Elisa Clifford
A mata, que antes era envolvida em escuridão e solidão, foi invadida pelas luzes das viaturas policiais, transformando-se em um cenário iluminado pelo sombrio espetáculo da criminalidade. Homens de uniforme, empenhados em decifrar os enigmas da noite, agora pontuavam a paisagem inexplorada.
A floresta, que antes testemunha silenciosa dos segredos ocultos, agora se desvendava sob o brilho intrusivo das luzes. A cada passo, a natureza parecia sussurrar os horrores que se desdobravam. Em meio ao caos, destaca-se mais um cenário de crime, um homem inerte.
O que temos aqui, Smith? — Meus olhos se encontram com os de Smith, curvado enquanto captura imagens do corpo diante de nós.
Recebemos uma denúncia de movimentação estranha por aqui, e encontramos este corpo — responde Smith, continuando a tirar fotos.
Alguma pista sobre a identidade da vítima? — franzindo o cenho, examino a vítima. Coberto de sangue, em sua mão esquerda faltavam três dedos. Seu rosto pálido, já sem vida, exibia olhos roxos e inchados, além de um corte profundo em seu pescoço. O abdômen estava repleto de hematomas, e suas coxas exibiam inúmeras marcas de facas.
Smith suspira, folheando sua prancheta.
—Infelizmente não achamos muito sobre ele, mas pelo o que alguns conhecidos disseram, ele desviava dinheiro de doações de algumas igrejas próximas. Sem documentos ou pertences que possam nos dar uma pista.
Minha expressão se torna mais fechada, absorvendo a frustração diante da falta de pistas.
Meu celular toca, quebrando o silêncio da cena. A tela exibe um número desconhecido, e uma pontada de curiosidade misturada com cautela toma conta de mim.
Respiro fundo e atendo o telefone, levando-o até meu ouvido.
— Alô.
Detetive Clifford, parece que temos mais um caso de assassinato envolvendo Lorenzo, não é? — solta uma risada abafada. — Me encontre à margem do rio Harlem. Esteja lá, Elisa, e as revelações sobre ele serão despejadas como as águas que fluem diante de você.Venha sozinha. — a voz distorcida do espectro ecoa, instilando uma atmosfera de mistério e urgência.
O espectro, como se escondesse nas sombras, sussurra um convite. A tensão no ar aumenta, e meu instinto de policial me alerta sobre a delicadeza da situação.
Após me afastar do local do crime, dirijo-me ao meu carro, inquieta com a mensagem do espectro. Chego à margem do rio Harlem conforme instruído. A atmosfera é carregada de suspense, e as águas sussurram segredos antigos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐎𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨
RomanceEle é um homem de muitas faces, cada uma mais cativante que a outra. Elisa se encontra hipnotizada pela sua inteligência aguda, sua presença magnética e seus olhos que parecem ler sua alma. Há uma segurança quase arrogante em seus movimentos, uma co...