Capitulo 12

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Nota da autora: Sim, a minha nota vem antes do capítulo começar, apesar de eu gostar muito de escrever esse trecho, vim avisar que nesse capítulo contém um gatilho, então para quem não gosta ou é muito sensível aconselho que não leia. Paz e amor.

"Me perdoe, por favor"

Vanessa Ortega

Confesso que ainda não caí na real, a proposta da Trípoles foi generosa, estou ansiosa para a festa, eles me obrigaram a chamar assim, mas não é verdade, é um teste.

"O Nicolás nos convenceu de que você vale mesmo o nosso tempo, então a gente decidiu testar você" diz um senhor que é literalmente uma versão mais velha do Maximiliano, os lábios, o nariz e até a expressão séria, "daqui a umas seis ou sete semanas a Trípoles vai organizar uma festa de aniversário de vinte anos da nossa assessoria, a gente faz isso à anos, Novembro é o mês da Trípoles, então, a gente faz o seguinte" estou sentada numa cadeira em frente à uma grande mesa, e os três estão sentados atrás dela, "nessa festa, o cardápio será todo feito por você, a partir dos petiscos até a sobremesa" fico de boca aberta e sem reação, "caso os convidados gostem, você vai ser uma das chefes de cozinha, do nosso restaurante aqui na Colômbia" levo a mão até a boca e aposto de meus olhos estão cheio de lágrimas, "você aceita o desafio?"

"Claro que aceito" levanto e aperto a mão de cada um.

"A Carmen ajuda você com tudo, você estará no comitê de preparação da festa" diz o senhor Alejandro com cara de orgulhoso. Eles me liberam e então eu saio da sala, meus olhos caem sobre o Nico, corro até ele o abraço, ele parece agitado, seu coração está batendo forte em seu peito.

"Então é só disso que a gente precisa?" Pergunto a tia Carmen pela milésima vez pois sua lista parece que nunca termina, é só uma festa e não um casamento tia Carmen, penso em dizer mas sei que ela vai me dar um sermão por isso, Nicolás entra na sala e nem sequer olha pra nós.

"A gente se encontra lá em cima" diz e passa correndo, mal da tempo de responder e ele já bateu à porta, minutos depois ele grita o nome da Lisa, mas tia Carmen diz que ela não está por perto e se oferece pra subir, "eu quero a Lisa" ele grita e então Lisa aparece na sala com os olhos quase fechados, sonolenta, sobe as escadas cambaleado e então a porta se fecha, eu e tia Carmen continuamos.
Minutos depois Lisa desce e olha para mim.

"Caramba, mandou bem" ela diz pra mim com um meio sorriso e volta para o quarto, finalmente, depois de três folhas cheias, tia Carmen diz que terminamos a lista, ela parece gostar disso. Depois de bocejar algumas vezes finalmente entro no quarto, a luz está apagada, acendo e vejo algo que jamais pensei ver em minha vida.

"Nicolás" chamo após ver a cama cheia de pétalas de rosa, as janelas da varando estão abertas então caminho pra lá, nada, volto e abro a porta do banheiro, Nicolás está dentro da banheira cheia de água, espuma e novamente, pétalas de rosa. Que merda será que está acontecendo?

"O que está fazendo?" Pergunto e então ele me pede pra entrar, "nem pensar" digo e penso em sair e fechar a porta.

"Não confia em mim?" Ele pergunta debochando, "fraca, covarde, tímida" ele não para, "eu te desafio a entrar aqui" meu ponto fraco, é serio?

"Vire pra lá" ordeno e ele bufa, "é sério" eu ordeno com mais convicção, desabotoo sua camisa e tiro o short por baixo, fico apenas de lingerie, prendo o meu cabelo num coque mal feito. Entro na água e me sento bem na sua frente, "agora pode olhar" ele se vira e assim que me olha ele lambe os lábios. Brinco com a água para fugir o seu olhar mas é inevitável, seus olhos são tão perfeitos.

"E se, hipoteticamente, eu estivesse de pau duro agora?" Merda.

"Eu diria que é mentira pois você não transa com ruivas" revido, eu quero muito tê-lo em meus braços mas não quero parecer fácil demais.

A Ruiva que me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora