𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟎

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Lorenzo Volkov

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Lorenzo Volkov

Entro furtivamente no apartamento de Elisa, utilizando a chave que possuo há quatro anos, seguindo cada passo dela meticulosamente. Na cozinha, abro armários em busca de alguma bebida. Um sorriso sutil aparece em meus lábios ao encontrar uma tequila. Servindo-me, dirijo-me ao quarto da mais nova.

Madara, o gato, decide me acompanhar. Sorrio diante dessa reação felina. Ao sentar-me na poltrona, meus olhos repousam sobre Elisa, que dorme angelicalmente. Sua presença me acalma. Madara, agora mais ousado, mia e salta para o meu colo, acaricio o felino de pelos negros. Então, Elisa sussurra calmamente com sua voz sonolenta

Meu amor, vem cá... —chama pelo felino, mas sem obter resposta. Ao abrir os olhos, ela procura pelo animal e encontra os meus.

Me levanto da poltrona, deixando minha bebida na pequena mesa ao lado. Movendo-me em direção a Elisa.

A arma de Elisa é um mero adereço na narrativa de desafios dela, e, imune ao perigo aparente, ousadamente abaixo sua mão. Um sorriso de provocação brinca em meus lábios, desafiando as linhas que separam a ameaça do desejo.

Meus dedos deslizam sobre o colar que adorna o pescoço de Elisa, e uma faísca de reconhecimento acende em minha mente. Uma lembrança, enterrada profundamente, emerge como sombras dançantes. O colar, mais do que uma joia, é um elo entre passados entrelaçados.

Esse colar..você ainda usa...— murmuro, minha voz carregada de uma curiosidade que tento esconder. Em meio a esse turbilhão de pensamentos, não posso conter a pergunta que queima em minha mente.

— Você se lembra de quem te deu isso?

Com os olhos fixos em Elisa, me vejo questionando não apenas minhas motivações obscuras, mas também o significado mais profundo de minha obsessão por ela.

Ela hesita por um momento, e eu sinto meu coração acelerar. Será que ela lembra? Meus olhos encontram os dela, buscando alguma reação.

Foi... minha mãe — responde Elisa, desviando o olhar.

Sinto um aperto no peito. Ela não se lembra. Ou talvez não queira lembrar. De qualquer forma, a resposta dela me deixa com um gosto amargo.

Entendi — digo, tentando esconder minha decepção. Dou um passo para trás, me afastando lentamente. — Acho que você tem muito a resolver, então.

Dou uma última olhada em Elisa antes de virar as costas e sair. Cada passo que dou parece ecoar com a dor da lembrança de que ela pode ter me esquecido. Ela foi uma parte importante do meu passado, e saber que talvez não tenha sido o mesmo para ela é mais doloroso do que qualquer ferida física.

Saio do local, tentando manter a compostura, mas por dentro, uma tempestade de emoções me consome. Não sei como seguir em frente sabendo que ela não se lembra de mim, de nós.

Dirijo pela cidade sem rumo, a mente fervendo com uma mistura de raiva e tristeza. Cada lembrança de Elisa é uma faca cravada em meu peito. Minha visão está embaçada pela fúria.

Meus olhos avistam um armazém, um dos locais que meus homens usam para negócios sujos. Estaciono o carro bruscamente e saio, sentindo a adrenalina começar a pulsar nas veias. Entro no armazém, onde um grupo de capangas está reunido. Eles me olham com respeito misturado a medo.

Preciso de 5 homens para uma missão rápida.— Ordeno, minha voz fria e sem emoção.

Cinco dos homens se adiantam, preparados para qualquer coisa.

— Ótimo. Vamos fazer uma visita a um bar onde algumas princesas estão se reunindo. Quero resolver isso pessoalmente.

Subimos nos carros e dirigimos até o local. Um bar decadente no subúrbio, onde sei que meus inimigos estarão. Ao chegar, sinto a raiva ferver mais uma vez. Hoje, eles pagarão.

Se preparem, vamos entrar rápido e limpar o lugar — ordeno, sacando minha arma. — Não deixem ninguém sair.

Entro no bar, e o caos se instaura. Tiro minha arma e começo a disparar, o som dos tiros ecoando no ambiente confinado. Os capangas seguem meu exemplo, e logo o lugar se transforma em um campo de batalha.

Me movo rápido, cada movimento preciso. Uma figura se aproxima, e eu disparo, derrubando-o. Outro tenta me atacar pelas costas, mas eu giro, acertando-lhe um soco no rosto, seguido de uma facada no pescoço. O sangue jorra, manchando minha roupa e rosto, mas não paro.

Vejo mais dois se aproximando. Um deles saca uma faca e avança. Desvio e acerto um chute em seu joelho, quebrando-o. Em seguida, lanço a faca em seu peito. O outro tenta fugir, mas eu o alcanço, agarrando-o pelo colarinho e jogando-o contra a parede. Começo a socar seu rosto repetidamente, sentindo os ossos quebrarem sob meus punhos. Quando ele está completamente atordoado, enfio meus dedos em seus olhos, sentindo a resistência ceder sob a pressão. O grito dele ecoa pelo bar enquanto ele cai inerte no chão.

Tiros e gritos enchem o ar, mas eu estou focado apenas em um objetivo: eliminar todos.

Quando o último corpo cai, respiro fundo, olhando ao redor. O bar está coberto de sangue e destroços. Meus homens, apesar de exaustos, parecem vitoriosos.

Vamos sair daqui — digo, a voz fria e controlada. — mandem mais homens para limpar essa bagunça.

Caminho para fora do bar, sentindo o peso do sangue em minha roupa e rosto. A raiva ainda queima, mas agora misturada com uma sensação de alívio.

Saio do local, tentando manter a compostura, mas por dentro, uma tempestade de emoções me consome. Não sei como seguir em frente sabendo que ela não se lembra de mim, de nós. Mas, por agora, o sangue derramado é um lembrete de que ainda tenho controle sobre algo, mesmo que minha vida pareça estar desmoronando.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐣𝐨 𝐎𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora