sem nem tentar

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Enquanto se beijavam na entrada do apartamento, Heloísa só tinha uma coisa em mente. Não iria falar sobre seu ciúme e a raiva que sentia sobre Fernanda voltar para a vida de Stenio, mas iria mostrar para ele o que ele perderia se a trocasse pela ex namorada. Sentimento esse que nem sequer Helô entendia de onde vinha, porque não achava mesmo que ele iria de fato fazer isso. Só sabia que sentia uma necessidade tremenda de mostrar para ele que pertencia a ela.

Foi tomada pela sensação de que Stenio poderia pedir o divórcio a qualquer momento, já que o casamento deles não andava bem e ela não fazia nenhum esforço para que o cenário mudasse.

Ela o puxava para dentro pela gola da camisa enquanto, entre os beijos desajeitados, Stenio dava conta de fechar a porta por onde passavam, para não deixar nada aberto. Caminhavam em direção ao quarto dando risadas baixinhas por conta dos tropeços, tamanha a ansiedade dos dois.

Stenio olhava ao redor em preocupação com Creusa ainda estar ali.

- Ela já foi. - Heloísa parou, ofegante, e o puxou pela mão até o quarto.

Seu olhar era intenso. Sexy. Stenio se deixou ser puxado pela esposa até o quarto dos dois, completamente hipnotizado.
Sentia a excitação em sua calça ficar cada vez mais e mais desconfortável.

Deixaram a porta do quarto aberta, e Helô se aproximou dele, desabotoando a camisa, enquanto depositava beijos lentos e molhados por seu pescoço, descendo para o peitoral. Algumas mordidinhas da delegada causavam arrepio nele.

Stenio a segurava pela cintura, pressionando o volume dele nela. Heloísa desceu as mãos apalpando ele. Começou com os ombros, depois os braços, subiu para o peitoral e foi em direção a bainha da calça.

Pegou o cinto dele e foi abrindo, sem cortar contato visual.

- Que foi? - Ela roçou o nariz ao dele, mordendo o lábio inferior do marido.

- Você tá deliciosa nesse vestido. Eu tava desesperado pra chegar em casa com você. Se você soubesse como eu tive que me controlar pra não fazer nada na adega da Guida, eu..

Heloísa deu um risinho baixo, jogando o cinto pro lado, desabotoando a calça dele. Stenio adorava esse sorriso dela. Demoníaca. Ela sabia o que provocava nele, muito bem.

- Me diz o que você quer de mim, Stenio. - Ela pediu num sussurro.

Stenio fechou o punho. Seu coração acelerava de tanto desejo.

- Diz, amor. - Ela sussurrava, abaixando a calça e a cueca dele.

- Ajoelha e.. Faz um pouco do que você sabe fazer de melhor.

Ele tirou uma risadinha dela.
Ela desceu beijos por toda a extensão do corpo dele, adorando cada pedaço da delícia que era aquele homem. Se ajoelhou a frente dele, e olhou para cima, submissa a ele. Manteve contato visual enquanto o colocava na boca e chupava do jeito que ele gostava. Forte, firme, com pegada e da maneira mais deliciosa possível. Ela só se contentou ao ouvir gemidos escapando da boca dele. Stenio xingava desacreditado do quanto ela era deliciosa naquela posição.

"Que delícia, amor. Isso, assim. Porra, Helô."

Ele segurava os cabelos dela com força, movendo a cintura e ajudando os movimentos dela, tamanha a ansiedade por gozar na boca dela. Quando o fez, fez questão de olhar para a boca dela, e sentiu seu corpo tremer de prazer. Os gemidos graves e baixos ecoaram pelos ouvidos de Helô e ela soube que aquilo era a coisa mais deliciosa que ela conseguiu ouvir em dias.

Ele estava ofegante, sem ar. Assim que ela se levantou, limpando a boca que havia escorrido um pouco de gozo, Stenio se desvencilhou do resto das roupas e se jogou na cama, tentando se recuperar. Pelo que ele conhecia de Helô, muito mais viria a seguir. Pegou o controle do ar condicionado, e ligou no mais gelado possível. Sabia que iriam suar muito naquela noite.

