"Não combina com você", pensou Mew, reclinando-se na cadeira
e balançando a cabeça. Gulf esperava que ele caisse naquele amontoado de mentiras. Na verdade, poucos meses antes havia acreditado. A diferença era que daquela vez Gulf fugira, pois estava assustado, e no presente estava enlouquecendo.Sorriu ao lhe ocorrer um pensamento consolador. Gulf estava usando a gargantilha que ele lhe dera. E sabia que quando aquele honem decidia tirar alguém de sua vida, fazia-o por completo. A jóia estava no lugar onde pertencia. Assim como ele também estaria dentro em breve.
Sua complacência durou pouco. O corpo de Mew tencionou-se na cadeira ao se lembrar de um importante detalhe. A pessoa em questão era Gulf, um homem obstinado. Se havia decidido descartá-lo, devia se considerar carta fora do baralho.
Sabia que teria de fazer algo maior para provar-lhe o seu amor. Alguma coisa pública, Champ declarara-se a Mild no meio da parada da Festa de Verão. Só que ele não poderia esperar até lá para fazê-lo.
Precisaria arquitetar seu próprio espetáculo... algo grande o suficiente para tornar cada cidadão de Mai Kao Beach ciente de seu amor por Gulf Kanawut. E se isso os incomodassem, que optassem
pelo camarada Richard para chefiar a força policial.Pegou o telefone e discou o número de alguém que era especialista em criar espetáculos.
— Olá, Mild. Pode arranjar um tempo para me encontrar?
Gulf estava deitado sobre a espreguiçadeira da sala de Thanya.
Tinha uma toalha úmida pousada sobre o rosto. Era o altimo recurso, depois da tentativa frustrada em diminuir o inchaço dos olhos com fatias de pepino e saquinhos de chá. De repente ouviu
os sinos da porta da frente tilintarem várias vezes seguidas.Recusou-se a ceder à curiosidade. Isso significaria que se importava com o que estaria acontecendo no medonho mundo lá fora. E ele não estava interessado.
Os sinos soaram outra vez.
— Gulf, é melhor vir até aqui — chamou Thanya.
— Não estou disposto — murmurou
Escutou alguém entrar no salão e fechar a porta.
— Thanya, seja quem for..
A toalha foi arrancada de seu rosto.
— Você está com uma péssima aparência — disse Mild.
Gulf lançou um olhar inexpressivo à o amigo.
— Nossa! Não sei por que — retrucou sarcástico.
— Assim não funcionará — disse Mild, encaminhando-se para Thanya, — venha cá. Precisamos de um reparo de emergência.
Gulf fechou os olhos. Não podiam perceber que ele não tinha conserto?
O amigo empurrou-o até a mesa de Thanya, direcionando-o para o espelho.
— Sente-se neste banco e seja bonzinho.
Aplicaram-lhe a maquiagem com uma rapidez inacreditável. Os dois debruçaram-se sobre ele, ajeitando-o e enfeitando-o
de modo frenético. Gulf apenas revirava os olhos e suspirava.— Assim está bem melhor — disse Mild satisfeito. — Agora venha comigo. —Passou a mão pela sua cintura e guiou-o
até a porta.Quando esta se abriu, Gulf tentou dar um passo para trás.
— Sem chance! — exclamou Thanya empurrando-o para frente.
Como numa reprise da noite anterior uma multidão se aglomerava na recepção do salão. Embora ainda tomado pelo choque, tinha certeza de ter visto Thorn, Champ e o prefeito. E Richard parecendo um pouco contrariado. Próximo a ele, estavam
Olvia O Sr. Bogum de mãos dadas e sorrindo de maneira enigmática e para
ele. Até a sua mãe! Não podia imaginar o que teria feito Eleanor vir até o seu estabelecimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um garoto rebelde
FanfictionPrólogo Após anos sendo considerado um adolescente rebelde e impetuoso, Gulf kanawut confirmou tais rumores ao ir para cama com Mew Suppasit. Na realidade, ele sempre fora apaixonado por Mew, mas nunca tivera coragem de declarar seu amor. Agora...