Capítulo 17

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Nota da autora: Caro leitor, toda vez que eu aparecer no topo é porque eu preciso dar um aviso, dessa vez o aviso é dirigido à aquele não gosta de HOT, esse capítulo contém uma pequena cena hot.

Capítulo 17
"Eu preciso da chave"

Nicolás Villaruel

Liberdade. Saudade. Memórias. Passado. Quatro palavras que servem para definir minha mãe agora. Não foi fácil, tenho que admitir, mas eu tive a melhor ajuda possível. Em dez anos eu nunca tive coragem de ir ver sua sepultura, era pesado demais imaginar seu nome cravado em cimento, deixar arranjos de flores e chorar parecia um pesadelo, mas foi... libertador. Desde que saí de lá me sinto mais livre e parece que consigo respirar de novo. Vanessa me fez ver o lado bom de ir até sua sepultura. Agora estou estacionando em casa, pois saí bem cedo de casa para comprar uma pré-prenda para o aniversário da Vanessa. Essa noite será muito agitada e eu quero estar ao seu lado a cada minuto. Assim que entro no quarto, vejo ela parar de andar e olhar para mim, por alguns segundos eu acho que ela está brava, mas então ela vem até mim e me abraça, sinto seu suspiro em meu pescoço. Ela sai do abraço e começa a me bater, como ela é bipolar.

"O que você pensa que está fazendo? Eu fiquei preocupada, você acha que pode sair no meio da manhã sem avisar? Eu te mato Nicolás" ela grita enquanto me bate, preciso abraçar ela por completo para à prender em meus braços.

"Desculpa, calma" ela está ofegante, e eu não consigo evitar a gargalhada, "eu só saí para uma joalharia aqui perto, eu mandei fazer uma coisa só que eles demoraram mais do que o previsto" digo. Quando cheguei na joalharia hoje, o homem disse que tinha o que eu queria, só que ele precisava fazer alguns ajustes, eu tive que esperar senão eu teria que ficar na lista de espera.

"O que você foi fazer na joalheira uma hora dessa Nicolás? Num dia desses, eu estou no meio de um estresse" ela grita comigo e eu levanto a sacola em sua direção.

"Feliz Aniversário, mamacita" ela fica sem reação, pega na sacola, mas não abre.

"Mas meu aniversário é só daqui à alguns dias" ela diz e eu sorrio coçando a nuca.

"Eu sei, mas é uma pré-prenda" começo e ela finalmente abre à sacola, "e eu gostaria que você a usasse hoje" Vanessa fica boquiaberta com o pingente.

"Nicolás e Vanessa?" Ela franze a testa ao ler o que diz dele. Na sacola continha um colar muito fino com um pingente mais pequeno possível, escrito - N&V - nele, juntamente com um par de brincos brilhantes, com uma pequena jóia ametista no centro.

"Claro" estou coçando a nuca outra vez, "nós dois contra tudo, quando olhar pra ele lembre que estarei sempre ao seu lado" ela sorri, porém, emocionada. Ela corre até mim e me abraça. Outra vez. Isso está virando rotina, uma rotina que irei gostar muito.

"Obrigada gato" ela sussurra e beija meus lábios. Eu nunca vou me cansar disso. "Eu te amo" ela sussurra algo que realmente nunca irei me cansar.

"Eu te amo" respondo sorrindo, beijo seus lábios outra. "Outra coisa, a noite de hoje vai ser um total terror, todo mundo vai apostar sobre quem vai te devorar primeiro" ela fica assustada e eu não consigo evitar a gargalhada, "calma gata, não nesse sentido, no sentido de que todo mundo vai querer sua atenção pra que você os bajule, é esse tipo de coisa" ela suspira.

"Isso é fácil" sorri. Que sorriso mais foda.

"Por mais que seja fácil ou não, estarei à noite toda ao seu lado gata". Digo e beijo sua testa. Namorar com a Vanessa tem sido aprendizado atrás de aprendizado. Uns mais notáveis que os outros, mas o mais notável de todos é a parceria que nós temos um com o outro. Sempre fui de jogar sozinho, até que tive que aprender a jogar em dupla e percebi que não era assim tão difícil.

A Ruiva que me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora