Capítulo 10

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Nathaly Mancini

  Desperto e sinto que estou deitada em uma cama muito aconchegante e macia, arregalo  os olhos quando sinto um peso sobre minha cintura e algo duro cutucar minha bunda, quando desço o olhar vejo um braço forte e cheio de veias, quando me viro, ele está lá, dormindo serenamente igual uma pedra então me desespero.

– AAAAA! – grito o empurrando com os pés por impulso.

– Ai Porra! Que foi? O que está acontecendo? – ele pergunta caído no chão fazendo careta e se levantando rapidamente abrindo os olhos.

– o-o que eu estou fazendo aqui? Na sua cama...

– Você me derrubou da cama por isso? Eu te trouxe depois que dormiu igual uma pedra no caminho pra casa ontem.

– Ah... Muito obrigada, eu acho...

– será que pode me deixar dormir? Estou com sono – diz levantando a coberta e se deitando novamente.

– Eu já vou, obrigada por me ajudar... E-eu não saberia o que fazer se não fosse você – digo me preparando pra levantar e o cinto segurar meu pulso me puxando de voltar.

– Pra onde você vai? O que você estava fazendo naquele lugar ontem? – ele pergunta olhando nos meus olhos e parecendo preocupado.

– Eu... Fui expulsa de casa. Estava indo em direção a próxima fazenda para procurar uma pessoa e há pedir abrigo. Não tenho para onde ir e não conheço ninguém – digo lutando contra as lágrimas.

– Então me diga quem você estava procurando e eu te levo até lá, conheço muitas pessoas nessa região.

– É um amigo da Joana a governanta da minha casa, o nome dele é Antônio, você o conhece? Pode me levar até ele?

– Bom, Não.

– Não? Mais... – digo confusa e sou interrompida.

– não precisa ir a lugar nenhum, você já o encontrou. Antônio é gerente da minha fazenda, trabalha pra minha família há anos.

– Sério? Então vou ir o pedir ajuda, e se eu tiver sorte ele me dará um abrigo.

– não precisa garotinha.

– como assim não precisa? Estou sem casa.

– Você sabe cozinhar?

– Bom, sim. Cresci na cozinha ajudando Joana e aprendendo com ela.

– estão, tenho uma proposta. Te dou a oportunidade de trabalhar pra mim como minha cozinheira e em troca de dou abrigo e um salário. O que acha?

– não sei se é o certo. Você já fez muito por mim.

– Bom, posso fazer muito mais – ele diz se aproximando ficando bem próximo a meu rosto.

– E-eu posso pensar?

– Sim, enquanto isso vamos descer e tomar café – ele se levanta e vai em direção ao banheiro sem ao menos me dar chance de responder.

– tem toalhas limpas e produtos de higiene novos, inclusive escova de dente no quarto de hóspedes em frente, se quiser pode ficar à vontade – ele grita de dentro do banheiro e então me levanto e decido tomar um banho.

    Estou esperando em frente o quarto dele, sei que ele ainda não desceu pois ouço o barulho de seus movimentos dentro do quarto. Decido bater na porta e o avisar que vou descer e esperar lá em baixo.

– Senhor Santinelle? Posso descer e te esperar lá em baixo?

– Claro, fique a vontade garotinha, já estou indo – ele diz com a voz rouca e parecendo ofegante.

   Assim que desço o último degrau chego em uma sala grande e muito linda, duas vezes maior do que a minha antiga casa, e então ouço um coçar de garganta.

– Bom dia menina, te vi chegando com o patrão ontem e fiquei preocupado, vim vê se está tudo bem, prazer me chamo Antônio e trabalho pro menino Santinelle.

– Bom dia menina, te vi chegando com o patrão ontem e fiquei preocupado, vim vê se está tudo bem, prazer me chamo Antônio e trabalho pro menino Santinelle

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– Ah, oi bom dia, então o senhor é o Antônio? Estava mesmo a sua procura. Joana me enviou.

   Lhe conto tudo com detalhes e sinto que realmente posso confiar nele, tanto que ele se emocionou ao ouvir notícias de Joana.

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