capítulo 40

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Chegando na casa do líder, Changbin teve que tomar uma certa coragem para tocar a campainha e conversar com ele. Estava um pouco envergonhado pela situação do dia anterior, e também estava com medo de não ser perdoado por isso.

Mas no fundo, ele iria entender caso não fosse perdoado.

Tocando a campainha, Changbin brincou com os bolsos da calça, pensando em como iria iniciar aquela conversa de uma forma gentil e educada, mas não teve tempo suficiente para pensar, pois a porta logo foi aberta por Bangchan, este que estava de regata e uma calça moletom, a testa parcialmente suada e os cabelos grudados.

Ele estava malhando em casa, bem provável.

─ Changbin? ─ Os olhos de Chris se arregalaram exageradamente e ele se engasgou sozinho com a própria saliva por causa da surpresa. ─ Oi, como você está?

Forçou um sorriso amarelo no rosto, fazendo o garoto soltar uma pequena risadinha com aquilo. O Seo percebeu que Bang estava nervoso, que estava com medo de receber outra bronca do amigo.

─ Vim conversar com você, sobre ontem. ─ Explicou, recebendo um balançar afirmativo e exagerado do mais novo.

─ Ah, claro! Podemos conversar, com certeza! ─ Se atropelou nas próprias palavras, arrancando outra risadinha do mais velho. ─ O que foi?

─ Você está nervoso. ─ Afirmou, sorrindo.

─ Eu, nervoso? Claro que não, está vendo coisas! ─ Foi rápido em responder, quase fazendo o mais novo gargalhar com tamanho nervosismo que ele estava sentindo.

─ Bom, posso entrar para conversarmos? ─ Perguntou sorridente, recebendo um sorriso como resposta.

─ Claro que pode!

Bangchan foi rápido em deixar o mais novo entrar e ir com ele até a sala. Ambos se sentaram no sofá e um silêncio torturante dominou o cômodo, deixando Chris incomodado e ansioso.

─ Bom, sobre o que exatamente você quer conversar, Changbin? ─ Perguntou para quebrar o silêncio, chamando a atenção do amigo.

Christopher estava visivelmente nervoso. Ele não parava de balançar as pernas e morder os lábios para arrancar peles mortas e criar machucadinhos leves ali.

─ Sobre como você encontrou a Mina ontem. ─ Foi direto no assunto. Além de se resolver com ele, precisava entender o que aconteceu exatamente na noite anterior. ─ Como sabia que ela estava no bar? E como sabia qual bar ela estava?

─ Eu não sabia em qual bar ela estava, eu a encontrei na rua. ─ Explicou baixo. ─ Mas eu soube que ela estava no bar porque acabei ouvindo você e os meninos conversando sobre isso. Acho que foi assim que ela saiu e vocês mandaram mensagem para ela... Ouvi vocês conversando entre si sobre ela ter ido para o bar sozinha de noite e fiquei preocupado.

Changbin se lembrava perfeitamente como ficou nervoso quando recebeu aquela notícia da própria Mina. Saber que ela havia saído sozinha para um bar para beber, o deixou nervoso e preocupado até demais. Não conseguia não comentar sobre isso com os amigos, até todos decidirem sair para procurá-la.

─ Foi antes de sairmos para procurar... ─ Seo relembrou o detalhe, vendo o mais novo concordar.

─ Sim, foi antes de vocês saírem. ─ Reforçou, fungando levemente por causa do nervosismo. Suas mãos estavam suando até demais, nunca se sentiu tão nervoso. ─ Eu saí para procurar por ela e achei ela andando na rua. Ela estava cambaleando e chorando bastante quando a achei, mas... Tinha um outro detalhe...

O suspense que ele fez incomodou Changbin profundamente, deixando-o mais nervoso ainda. O que tinha acontecido?

