-capitulo 16-

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-Desculpe mas sua negatividade não chegou aos meus ouvidos, pode repetir por gentileza?- Respondeu Crowley entregado uma xicara de chá a Miguel e em seguida a seu amado.

-Aziraphale eu me surpreendo com você a cada dia, sabia?

-É mesmo? Isso é muito interessante... por quê?

-Você educou tão bem seu bichinho que nem prescisa usar coleira ou focinheira.

-Mas não sou eu que está latindo. - respondeu se sentando no braço do sofá e colocando a mão no ombro do anjo.

-Miguel! Minha velha amiga! Acho que a história do telefone talvez seja de seu interesse.

-Prossiga.

-Bem, lembra na noite que conversamos?

-Obviamente.

-Então ligaram para a livraria e Crowley atendeu, só foi possivel escutar uma respiração e assim que ia desligar a tomada queimou.

-Uma respiração? Serio isso Aziraphale? 

-Sabe Miguel achei que era um pouco menos burro.

-Crowley!

-Mas anjo é verdade! Só falta agora a suposta arcanjo suprema me falar que isso fosse comum pelas linhas telefônicas de Londres principalmente depois de uma conversa como aquela.

-Depois de seu trabalho demoníaco tudo é possivel.

-Quanto amor, vindo de vocês do céu eu posso até dizer que é um milagre se bem que é o seu negocio.

-Estou vendo que está de bom humor pra essas suas piadinhas, bem vou voltar para o céu e vir em uma hora que seu demônio venha com focinheira.

-Já pensou que você quem deveria acatar suas ideias?

-Crowley chega! - chamou a atenção o anjo que estava praticamente mudo desde o inicio da conversa. - E Miguel, estou sim chamando a atenção dele, mas caso você entre de novo nessa casa e venha atacando ele desta forma pode ter a certeza que sua língua e seu corpo extaram separados.

-Isso é uma ameaça Aziraphale?

-Entenda como quiser.

-Se for eu mando todos os anjos atras de vocês.

-Só por Gabriel desaparecer, não significa que você tem tal controle no momento.

Ninguém naquela sala esperava que aquele doce e alegre ser conseguisse ficar tão irritado como agora, nesse exato momento. Era impressionante para não dizer assustador.

-Crowley suba.

-Mas...

-Suba, apenas isso por favor. - pediu Aziraphale enquanto evitava olhar o olhar de medo de Crowley de ter feito algo de errado para deixa-lo ele, aparentemente, tão magoado.

O ruivo apenas subiu, sem uma palavra, suspiro ou resmungo, só acatou o pedido do dono da livraria em uma pequena tentativa de não piorar a situação.

-Agora Miguel , diga o que tinha a dizer ou saia pela mesma porta que entrou.

Sua seriedade assustava qualquer um.

-Eu vou deixar vocês conversarem e... eu venho amanhã, sinto que minha presença só piore a situação. - comentou deixando a xicara intocada na mesinha de centro. - Me desculpe por tudo isso.

Assim No Céu Como No InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora