Capítulo 25

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Capítulo 25
"Qual é a crise?"

Nicolás Villaruel

O tempo passa rápido demais e o casamento vai se aproximando, Vanessa parece mais a madrinha do que a própria Camila, caramba. Eu, JJ e Max estamos a caminho da loja de roupas para comprar o terno do noivo, dessa vez JJ está no volante e até agora não entendi como eu parei no banco de trás.

"Eu quero um terno bonitão, feito eu entendem?" diz Max e JJ apenas debocha com uma gargalhada sarcástica.

"Eu aceito qualquer coisa que não me deixa parecer um palhaço" diz JJ.

"Aí fica difícil meu amigo, porque só o rosto já é de palhaço, entendeu?" Digo do nada e Max gargalha.

"Vão se fuder" ele responde com um sorriso na cara. "Mas e você idiota, já decidiu?".

"Vocês sabem que enquanto eu tiver a tia Carmen eu e a Vanessa nunca vamos nos preocupar com isso" respondo suspirando. "Até porque tudo fica bem em mim". Os dois soltam uma gargalhada ao mesmo tempo como se fosse mentira, "invejosos". Chegamos na loja e Max é o primeiro, ele escolhe preto e uma camisa branca, mostram alguns modelos e então ele se decide em dois segundos. Como é bom ser um homem, penso comigo mesmo ao lembrar do trabalho que a Mariza teve apenas para escolher o vestido. Depois vai o JJ.

"Já começou a fazer a minha lista de convidados?" Pergunta Max ao se aproximar e me entregando um copo de whiskey.

"Quem? Eu? Se o casamento é seu porquê que eu devo fazer a lista de convidados?" Estou sem reação.

"Porquê você é meu padrinho" olho para ele com uma cara de isso não é o suficiente, então ele continua, "porquê a Mariza e eu não somos bons em excluir pessoas desnecessárias, a gente pensa muito com o coração e assim sendo a lista seria bem longa" pausa para repensar, "eu convidaria mais velhos do que jovens".

"Isso é impossível, não pode ser tão longa" digo levando o copo de whiskey até meus lábios.

"Eu estou pensando em chamar a Cookie" ele diz e quase cuspo todo o whiskey.

"Deixa que eu faço a lista, meu amigo" respondo imediatamente. JJ aparece do nada e diz que podemos ir. Menos de vinte minutos para escolher dois ternos, digo e repito, é muito bom ser um homem. Voltamos pra empresa apenas para levar nossos carros e depois disso cada um segue seu rumo. Penso em mandar uma mensagem para a Vanessa mas me recordo que ela não precisa mais que eu seja seu chofer. Suspiro comigo mesmo depois de pensar nisso, não será fácil, agora que nós dois trabalhamos e com o casamento tão perto mal temos tempo de qualquer coisa. Sinto falta dela, quando eu chego em casa ela nunca está lá e sempre chega depois de mim. Ainda com esses pensamentos deixo o carro na garagem e entro na mansão cabisbaixo e vou directo ao meu quarto. Entro no quarto e me deito na cama desmoralizado.

"Porquê não gritou que chegou quando chegou?" Vanessa diz ao sair do banho fazendo meu corpo reagir antes que possa pensar, corro até seus braços e beijo seus lábios.

"Não sabia que já estava em casa" respondo sorrindo.

"É, eu decidi sair mais cedo para te surpreender" ela diz me levando até a cama. Eu me sento na beirada da cama e Vanessa monta seu corpo no meu. "Está surpreendido?".

"Muito" respondo e ela beija meus lábios, intensamente, é inevitável corresponder na mesma intensidade. Vanessa desce até meu pescoço e beija delicadamente com seus lábios quentes, suspiro de olhos fechados e não sei o motivo, mas no meu momento de paz sinto meu celular vibrar no bolso, ignoro.

"Não finja que não ouviu" ela diz sorrindo e eu reviro os olhos, o nome e a foto de Max brilham na tela do meu celular.

"Eu atendo depois, onde a gente estava?" Ainda sorrindo, deixo o celular na cama e sinto os lábios de Vanessa nos meus outra vez. Depois da chamada terminar, ela recomeça mas dessa vez o celular da Vanessa toca junto, ela pega imediatamente e a sua foto junto com a Mariza preenche a tela do celular, suspiramos os dois e atendemos ao mesmo tempo. Ouço Max reclamar de várias coisas ao mesmo tempo.

A Ruiva que me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora