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- Como foi o parto? - Laís perguntou. Era a primeira visita ao casal, sem ser família.
- Foi.. Tranquilo. Aquela dor dos infernos, o corpo todo desregulado.. Tô tentando voltar ao normal agora. - Heloísa respondeu.
- A Helô fez um ótimo trabalho. Ela é muito durona, cara. Aguentou toda a dor. Eu vendo aquilo fiquei desesperado, quase que eu desmaiei. - Stenio admitiu. - Ih, ala! Acordou! Você abriu os olhinhos pra tia Laís meu amor? - Stenio pegou o filho nos braços e foi perto de Laís.
A advogada não conseguia se contentar com a fofura que era o bebê de seu casal favorito.
- Ai, posso pegar um pouquinho no colo? - Perguntou Laís olhando diretamente para Helô.
- Claro! Por favor! - Heloísa riu. - É meu troféuzinho, nem acredito que a gente conseguiu ter ele numa boa. Tem mais é que mostrar pra todo mundo mermo, todo mundo agarrar morder beijar cheirar!
- Esse cheirinho de neném é uma das coisas mais gosta do mundo né?
Stenio assentiu. Ficou de braços cruzados assistindo Laís com o pequeno no colo. Ele não gostava muito de estranhos então logo fez cara de choro e o papai foi ao resgate.
- Ele não pegou o peito, Helô? - Laís perguntou enquanto via Stenio preparar a fórmula com o bebê no colo.
- Secou muito rápido. Algo de errado não ia dar certo, né. Eu já sabia. Mas.. Estamos nos virando. E ele tá engordando direitinho. Isso quebra meu galho um pouco porque no começo só eu podia ajudar ele de madrugada... É uma pena que eu não consiga amamentar meu neném, mas pelo menos olhando pelo lado bom eu e Stenio conseguimos revezar bastante e aí estamos mais tranquilos, né amor?
Stenio assentiu.
Ela nunca acostumar vendo aquele homem delicioso com um neném no colo. Era como se seu útero coçasse pedindo por mais. Mas agora tinham oficialmente fechado a fábrica, e não havia mais chances de Helô engravidar, nem por um milagre, por decisão dos dois.
- Quer que eu segure ele, amor? - Helô se ofereceu.
- Não não, tá tudo bem aqui com o papai, né Bê? - Ele balançou o menino. - Fala pra mamãe. O papai é talentoso, ele faz um monte de coisa ao mermo tempo. - Imitou o sotaque carioca da esposa.
- É um grude com esse pai dele. - Heloísa revirou os olhos. - Tanto trabalho, sufoco e dor pra sair a cara do pai e só querer o pai. - Ela riu baixo. - Bom, pelo menos ele não estranha tanto enquanto estou fora, tipo na academia.
- Você tá bem preocupada com a recuperação do seu corpo né Helô? - Laís pôde notar e elas comentaram mais em off enquanto os meninos se distraiam.
- Eu não tenho mais vinte anos como eu tinha quando tive a Drica né.. Agora tudo é diferente. To demorando pra desinchar, fazendo detox, malhando.. Quem sabe logo logo eu volte ao normal.
- Helô, você tá ótima. Pra quem acabou de parir.. Nem sei se todo esse esforço não vai te fazer mal.
- Não, eu preciso voltar a me sentir normal o mais rápido possível. Meu corpo tá todo desregulado.. Imagina voltar pra polícia assim? Não, eu tenho que treinar.
Laís deu uma risadinha fraca e voltou os olhos para o neném.
- Ele é a coisa mais fofa que eu já vi em toda minha vida.
- Não conta pra Drica.. Mas eu acho que eu também! - Heloísa admitiu, rindo, brincalhona.
•
Stênio cantava pra ele dormir enquanto Heloísa tomava banho de portas trancadas. Ele colocou o bebê no berço, ao lado da cama dos dois. Helô preferia ficar ao lado de Bernardo. Então Stenio costumava ficar no lado oposto.
Assim que relaxou as costas na cama percebeu que a vida deles dois tinha mudado profundamente nos últimos tempos. De repente era tudo o tempo todo pro bebê. 24 horas. E ele percebeu que sentia falta de ter tempo com Helô.
Ela saiu do banho já cheirosa e vestida, com um pijama bem maior que o necessário.
- Até quando você vai ficar usando essas roupas da gravidez? - Ela riu baixo. - Ficou apegada ao barrigão, é?
- Um pouquinho. - Ela confessou. - Mas não sei se minhas roupas antigas ficariam confortáveis então.. Só quero dormir. Só isso. - Desabafou.
Ele deu espaço para ela se juntar na cama. Ela deu uma última olhadinha no neném, checou se estava confortável e respirando. Deu uma cheiradinha e um beijo nele, que era inevitável.
- A mamãe te ama muito, Bê.
Stenio ficou quieto, porque já tinha dito isso ao neném também. Ela se aconchegou na cama e ele a puxou mais para perto. Heloísa engoliu a seco com a proximidade.
Deu um selinho rápido na boca do marido.
- Boa noite, amor. Se ele acordar pode deixar que eu cuido, noite passada você já sofreu demais. - Ela brincou, se virando de costas e se afastando de Stenio.
Ele estranhou. Aproximou o corpo ao dela de novo, e ficou de conchinha com sua mulher.
- Eu tô com saudade. - Ele sussurrou.
- Estamos juntos todo dia, toda hora. - Ela sussurrou de volta.
- Saudade de você. De te beijar, te agarrar, te levar pra jantar. Ficar um pouco só com você, sabe?
Heloísa amoleceu ao ouvir isso, se derretendo por completo.
- É só o comecinho, amor. Você lembra como foi com a Drica. Logo logo ele consegue ficar com a Creusa, ou com a nossa filha e a gente sai pra jantar ou algo do tipo. Fica tranquilo.
Stenio deslizou a mão por dentro do pijama dela, acariciando a cintura. Heloísa ficou rígida, sem se mover. Ele estava fazendo carinho bem onde a barriga dela ainda não tinha desinchado.
- Amor.. - Ela afastou a mão dele, super incômoda. - To meio com calor. Você se importa de me passar o controle do ar condicionado?
Stenio se esticou e pegou o controle.
- Valeu. Nossa. Ta muito quente aqui.
- Mas não pode deixar muito porque senão o Bê fica..
- Eu sei, eu sei, fica tranquilo.
Afinal, era só uma desculpa para se afastar mesmo.