𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟖

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Elisa Clifford

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Elisa Clifford

A mata, que antes era envolvida em escuridão e solidão, foi invadida pelas luzes das viaturas policiais, transformando-se em um cenário iluminado pelo sombrio espetáculo da criminalidade. Homens de uniforme, empenhados em decifrar os enigmas da noite, agora pontuavam a paisagem inexplorada.

A floresta, que antes testemunha silenciosa dos segredos ocultos, agora se desvendava sob o brilho intrusivo das luzes. A cada passo, a natureza parecia sussurrar os horrores que se desdobravam. Em meio ao caos, destaca-se mais um cenário de crime, um homem inerte.

O que temos aqui, Smith? — Meus olhos se encontram com os de Smith, curvado enquanto captura imagens do corpo diante de nós.

Recebemos uma denúncia de movimentação estranha por aqui, e encontramos este corpo — responde Smith, continuando a tirar fotos.

Alguma pista sobre a identidade da vítima? — franzindo o cenho, examino a vítima. Coberto de sangue, em sua mão esquerda faltavam três dedos. Seu rosto pálido, já sem vida, exibia olhos roxos e inchados, além de um corte profundo em seu pescoço. O abdômen estava repleto de hematomas, e suas coxas exibiam inúmeras marcas de facas.

Smith suspira, folheando sua prancheta.

—Infelizmente não achamos muito sobre ele, mas pelo o que alguns conhecidos disseram, ele desviava dinheiro de doações de algumas igrejas próximas. Sem documentos ou pertences que possam nos dar uma pista.

Minha expressão se torna mais fechada, absorvendo a frustração diante da falta de pistas.

Meu celular toca, quebrando o silêncio da cena. A tela exibe um número desconhecido, e uma pontada de curiosidade misturada com cautela toma conta de mim.

Respiro fundo e atendo o telefone, levando-o até meu ouvido.

— Alô.

Detetive Clifford, parece que temos mais um caso de assassinato envolvendo Lorenzo, não é? — solta uma risada abafada. — Me encontre à margem do rio Harlem. Esteja lá, Elisa, e as revelações sobre ele serão despejadas como as águas que fluem diante de você.Venha sozinha. — a voz distorcida do espectro ecoa, instilando uma atmosfera de mistério e urgência.

O espectro, como se escondesse nas sombras, sussurra um convite. A tensão no ar aumenta, e meu instinto de policial me alerta sobre a delicadeza da situação.

Após me afastar do local do crime, dirijo-me ao meu carro, inquieta com a mensagem do espectro. Chego à margem do rio Harlem conforme instruído. A atmosfera é carregada de suspense, e as águas sussurram segredos antigos.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐎𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora