Capítulo 2

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"Verdade ou desafio Nico?"

"É brincadeira, não é?" comenta o JJ assim que eu conto a eles sobre a minha nova convidada.

"Não, não é, e por incrível que pareça eu estou feliz com isso" digo em meia gargalhada, mas a Camila parece chateada, "eu vou fazer da vida dela um inferno" comento mas Maximiliano me reprova.

"Enlouqueceu, irmão? Mas é claro que não, você vai perder um mulherão daqueles por nada? Aproveite e conquiste ela".

"Não está óbvio? Ele não vai transar com ela porque ela é ruiva" Camila comenta e eu concordo com ela, eu não transo com ruivas, nunca.

"Eu ainda não entendi o real motivo de você não transar com ruivas" diz JJ, ele não superou o facto de eu ter recusado sua prima por ela ser ruiva, eu realmente tentei mas o que eu podia fazer? Ela era ruiva.

"Esqueçam isso galera, podemos nos divertir por favor? Isso está muito chato, eu preciso me divertir um pouco, eu tenho vinte e quatro anos, o que quer dizer que finalmente vamos assumir a empresa" digo e assim nós rimos e vamos até a pista, dançamos, bebemos e até fumamos um pouco.

Durante a festa sinto alguns olhares da ruiva, aliás Vanessa, ela tem lindos olhos negros, ontem não pude apreciar pois a raiva me corria nas veias, mas seus olhos são muito admiráveis, Vanessa passa uma boa parte da festa no bar, observando todo mundo. Durante poucos segundos esqueço que ela está aqui, mas não passam disso, segundos, eu danço e bebo para não ter que pensar em nada, mas parece que passo dos limites.

***

Amanheceu, novo dia, nova hóspede na mansão Villaruel, não acredito que é ela, quando acordo percebo que não estou sozinho no meu quarto, para o meu desgosto não é uma linda morena e sim o quarteto idiota, me levanto bruscamente e minha cabeça lateja, vou até o meu banheiro para levar as aspirinas que lá estão e tomo assim que as encontro, sinceramente não me lembro de como cheguei ao quarto, me lembro que Camila veio com JJ na frente e depois o Max com a Mariza, mas não me recordo de mais nada, eu não tentaria subir sozinho, mas seja lá quem fôr, agradeço. Deixo os comprimidos no criado mudo e desço as escadas em direcção a cozinha, garrafas e cinza de cigarros quase bloqueiam minha porta, a gente se dopou demais na noite passada, minutos depois eles também descem e parecerem tão dopados quanto eu, "Porquê vocês dormiram no meu quarto se tem mais 3 quartos no mesmo corredor?" pergunto e cada um murmura uma resposta diferente, "Ok ok, já chega, bem, tarde de jogos ou churrasco na piscina?" Pergunto pois eu não quero que eles se vão embora, preciso de companhia hoje que a Tia Carmen não está.

"Tarde de jogos e depois churrasco na piscina, porque dividir a diversão cara?" Comenta Mary e todos concordamos, depois de comer e reter todas as forças e os quilos perdidos ontem, cada um vai ao seu quarto, pra ser mais específico, Max e Mary sempre dividem o mesmo quarto, JJ ficava no quarto ao meu lado e Cami no quarto a minha frente, ela está bem puta pois a Vanessa ficou com esse quarto, aposto que tia Carmen fez isso de propósito, tirando o facto de que é o mais grande e mais espaçoso depois do meu.

"Vem cá" chama JJ "a gente divide esse" ele faz carinho pra acalma-lá e consegue, JJ e eu nunca ficamos com a mesma garota, excepto a Cami, tirando ela a gente transava com quem quiser e ainda conversava sobre isso com os detalhes. Assim que cada um está em seu quarto, não resisto e entro no quarto da Vanessa e me sento na poltrona, ela ainda está dormindo, não sei o motivo já que ela subiu cedo ontem e nem ingeriu álcool e já são duas da tarde.

Ela se remexe, e suspira, acordou, penso comigo mesmo, ela não me vê pois está com uma máscara de dormir. Vanessa Ortega senta na beirada da cama, ela veste um vestido de ceda pra dormir, assim ela começa passando suas mãos dos joelhos, vai passando até suas pernas, cacete, ela passa da barriga e chega até os seios, aperta eles com força e eu engulo em seco, assim ela estica os braços pra cima da cabeça e boceja, "Bom dia mundo de merda, eu prometo te odiar hoje também" ela diz a si mesma e tira a máscara, não demostra nenhuma reação, nada de susto e nada de raiva, "O que está fazendo aqui?" Ela pergunta.

A Ruiva que me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora