-Desculpe mas sua negatividade não chegou aos meus ouvidos, pode repetir por gentileza?- Respondeu Crowley entregado uma xicara de chá a Miguel e em seguida a seu amado.
-Aziraphale eu me surpreendo com você a cada dia, sabia?
-É mesmo? Isso é muito interessante... por quê?
-Você educou tão bem seu bichinho que nem prescisa usar coleira ou focinheira.
-Mas não sou eu que está latindo. - respondeu se sentando no braço do sofá e colocando a mão no ombro do anjo.
-Miguel! Minha velha amiga! Acho que a história do telefone talvez seja de seu interesse.
-Prossiga.
-Bem, lembra na noite que conversamos?
-Obviamente.
-Então ligaram para a livraria e Crowley atendeu, só foi possivel escutar uma respiração e assim que ia desligar a tomada queimou.
-Uma respiração? Serio isso Aziraphale?
-Sabe Miguel achei que era um pouco menos burro.
-Crowley!
-Mas anjo é verdade! Só falta agora a suposta arcanjo suprema me falar que isso fosse comum pelas linhas telefônicas de Londres principalmente depois de uma conversa como aquela.
-Depois de seu trabalho demoníaco tudo é possivel.
-Quanto amor, vindo de vocês do céu eu posso até dizer que é um milagre se bem que é o seu negocio.
-Estou vendo que está de bom humor pra essas suas piadinhas, bem vou voltar para o céu e vir em uma hora que seu demônio venha com focinheira.
-Já pensou que você quem deveria acatar suas ideias?
-Crowley chega! - chamou a atenção o anjo que estava praticamente mudo desde o inicio da conversa. - E Miguel, estou sim chamando a atenção dele, mas caso você entre de novo nessa casa e venha atacando ele desta forma pode ter a certeza que sua língua e seu corpo extaram separados.
-Isso é uma ameaça Aziraphale?
-Entenda como quiser.
-Se for eu mando todos os anjos atras de vocês.
-Só por Gabriel desaparecer, não significa que você tem tal controle no momento.
Ninguém naquela sala esperava que aquele doce e alegre ser conseguisse ficar tão irritado como agora, nesse exato momento. Era impressionante para não dizer assustador.
-Crowley suba.
-Mas...
-Suba, apenas isso por favor. - pediu Aziraphale enquanto evitava olhar o olhar de medo de Crowley de ter feito algo de errado para deixa-lo ele, aparentemente, tão magoado.
O ruivo apenas subiu, sem uma palavra, suspiro ou resmungo, só acatou o pedido do dono da livraria em uma pequena tentativa de não piorar a situação.
-Agora Miguel , diga o que tinha a dizer ou saia pela mesma porta que entrou.
Sua seriedade assustava qualquer um.
-Eu vou deixar vocês conversarem e... eu venho amanhã, sinto que minha presença só piore a situação. - comentou deixando a xicara intocada na mesinha de centro. - Me desculpe por tudo isso.
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Assim No Céu Como No Inferno
FanficLogo após a pequena ajuda de Aziraphale, um anjo, e Crowley, um demônio, para a continuação da humanidade entre outros eventos que aconteceria logo depois, ambos resolvem dar um tempo dessa amizade com a desculpa esfarrapada de ter que processar tud...