Assim No Céu Como No Inferno

- capítulo 20 -

___________________Santo- Jão ______________

Era final de tarde em londres onde estava dois companheiros de seis mil anos espalhados em uma canga apenas apreciando a companhia de ambos em um total silêncio a não ser o dos pequenos carinhos sobre a pele humida e quente.

-Anjo.

-Sim?

-Qual sentido disso tudo?

-Eu não sei- comentou depois de um leve e breve silêncio.- Acho que nunca vamos saber.

-Nunca não é muita coisa?

-Sim.

-Então pra que ter um propósito se nunca vamos saber qual é.

-Crowley...

-Eu só estou perguntando.

- Hum sei. - disse o encarando. -Imagine Que tudo isso é um livro.

-Um livro?

-Isso mesmo, imaginou?

-Sim...

-E durante todo ele os personagens buscam um motivo para viver e esse é o ponto principal dele.

-Ok.

-Agora tire essa busca.

-Busca tirada.

-Agora o livro continua interessante?

-Bem mas oque isso tem haver?

-Cada um busca um sentido pra vida independente se esse sentido exista, seja por um amor, dinheiro ou qualquer outra coisa, mas é não saber que deixa tudo mais interessante.

- Anjo o que acha que vai acontecer quando descobrirem sobre nós?

-Eu acho que o céu pelo menos vai tentar nos dividir.

-E você vai pra lá caso sei lá.

-Não.

-Anjo...

-Querido Deus não fez um amor tão lindo para ser proibido.

Mesmo que Aziraphale dissesse isso a Crowley, todos ali presentes
sabiam que a qualquer oportunidade o anjo iria voltar para o céu com a desculpa que era preciso mudar o mundo.

- Me promete uma coisa Anjo.

- O que?

- Que sempre me dirá quando algo estiver errado.

-Sempre. - falava dando um pequeno selinho antes que começasse a se despejar pequenos pingos pela praia.

Agora ambos começavam a rir enquanto pegavam as coisas e corriam em direção ao carro.

Assim que as portas eram fechadas apenas suspiros da pequena caminhada eram escutados em constante a bafo.

-E agora oque fazemos?

-O que acha de voltar pra casa? - pergunta o ruivo.

-Querido é apenas duas horas. - respondeu pegando as blusas e dando uma para Crowley.

-Então a onde quer ir?

-Bem a alguns anos por essa estrada só que mais para frente encontrei uma vinícola, e lá havia cada comida de perder o fôlego e se não me engano tem um hotel para alguns hóspedes um tanto quanto inusitados.

-Acho que gostei da sua ideia Anjo. - abotoando a blusa pegava uma bermuda que estava sobre o volante e a colocava. - E a melhor parte é eu você, um hotel e barris de litros e litros de vinho.