Quando ele encostou as costas na cabeceira da cama, viu que sua mulher se despia com lentidão, em movimentos deliciosos. Assistiu o corpo moreno, ainda com marquinha da praia que tinham ido na semana passada, bem acentuado. Ela engatinhou na cama, indo até ele, e se sentou em seu colo, jogando os longos cabelos acobreados pro lado direito.

Ele, cansado, já sentia indícios de seu corpo se preparando para mais uma. Sabia que seria questão de tempo até ficar duro de novo. Aquela mulher, para ele, era surreal. E ele jamais a dispensaria.

Sentiu enquanto Heloísa se esfregava em seu pau, em cima de seu abdômen.

- Foi gostoso? - A voz rouca perguntou, o tirando do transe.

- Você é sempre perfeita. - Ele sussurrou antes de abocanhar o seio dela. Levou a mão entre as pernas dela e sentiu como Heloísa estava molhada, esperando por ele. Não conseguiu evitar um sorriso safado ao perceber. - Sempre pronta pro seu maridinho, né amor? - Ele a olhou nos olhos enquanto enfiava os dedos nela.

Heloísa se segurou nos ombros dele, com força, arranhando sua pele. Ela assentiu com dificuldade. Sentiu quando ele tirou os dedos de dentro dela e, com os dedos lubrificados, acariciou o clítoris dela. Tinha algo no jeito completamente obcecado que Stenio olhava para ela, observando cada detalhe de sua feição e do prazer que ela sentia, que realmente a tinha com facilidade toda vez.

- Se você não parar eu vou gozar. - Ela sussurrou, em aviso.

- Não tem problema, eu te faço gozar quando eu meter em você também. Goza nos meus dedos, vai, delegada. Eu to vendo como tá gostoso. - Ele pediu, assistindo enquanto ela rebolava na mão dele, de fato, adorando a fricção. Stenio a conhecia na medida certa, depois de todos esses anos. Fazia os movimentos certos, na pressão certa. E em poucos segundos ela se desmanchava nos dedos dele.

Stenio não deu tempo para que Heloísa se recuperasse, já fazendo que ela sentasse nele. A mulher gemeu, muito sensível por ter acabado de gozar. E ele não conseguia mais esperar, já duro de tão delicioso que foi proporcionar prazer a sua esposa.

- Rebola, Heloísa. - Ele mandou, a puxando pelo pescoço, com a mão direita ainda molhada do gozo dela. Heloísa sentiu o líquido molhar seu pescoço conforme ele apertava sua garganta.

Começou os movimentos levemente, ainda sensível. Estava com as pernas tremendo e, por isso, tinha dificuldade. Sentiu um tapa estalado em sua nádega direita, e logo o comando de Stenio com a voz rouca e baixa mandando que ela acelerasse e fosse mais fundo. Heloísa tentou fazer como ele quis, mas ainda estava sensibilizada.

Sentiu quando ele a jogou na cama, ficando por cima, e meteu sem dó, arrastando a cama e fazendo barulho. Ao ouvir os gemidos altos de Heloísa, ele tapou a boca dela com a mesma mão que apertava seu pescoço.

- Shhh, os vizinhos, delegada. Não quer que chamem a polícia pra você, quer? - Stenio deu uma risadinha, mordendo o próprio lábio inferior, assistindo ela com extremo prazer.

Acelerou o ritmo e foi tão fundo, beijando sua mulher enquanto ambos chegavam no ápice juntos.

Ela logo adormeceu deitada entre os lençóis, no peitoral dele. Stenio brincava com a ponta dos dedos nas costas de Helô, completamente realizado por terem tido uma noite deliciosa depois de muitas brigas.

- Stenio.. - A voz rouca e sonolenta o assustou, ele poderia jurar que ela estava dormindo.

- Hm? - Ele a olhou, fazendo carinho em seus cabelos, colocando-os para trás.

- Se eu chegar na delegacia amanhã e ver que você liberou outro preso meu..

Ele gargalhou. Mesmo sonolenta, ela só pensava nisso.

- Não vai, meu amor. Fica tranquila. - Ele se aproximou, beijando o topo da cabeça dela. - Eu te amo, Helô. Muito.

- Também te amo, amor . - Ela murmurou, antes de se aconchegar de costas para ele, mas não antes que ele a envolvesse por trás, a abraçando, e eles dessem as mãos.

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