𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟒

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Elisa Clifford

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Elisa Clifford

Lorenzo se aproximou com dois copos de whisky, entregando um para mim.

Para acalmar os nervos — disse, com um leve sorriso.

Recusei, não bebo whisky. O silêncio entre nós era carregado de palavras não ditas e perguntas sem resposta.

Então, qual é o próximo passo? — perguntei, tentando quebrar o gelo.

Lorenzo suspirou, sentando-se ao meu lado no sofá.

Precisamos seguir as pistas sobre quem está envolvido na morte do seu pai. Sei que ele não deixou pistas diretas, mas tenho alguns contatos que podem nos ajudar. — Ele tomou um gole de whisky antes de continuar. — Tenho um familiar que sabe de muitas coisas. Ele é um bom ponto de partida. Ele pode ter informações que nos ajudem.

Assenti, refletindo sobre tudo o que havia acontecido.

Meus pensamentos voltaram à minha infância. Meu pai era um homem problemático, com sérios problemas com bebida. Na maioria das vezes, ele voltava para casa bêbado e descontava sua frustração em mim e na minha mãe. As lembranças de seu abuso psicológico ainda me assombravam, e preferia não reviver esses momentos.

Minha mãe me disse que ele se envolveu com pessoas erradas, gastando dinheiro em apostas e em atividades criminosas. Embora tenhamos sempre vivido com uma boa condição financeira, a toxicidade do ambiente em que cresci me marcou profundamente.

Sempre estive determinada a esquecer tudo sobre minha infância e até mesmo Lorenzo, porque cada memória estava entrelaçada com a dor e o trauma causados pelo meu pai. No entanto, encontrar Lorenzo novamente trouxe à tona emoções e lembranças que eu preferia deixar enterradas.

Ele se aproximou, seus olhos encontrando os meus.
— Eu entendo sua desconfiança, Elisa. Mas saiba que meus motivos não são apenas pessoais. Isso afeta a todos nós. — Sua voz era sincera, carregada de uma intensidade que me desarmava.

Antes que pudesse responder, Anakin, o husky branco, entrou na sala e se aninhou aos pés de Lorenzo. O cachorro olhou para mim com curiosidade, e eu sorri fazendo carinho em seu pelo.

Hesitei por um momento, mas minha curiosidade falou mais alto.

Como foi sua infância depois de... você sabe —perguntei, tentando entender melhor a pessoa que estava ao meu lado.

Lorenzo desviou o olhar, seu rosto endurecendo.
Prefiro não falar sobre isso — murmurou, tomando outro gole de whisky.

O silêncio que se seguiu foi carregado de tensão. Eu não sabia que Lorenzo tinha passado por tanta coisa, Não insisti mais no assunto, respeitando sua decisão de não se abrir completamente.

Lorenzo Volkov

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Lorenzo Volkov

Decidi quebrar o momento e me levantar.
Acho melhor nos prepararmos para a noite. Tem um quarto de hóspedes ao lado do meu. Você pode ficar lá. — apontei para o corredor.

Ela assentiu, visivelmente aliviada por ter algo prático para fazer.
— Obrigada.

Conduzi Elisa até o quarto de hóspedes. Era um espaço aconchegante, decorado de forma simples, mas confortável. — Vou tomar um banho — disse ela, tentando dissipar a tensão.

Claro. O banheiro é ali — apontei para a porta ao lado. — Vou ver se encontro algo para você vestir.

Enquanto ela estava no banho, fui até o meu quarto e peguei uma das minhas blusas. A ideia de Elisa usando minhas roupas trouxe um estranho senso de intimidade que eu não esperava, mas era algo que me agradava.

Houve uma batida leve na porta. — Lorenzo, achou?

Abri a porta e meus olhos rapidamente varreram sua figura envolta da toalha, meus olha desceram pelo seu pescoço com o colar que eu havia dado a ela, até seus seios sendo apertados pelo tecido da toalha branca, lambi os lábios sentindo um desejo inexplicável de arrancar essa maldita toalha de seu corpo e fodê-la até o amanhecer. Desviei o olhar, tentando manter a postura.

— ah claro, espere um segundo.

Peguei uma blusa e uma cueca nova do armário e entreguei a ela. — Isso deve servir. — disse, com um leve sorriso.

Obrigada... — sussurrou ela, fazendo meu coração acelerar um pouco.

Depois que ela voltou para o quarto de hóspedes, eu fui até a sala, ajustando algumas câmeras de segurança. Quando Elisa retornou, usando minha blusa, eu não pude deixar de sorrir. Ela parecia confortável e, de alguma forma, ainda mais bonita.

Está melhor? — perguntei, tentando manter o tom casual.

Sim, muito melhor. Obrigada pela roupa. — respondeu, sentando-se ao meu lado no sofá.

Assenti. — Fique à vontade. Vou fazer uma ronda pela casa para garantir que tudo está em ordem, tem comida na geladeira caso queira.

Não estou com fome, obrigada — sorriu suavemente.

Dei uma última olhada nas câmeras e fiz uma ronda pela casa, verificando cada janela e porta. Queria ter certeza de que estávamos seguros. Quando voltei, ela estava no sofá, claramente exausta, mas tentando se manter alerta.

— A casa está segura. Podemos descansar um pouco. Amanhã será um dia longo.

Ela assentiu, visivelmente cansada. — Obrigada, Lorenzo.

Me agachei ao seu lado — Não precisa agradecer, Elisa. Estamos juntos nessa.

Havia uma vulnerabilidade nela que me tocava profundamente. Uma vulnerabilidade que meu pai sempre me avisou que seria minha fraqueza.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a exaustão pareceu atingi-la. Seus olhos pesaram e ela quase desabou no sofá.

Vem cá. — disse, e a peguei no colo antes que ela pudesse protestar. Senti o peso leve dela nos meus braços

Lorenzo... — ela murmurou, a cabeça recostando-se no meu ombro.

Só relaxa. — respondi, subindo as escadas com ela. Anakin nos seguiu, silencioso como uma sombra. Quando cheguei ao quarto de hóspedes, Madara estava lá acomodado na poltrona. Deitei Elisa na cama com cuidado. Anakin se aproximou, cheirando-a antes de se deitar no chão ao lado da cama, como se quisesse protegê-la.

Olhei para os dois, uma onda de emoções conflitantes dentro de mim. Eu queria protegê-la, mantê-la segura, mas a proximidade dela me assustava. Ethan sempre dizia que o amor era uma fraqueza, algo que poderia ser usado contra você. E eu não podia me permitir ser fraco.

Durma bem, Bella mia. — murmurei, mais para mim mesmo do que para ela.

Fechei a porta do quarto de hóspedes e fui para o meu próprio quarto. Tentei afastar os pensamentos sobre ela entrando no banho, sobre a sensação dela nos meus braços. Eu não podia me dar ao luxo de me apaixonar. Precisava manter a distância, ser forte.

Sai do banheiro e sentei-me na cama, os olhos fixos no escuro. A imagem de Elisa usando minha blusa e aquela toalha em volta de seu corpo, sua vulnerabilidade, tudo isso me atingiu de uma maneira que eu não esperava. Mas eu sabia que precisava manter a distância, pelo bem dela. Ela não merecia ser arrastada para a escuridão que cercava minha vida.

O som da respiração suave de Anakin do lado de fora da porta me trouxe um pouco de conforto. Pelo menos ele estaria lá para protegê-la, caso eu falhasse. Fechei os olhos, tentando afastar os pensamentos, mas a imagem de Elisa permanecia. Precisava protegê-la, até mesmo de mim mesmo.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐎𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora