crime, mas aquilo era uma bola de neve. — Sanji, você sabe que eu mataria por você — O loiro sorri e me abraça — Mas eu espero que isso nunca mais aconteça.

— Eu prometo que você não vai mais sujar as suas mãos.

Aquela tarde se encerrou com bastante tensão, um quarto de hotel tão caro, para pessoas tão baratas. Luffy não parecia preocupado nem por um minuto, era como se aquilo fosse apenas uma terça-feira. Ele também falava pelo telefone, enviava mensagens desde que descemos daquele jatinho. Pensando bem, desde que conheço o Luffy, ele nunca teve um emprego, e que eu saiba, nosso antigo apartamento tinha um aluguel um tanto salgado para um desempregado.

Ouvimos a porta do quarto batendo, eram Luffy e Law, que entraram no quarto com a cara mais calma do mundo, Law nem tanto, sempre mantinha uma cara de tédio.

— Sanji, espero que não estejamos atrapalhando vocês, mas precisamos conversar.

— Por favor, fiquem à vontade. — O loiro se sentou na cama e eu o acompanhei.

— Conhece Ace Punhos de Fogo?

— Por nome, o que tem?

— Irmão desse aqui — Law aponta para Luffy — Tá vindo pra cá.

— O criminoso?

— O Ace é um cara legal — Luffy fala se sentando no colo de Law — É que tem pessoas que arrumam empregos em áreas que a sociedade julga demais.

— Seu irmão não é quem cozinha metanfetamina?

— Mas ele não usa — ele falou como se fosse um ótimo argumento.

— Você sabia disso? — perguntei para Law, que apenas respondeu calmo — Ele cozinha e eu vendo, já fazia alguns meses que eu e eles já planejávamos sair do país, a coisa já tava dando o que falar, a polícia na cola do Ace, a casa ia cair a qualquer momento.

Sanji me encarou como se quisesse mostrar que mesmo se ele não existisse, eu estaria em problemas de uma forma ou de outra.

— Então tá, todo mundo aqui tá bem sujinho, né? — Luffy disse rindo — Meu irmão não vai parar o negócio dele, o Law não pode parar de vender e eu não quero ter que arrumar um emprego. O Sanji já provou ser tipo um mafioso poderoso, né?

— Que porra de ideia está passando pela sua cabeça?

— Entra no meu esquema — Luffy propôs.

— Eu tô fudido mesmo — eu falei por cima.

— Não.

— Vai, Sanji, matamos dois policiais hoje de manhã, estamos todos com passaportes que você falsificou. Você tem o poder aquisitivo. A Robin é fria e mata sem remorso. O Zoro tem esses braços grandes e fortes, ele é tipo um guarda-costas gigante, o resto você já sabe, podemos dominar a Itália se quisermos, claro que por debaixo dos panos.

— Eu nunca te vi falar palavras tão complexas — falei encarando o chapéu de palha.

— Você tem que ver as coisas sujas que ele fala na cama — Law disse coçando a orelha.

Usopp entrou no quarto irritado — Eu ouvi a porra toda, vocês estão de sacanagem?

— Usopp, meu camarada, não tô pedindo pra você virar um criminoso, estou te pedindo pra deixar esse assunto bem baixo. Você é um bom mentiroso, guarda esse segredo pra mim, e então não precisa morrer de trabalhar como o capitalismo quer.

— Sanji — Nami entrou no quarto também, com a taça de vinho na mão — Eu sonego imposto há quase dez anos, eu sei lavar dinheiro, juntando o que cada um consegue fazer... Bom... Uma mão lava a outra.

— Yohohoho, o que é um peido pra quem está cagado? — Brook e Franky entraram no quarto.

— Foda-se, já tô envolvido até o pescoço.

— Chopper, fez cocô no carpete — Robin disse cruzando os braços e encostando o ombro no batente da porta.

— Tudo bem! Isso tá passando dos limites. Vamos encobrir o seu irmão, dormiremos aqui hoje, amanhã iremos pra minha mansão no campo aonde é mais isolado, seu irmão pode cozinhar na garagem, Ussop por favor chame a camareira pra limpar o cocô do cachorro, por favor saiam do quarto, eu preciso descansar, o resto da cobertura é inteiramente de vocês.

— Vamos dormir no sofá? — Franky perguntou um tanto indignado.

— o sofá é king, imenso, cabe 30 pessoas. O quarto é meu e do Zoro, eu preciso foder e dormir, eu organizei um assassinato e agora vou encobrir dois aspirantes a breaking bad. Peço a compreensão de todos nesse momento! — Ele falou alto quase que gritando.

Meu Mundo - ZorosanOnde histórias criam vida. Descubra agora