capítulo 4

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Mina estava nos fundos da academia, escondida atrás da prateleira que pendurava alguns pesos organizados em ordem crescente. A Kim segurava o celular com força, esperando Seo atender a desgraça do celular.

— Porra, Changbin! Atende logo essa merda! — Xingou baixo, sentindo o coração acelerar quando ouviu os ruídos do outro lado da linha e a voz do mais velho ecoar logo em seguida com um Alô. — Changbin, por Deus, me ajuda!

O que está acontecendo? — Ele questionou e Mina percebeu a voz dele se afastar do microfone para colocar na viva voz e todos os outros ouvirem a sua.

— Olha só, se vocês não voltarem agora, eu vou cometer um assassinato! — Foi rápida em responder e um silêncio se instalou do outro lado da linha.

Do que ela está falando? — Ouviu Félix questionar confuso.

— Eu já taquei a bola de dez quilos nele, mas ele não vai embora e eu-

Espera aí! — Seungmin pediu, calando a morena quase que imediatamente para ouvir o que ele tinha a dizer. — O Bangchan está aí?

— Sim, ele está! Aquele desgraçado... — Resmungou baixo, olhando por entre as brechas da prateleira a parte da frente da academia e percebendo que ele ainda estava ali, colocando a bola de dez quilos no lugar. — Espero que ele enfie aquela bola de basquete no cu.

Todos os quatro riram ao mesmo tempo, se divertindo com o seu desespero momentâneo.

O que ele quer aí? — Seo questionou, curioso demais e soltando risadinhas pela situação. A morena já estava se segurando para não mandar todo mundo tomar naquele lugar.

— Ele quer entrar para o clube de musculação. — Respondeu num sussurro, parecendo até desesperado.

E o que você disse? — Dessa vez, foi a vez de Jeongin questionar, curioso também.

— Disse que não.

Mais uma vez, as gargalhadas ecoaram do outro lado da linha, fazendo a Mina ficar séria e o seu sangue ferver de raiva. Tinha ligado para pedir ajuda e eles não estavam a ajudando em absolutamente nada.

Só você para fazer isso com o líder do time de basquete! — Changbin brincou, rindo.

— Mina, onde você está? — Pôde ouvir a voz de Bangchan ecoar como um grito na academia e o corpo da Kim tremeu.

— Maldito momento que vocês foram sair! —Resmungou num sussurro. — Me ajudem, tirem ele daqui! — Pediu desesperada, vendo de longe o tatuado andar por toda a academia, procurando pela Kim e analisando as máquinas bem-organizadas.

Ih, da os seus pulos aí, gatinha. — Seungmin respondeu, fazendo a Kim resmungar.

— Seungmin, você não está me ajudando! — Reclamou. — Changbin, faz alguma coisa! — Pediu, ouvindo a gargalhada de Kim quase que na mesma hora.

O que você quer que eu faça? — Questiona entre risadas.

— Expulse ele daqui? — Questionou irônica.

Mas isso é antiético.

— Antiético é a minha piroca! — Bufou, revirando os olhos. — Jeongin?

Desculpe, gatinha, não vai rolar!

— Félix?

Sinto muito, mas se eu fosse você, deixaria ele entrar para o clube. — Os olhos de Mina se arregalaram com aquela resposta, se negando a aceitar aquilo.

— Como? Ficou maluco?

Olha, eu sei que você não gosta dele e os caralho, mas precisamos de mais pessoas para o nosso clube. — Justificou e a morena ficou em silencio por alguns segundo. — O diretor disse que se o nosso clube não tiver mais de cinco pessoas, ele encerra a partir do mês que vem. Eu não quero arriscar, Kim. — A morena encarou o celular por um tempo, vendo a data atual e percebendo que o mês já estava terminando e o prazo para encontrar alunos também.

— Merda... — Resmungou, voltando a colocar o celular no ouvido.

Ele está certo, porquinha. — Changbin voltou a falar, agora mais baixo e mais tranquilo, sem risadas. — Você já o expulsou daí?

— Ainda não, estou me escondendo dele. — A resposta arrancou outras gargalhadas dos outros três, fazendo-a revirar os olhos.

Sai de onde você está e vá falar com ele. É o melhor que você pode fazer. — Jeongin deu a ideia e você bufou.

— Daqui a pouco eu vou tacar a bola de dez quilos em vocês também! — Resmungou, fazendo o Kim gargalhar.

Também te amamos, marombinha. — Félix elogiou e Mina revirou os olhos.

Papai ama, papai cuida... — Changbin disse com uma voz mais afinada.

— Vai se fuder, Changbin! — Xingou, arrancando gargalhadas dos quatro amigos e desligou a ligação de repente, bufando por ter que fazer justo aquilo que não queria. — Eu vou tacar aquela bola em todo mundo.

Amor, músculos e cestas | BANGCHANOnde histórias criam vida. Descubra agora