-capítulo 19-

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                                                              "Ela - Tim Bernardes"

 

A escuridão se alastrava em meio a floresta, já os galhos e folhas das árvores se balançavam com o vento. E dentro dela em um pequeno campo estava um carro preto parado, um carro já conhecido por Aziraphale.
A cada respiração, a cada passo ele se aproximava do veículo.
O ar era denso, talvez pelo lugar parecer pequeno por conta das sombras.

-Crowley? Querido? É você aí?

O silêncio era ensurdecedor.
A cada passo dado ao seu destino, Aziraphale se amedrontada com a situação.

-Crowley pare de brincar eu sei que está aí! Eu te conheço o suficiente para saber isso!

Agora o silêncio contaminava o anjo ao perceber algo preto cheirando a enxofre espalhado em meio a grama, que há alguns centímetros estaria debruçado sobre ela o demônio. Pelo menos seria caso não fosse a falta de oxigênio no seu corpo.

- Crowley! Crowley! Pelo amor de Deus levante!- repetia em um tom desesperado em forma de suplica em meio ao sangue despejado no chão.

Uma curiosidade um tanto quanto inesperada e totalmente contraditória no momento é que o sangue tem nutrientes "fertilizante", tanto que em algumas civilizações históricas "Plantavam a Lua". E o contraditorio era a grama molhada de sangue e enxofre se derreter , e quanto mais tempo e gotas corriam pelas raizes acabaria ocorrendo em alguns minutos o surgimento de uma cavidade no chão que engolhiria o cadarver do ruivo. E deixaria o anjo pendurado em algumas raizes junto a alguns gritos de desespero que viriam.

Assustado e suado acordava o principado, em total desespero quase pedindo por socorro do que se parecia antigas lembranças que até o momento não havia assesso.

Quando olha ao seu lado percebe a cama vazia mesmo que bagunçada e superficialmente quente. Em meio a situação aterrorizante que o fez levantar e ir o mais rápido possível para a cozinha e qualquer lugar que o outro estivesse.

Como uma brisa rapido aparecia Aziraphale a alguns passos atrás de Crowley que estava seguro o que parecia ser um copo pouco antes de se quebrar com o impacto do chão ocasionado pelo susto.

-Anjo? Está tudo bem? Por que está assim. - dizia o encarando agora.

-Nada...é...eu vou pegar a vassoura e um pano. - falava indo em direção a uma porta pertencida a lavanderia junto a uma pequena lágrima.

- Anjo! - chamava o seguindo e em seguida seguraria delicadamente o pulso do loiro.

-Está tudo bem.

-Aziraphale.

-Está tudo bem eu já te disse!- repetia em alguns tons mais altos que o anterior e se virando para o ruivo que viria a ver algumas lágrimas mal iluminadas.

-Anjo...- foram essas as últimas palavras escutadas naquele resto de noite e depois um carinho na sua tempora vinha um abraço.

Na manhã seguinte Aziraphale se encontrava na mesma cama que a morte havia vindo enquanto o sono permanecia.

Suas bochechas e olhos estavam um pouco inchados e o outro lado da cama continuava da mesma forma.

Bagunçado.
Morno.
E sem ninguém.

Porém o quarto em instantes receberia uma nova presença vestindo uma bermuda preta de dormir e com o torso nu, e suas mãos levava uma bandeija com margaridas, tulipas, pão, manteiga e pedaços de morango com um capuccino.

Assim No Céu Como No InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora