Ele é um homem de muitas faces, cada uma mais cativante que a outra. Elisa se encontra hipnotizada pela sua inteligência aguda, sua presença magnética e seus olhos que parecem ler sua alma. Há uma segurança quase arrogante em seus movimentos, uma co...
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Elisa Clifford
O peso da noite se dissolve lentamente enquanto retorno ao meu refúgio, um santuário temporário longe das sombras que assombram meu cotidiano. Cada passo pelo corredor do prédio é como um suspiro, uma pausa antes de enfrentar os mistérios que aguardam do lado de dentro.
Oi, meu amor! — digo para Madara, que me recebe com olhos cheios de curiosidade e expectativa. Ele sempre parece saber quando preciso de seu reconforto, e seu pelo macio é um bálsamo para a alma cansada. Ah, como eu precisava desse momento de paz.
Primeiro, cuido das necessidades do meu fúria da noite. Água fresca, ração e a troca da caixa de areia, rituais simples que nos conectam, eu e Madara, se ao menos a vida fosse tão simples quanto as necessidades de um gato.
Após garantir o bem-estar do Madara, decido cuidar de mim mesma. Um banho quente, a água escorrendo pelos meus ombros, aliviando as tensões acumuladas. Cada gota é um pequeno afastamento das sombras que ainda pairam em minha mente.
Visto um pijama confortável, uma armadura leve contra a frieza da noite e os desafios que ela traz consigo, pego minha glock e a deixo em cima de meu criado mudo. A fome lateja, e uma refeição leve é a resposta. Enquanto como, deixo minha mente vagar pelos eventos recentes, como peças de um quebra-cabeça que se recusam a se encaixar, então penso que preciso de uma folga.
A escovação dos dentes é um gesto automático, um ritual noturno que anuncia a transição para o repouso merecido. A cama, um oásis de tranquilidade, me chama. Ao deitar-me, meus olhos se fecham involuntariamente, e eu me entrego à promessa de um sono profundo.
Entretanto, a tranquilidade da noite é rompida por um miado insistente de Madara. Em meio à penumbra do quarto, Meu amor vem cá... — sussurro esperando sua presença reconfortante. Mas algo está errado. Dessa vez, Madara não responde como de costume.
Abro meus olhos lentamente, e minha visão se depara com uma cena surreal. Ele Ah,ele está aqui. Na poltrona branca, iluminada apenas pela luz tênue da noite, está Lorenzo. Um copo de licor em sua mão, e Madara, calmamente aninhado em seu colo, ronrona sob seus toques habilidosos por sua mão tatuada. Sem hesitar, alcanço a arma no criado-mudo, a frieza do metal um lembrete constante da violência que permeia meu mundo.
O que você está fazendo aqui?! — Minha voz, normalmente calma e controlada, agora carrega uma borda de urgência e desconfiança. A arma está apontada para Lorenzo
Meu olhar se estreita quando vejo Madara, que ainda estava aninhado no colo dele, como se tivessem uma conexão secreta. Madara, saia daí! — falo com firmeza, mas ele apenas olha para mim e emite um miado teimoso, recusando-se a abandonar o conforto oferecido por Lorenzo.
Boa noite, Detetive Clifford. Parece que seu amigo aqui estava precisando de um pouco de atenção. Espero não ter interrompido seu sono.— meu sobrenome em seus lábios soam como uma tentação, um sussurro enigmático, corta o silêncio da noite.
Fico perplexa, questionando como ele entrou sem deixar vestígios. A resposta, repleta de mistério, surge em um sorriso sutil nos lábios de Lorenzo.
— Madara me recebeu de braços abertos, quanto a como entrei... bem, deixemos isso como um dos meus segredos, Elisa.
Minha mente ecoa com perguntas não respondidas. O que Lorenzo busca em minha casa, no silêncio da noite? E por que Madara parece tão à vontade em seus braços?
O que está fazendo aqui? E o que você quer? — Minhas palavras, pronunciadas no silêncio do quarto, ecoam como uma declaração de desafio.
A presença de Lorenzo na poltrona branca, com Madara como cúmplice silencioso e Elisa apontando uma arma em direção ao tatuado, sugere que esse jogo de sombras atingiu um novo patamar. A noite, antes destinada ao mesmo descanso da mais nova, transforma-se em um cenário onde as fronteiras entre investigação e sedução, sombras e luz, se misturam perigosamente.
Madara me contou sobre suas noites solitárias, Detetive. Talvez eu esteja aqui para preencher esse vazio. — Lorenzo responde, seu olhar penetrante desafiando-me a decifrar suas verdadeiras intenções.