─ Tinha um cara perseguindo ela... ─ Aquele detalhe fez os olhos de Bin se arregalarem exageradamente, entrando em um desespero absurdo. ─ Eu entrei em pânico quando percebi que tinha alguém perseguindo ela... Então, eu corri até ela e fingi ser o namorado dela, para ver se ele se esquecia dela e a deixava em paz.

─ Deu certo? ─ Questionou desesperado, sentindo um aperto no peito só de pensar na situação. Recebeu um aceno positivo logo em seguida, o deixando aliviado.

─ Sim, ele parou de seguir ela e voltou pro bar. Aí eu vi que ela estava em um bar bem escondido, era um bar que eu odiava e repudiava com todas as minhas forças. Aquele bar é nojento. ─ Fez careta, balançando a cabeça. ─ Levei ela para casa depois disso.

Changbin soltou todo o ar que tinha nos pulmões por saber que nada havia acontecido com a melhor amiga. Estava aliviado por ela ter sido salva por Bangchan, se sentia bem mais leve.

─ Foi meio difícil levar ela pra casa, porque ela não se lembrava direito do endereço por nome, só visualmente. ─ Seo conseguiu rir daquilo, só de imaginar no garoto questionando o tempo inteiro se aquela era a casa dela ou não. ─ Não consegui só deixar ela em casa e ir embora, eu precisei cuidar dela, Changbin!

A voz do garoto tinha uma pontada de culpa, a culpa que ele sentia por ela ter se metido naquela situação após a expulsão da festa.

─ Achei que seria sacanagem também deixar ela do jeito que estava. Ela estava fedendo a álcool e estava muito bêbada, por isso dei banho e remédio pra ressaca. ─ Explicou, olhando nos olhos do amigo que o analisava com atenção e admiração, agradecido por isso. ─ Eu juro que não toquei nela, eu só lavei as partes que eu podia tocar e deixei a intimidade com ela. Nunca seria capaz de fazer isso, me sentiria nojento por isso...

Changbin sorriu para o amigo, tocando o ombro do mesmo para ele se sentir mais calmo e tranquilo em relação a isso.

─ Obrigado por ter cuidado dela, Bangchan... ─ Sorriu gentil, recebendo um sorriso pequeno como resposta e um certo brilho nos olhos também.

─ Não fiz mais do que a minha obrigação. ─ Abaixou a cabeça, levemente envergonhado. ─ Era o mínimo que eu poderia fazer por ter expulsado ela da festa. Foi o único jeito que encontrei de pedir desculpas...

Seo admirava o carinho que Bangchan tinha por Mina. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, não conseguiu a odiar de verdade e só mostrou o quanto a amava.

─ Bom, seria melhor vocês conversarem sobre isso. ─ Deu a ideia, vendo o medo surgir nos olhos do garoto. E se ela não quiser conversar com ele? Bangchan pensava isso o tempo inteiro. ─ Se resolvam, conversem.

─ E se ela não quiser? ─ Questionou com uma voz carregada de medo e insegurança. ─ Eu fui muito babaca, aposto que ela não quer nem olhar na minha cara!

Em silêncio, Changbin deixou um aperto no ombro do mais velho e se levantou do sofá, sorrindo abertamente para o líder.

─ Chame ela para conversar, ela vai ouvir. ─ Garantiu. Ele tinha essa certeza, sabia que a melhor amiga iria ouvir o outro. ─ Eu sei que vocês se gostam, parem de se alfinetar e se peguem logo, por favor.

Aquela revelação fez as bochechas de Bangchan pegarem fogo, a vergonha tomando conta do moreno e fazendo o seu rosto ficar vermelho igual um tomate. Isso só fez Changbin gargalhar, achando adorável.

─ Só conversa com ela, Christopher.

─ Você quem manda, chefia.

Um sorriso surgiu nos lábios de ambos, mas Changbin precisou forçar uma carranca séria para brincar com o mais velho, tentando amenizar a situação.

─ Chefia é o caralho, não me chame assim!

Amor, músculos e cestas | BANGCHANOnde histórias criam vida. Descubra agora